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Engenheiros discutem segurança em carro conectado

A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) promoveu, o Seminário de Segurança Veicular e Eletroeletrônica e transformou o Milenium Centro de Convenções, em São Paulo, em um palco de debate e intercâmbio de informações sobre os cenários atual e futura dos sistemas de segurança veicular agregados pela eletrônica embarcada, incluindo soluções práticas e eficientes com o objetivo de levar cada vez mais segurança aos motoristas, passageiros e pedestres.

“Temos um papel preponderante nos estudos, as tecnologias estão disponíveis e a indústria automotiva corresponde. Agora, é mais que oportuno  dar eco a essas campanhas de modo a interromper os alarmantes números de acidentes”, disse o presidente da AEA, Edson Orikassa, em sessão de abertura.

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Na oportunidade relembrou de duas ocorrências recentes como a do cantor sertanejo Cristiano Araújo e sua namorada e de duas ex-alunas do Colétio Bandeirantes, mortos após grave acidente de carro.

Em ambos os casos, as vítimas não usam cintos de segurança no banco traseiro dos automóveis.

Liderado pela comissão organizadora composta por Harley Bueno e Ricardo Takahira, com o tema central “Segurança no Veículo Conectado”, o seminário da AEA também abordou sobre os fatores essenciais para a execução do recall, a importância da eletroeletrônica embarcada nas funções de segurança e auxílio ao motorista com sistemas inovadores à segurança veicular.

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A AEA destinou o Seminário de Segurança Veicular e Eletroeletrônica a engenheiros automotivos, técnicos de órgãos municipais, estaduais e federais envolvidos no segmento, fornecedores de equipamentos, concessionárias, profissionais de empresas do mercado de autopeças e indústria automotiva, empresas de reparação de veículos; fabricantes de autopeças, pesquisadores, jornalistas, acadêmicos e polícias rodoviárias Estadual e Federal.

A palestra de abertura “Compêndio de Fichas de Resgate Veicular no Brasil”, ministrada pelo Capitão Daniel Gonçalves e Oliver Schulze, da Polícia Militar e Takata Brasil, respectivamente, demonstrou sobre a importância da parceria entre o Corpo de Bombeiros e montadoras com foco no conhecimento de autoveículos para melhorias nos trabalhos de resgate.

O Painel I contou com três apresentações, iniciado com a “Smart Light”. O CEO da Evolucar, Thierry Marcondes, apresentou um projeto que leva o nome da palestra.

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Trata-se de um sensor inteligente que detecta a desaceleração e emite uma luz vermelha antes mesmo de ser acionado o freio. Segundo Marcondes, o sistema reduz a probabilidade de 80% das colisões traseiras e 96,5% das colisões traseiras severas.

O Smart Light também sinaliza automaticamente as setas de direção do automóvel em todas as curvas.

O fenômeno recall ao longo do tempo e, em especial, seu incremento nos últimos anos em função de novas tecnologias embarcadas foi destaque na palestra “Recall em Veículos Automotores”, ministrada por Helio da Fonseca Cardoso, da São Paulo Transportes.

Segundo ele, “algumas causas do aumento do recall são a disputa acirrada entre as montadoras, redução do tempo despendido entre o projeto inicial e o lançamento, qualidade assegurada em caso de pequena falha acontecer na cadeia, o resultado é recall.

Os testes amostrais foram reduzidos e em alguns casos abolidos totalmente, falta de mão de obra especializada e a instalação de fábricas de componentes e veículos em locais onde não existe a tradição de mão de obra especializada são alguns dos fatores que determinam o aumento do número de recalls”.

“Existe a necessidade de adequação do controle de qualidade sobre componentes e veículos finalizados, detalhando os maiores vilões e possíveis causas.

Para se ter uma ideia, menos de 50% dos convocados comparecem aos chamados; os  anúncios são breves e não demostram claramente o assunto e quais os veículos realmente devem comparecer”, disse Cardoso.

O engenheiro de Produto Sênior da Knorr-Bremse, Eduardo Miranda Dias, em apresentação “ Sistemas de Controle de Estabilidade x Veículos Comerciais com Suspensão Mecânica”, comentou sobre as vantagens do ESP para manter a estabilidade do veículo.

O painel I foi encerrado após debate mediado pelo jornalista e diretor da Agência Autoinforme, Joel Leite.

Painel II –  O palestrante Carlos Cavenaghi, com o tema “Veículos Acessíveis”, abordou sobre as transformações necessárias para viabilizar e garantir a segurança na dirigibilidade, facilidades na transferência da pessoa com deficiência de sua cadeira de rodas para o interior do veículo e de seus equipamentos assistivos e viabilização do transporte e da dirigibilidade para este público específico.

Uma proposta de solução para o aumento da segurança denominada Cyber Fleet foi apresentada pelo gerente de pós vendas da Pirelli, Luiz Fernando Trincha, em palestra que levou o nome do projeto.  

Trata-se de um sensor com 4 milímetros de diâmetro inserido na parte interna do pneu que transmite via rádio-frequência informações como o posicionamento do veiculo em tempo real, temperatura e pressão dos pneus, permitindo a gestão da frota e, consequentemente, o estado dos pneus, elevando a segurança, economia de combustível e redução de emissão de CO2.

Em palestra “Dinâmica do Acidente”, Adilson Paulus, do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), comentou sobre aspectos técnicos que envolvem a análise da cinemática de um acidente de trânsito e a importância do aprofundamento da investigação, objetivando estabelecer a causa determinante e os eventuais fatores contribuintes.

“Os principais fatores de risco para um acidente de trânsito são velocidade, sonolência, distração e o álcool”, informou José Aurélio Ramalho, do Observatório Nacional de Segurança Viária, em palestra “Distração ao Volante”.

Ainda de acordo com Ramalho, 37% da atividade cerebral ligada a direção é perdida quando realizamos outra atividade”. O Panel II foi encerrado após debate mediado por Lupércio Thomaz, da Rádio USP / Programa Mobilidade.

O Seminário de Segurança Veicular e Eletroeletrônica foi encerrado por Nilton Monteiro, diretor administrativo da AEA.

NA oportunidade, Monteiro apresentou um testemunho pessoal de uma vitima fatal, de seu círculo, por falta do uso do cinto de segurança traseiro.

Enfatizou ainda o aprendizado, no qual todos os participantes tiveram a oportunidade de colher informações novas e importantes sobre segurança veicular. 

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