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Encontro AEA compartilha temas atuais e futuros da indústria

No ambiente da quarta maior mostra do mundo, o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, a AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva promoveu no São Paulo Expo, o primeiro Encontro AEA de Conhecimento Técnico, ao levar para cerca de 180 participantes o compartilhamento de informações sobre temas atuais discutidos e dedicados pela indústria como energia do futuro, conectividade, segurança, veículo autônomo e Inovar-Auto.

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“Decidimos trazer este evento como forma de agregarmos aos trabalhos que estão exibidos e apresentados nesta mostra. Por aqui, o participante tem a oportunidade de conhecer in loco as tecnologias debatidas durante este encontro”, disse Edson Orikassa, presidente da entidade. Nilton Monteiro, diretor executivo da AEA, enfatizou que as palestras foram escolhidas de modo a representar alguns dos temas mais importantes discutidos pela entidade.

O conhecimento e a experiência Toyota de produzir veículos sustentáveis foram compartilhados por Anderson Suzuki , gerente geral de Comunicação da montadora, em apresentação “Tecnologias para Mobilidade Sustentável: Híbridos e Célula de Combustível”.

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O cenário atual pede uma mobilidade mais sustentável ao enfrentar problemas como redução de reservas de petróleo, poluição do ar, entre muitos outros.

E a nova geração de veículos foca em conservação de energia seja diesel ou a gasolina, diversificação de combustível e popularização dos híbridos.

A montadora japonesa, que lançou seu primeiro híbrido em 2009, apresentou este ano a quarta geração do Toyota Prius que, ao longo destes anos, recebeu inúmeros avanços sendo referência atual para a indústria.

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O modelo, com coeficiente aerodinâmico de 0,24, ou seja, o mais baixo do mundo na categoria, conta com tecnologia híbrida de grande eficiência com novo sistema de recirculação de gases, 40% de eficiência térmica e como resultado melhoria no consumo de combustível: em ciclo urbano chega a 19 km/l, redução de 24% se comparado com o seu antecessor.

No total, os modelos Prius da Toyota já reduziram um montante de 76 milhões de toneladas de CO2 e 25 bilhões de litros de combustível no mundo até maio deste ano.

E ainda de acordo com Anderson, “a tecnologia híbrida é versátil, pois por meio dela é possível criar uma variante de outras tecnologias, como plug in, veículo elétrico com a remoção do motor a combustão e tanque de combustível e o veiculo a célula de combustível a exemplo do Toyota Mirai, com autonomia de 650 km e eletricidade gerada entre reação química do nitrogênio com o oxigênio”.

Ao dar continuidade na temática, Marcos Clemente, da Mahle Metal Leve, ministrou a palestra ‘A Evolução da Eficiência Energética’. A demanda global evolui no País desde os anos 80, quando foi criado um plano de economia de combustível com metas.

Em 2008, o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular foi lançado e esta competição trouxe algumas melhoras de eficiência.

Em 2012, com o Inovar-Auto, o Brasil entrou para o mapa global e adotou o consumo de energia que precisa ser atendido pelas montadoras para continuarem na competição.

“O Inovar-Auto tem provocado melhorias tecnológicas na indústria com respostas viabilizadoras a exemplo de motores 3 cilindros, turbocompressores, injeção direta e etanol. Temos ainda um pacote de baixo atrito desenvolvido pela Mahle que permite baixa inércia e redução de consumo de até 6%, ou seja, o consumidor já tem à disposição várias opções de soluções tecnológicas de powertrain e no veículo”, afirmou Clemente.

“Inovar Auto – Uma Alavanca para a Competitividade e seus Desafios para o Futuro” foi tema da palestra ministrada por Gilmar Laigner.

O objetivo do Programa é auxiliar as empresas na busca por mais tecnologias desde o projeto até a manufatura, com incentivos em P&D, Tecnologia Industrial Básica e Capacitação de Fornecedores e Auditoria.

“No entanto, diante deste macrocenário, foi preciso entender o Inovar-Auto na perspectiva capaz de gerar soluções variadas para a aumentar a competitividade da empresa local e internacional. O programa começa desde o design do produto até o pós-vendas que é melhoria de qualidade e cabe à empresa saber onde vai jogar e em qual lógica irá se enquadrar a partir do momento que entender às suas oportunidades e localizações dentro do Inovar -Auto”, afirmou Laigner.

O coordenador da Comissão Técnica de Segurança Veicular da AEA, Carlo Gibran, marcou presença no encontro técnico da entidade com apresentação ‘Segurança Veicular Atual e o Futuro da Direção Autônoma’.

De acordo com Gilbran, “no Brasil, tivemos avanços da segurança ativa com as legislações vigentes; passivas incluindo os avanços com requisitos dos air bags frontais, Isofix e cinto de três pontos para todos os ocupantes e as tecnologias drive assistance.

Em mercados mais maduros é notório a massificação ativa e passiva com a expansão de legislações veiculares agora com funções primárias de direção autônoma”.

Ainda de acordo com Gilbran, “hoje vemos um avanço acelerado da segurança veicular no Brasil com o futuro da mobilidade conectado e automatizado. Existe também um esforço da indústria em dar maturidade às tecnologias de direção autônoma, além dos desafios legais e psicológicos”.

“Veículo Conectado – Como conviver com segurança em um mundo e frota e transformação” foi o tema da apresentação do coordenador do Comitê de Eletroeletrônica da AEA, Ricardo Takahira.

“O carro conectado faz parte da sua vida, do seu smart life, faz do carro o seu escritório e com toda a conectividade é preciso que montadoras e sistemistas trabalhem com tecnologias integradas”, afirmou.

A entidade ainda promoveu a entrega do 5o Prêmio AEA Destaque Novos Engenheiros, sendo que os reconhecimentos foram entregues para André Lucas da Silva, do Centro Universitário FEI, Fernando Teixeira Monteiro, do Instituto Mauá de Tecnologia, Giovanni Garaldi Biasi, da Escola Politécnica da USP, Helena Sayuri Katayama, da Universidade Federal de São Carlos, Jaqueline Cristiano, da Universidade Paulista – UNIP, Vinicius Ferreira dos Santos, da Universidade Plesbiteriana Mackenzie e Caio Henrique Rufino, da Unicamp.

 

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