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Comitê Nacional do GNV nasce para desenvolver mercado e promover a segurança e a informação

ABiogás participa do acordo de cooperação técnica que deu origem ao comitê.

O mercado de Gás Natural Veicular (GNV) acaba de ganhar um comitê que vai fomentar o desenvolvimento do combustível em todos os estados do Brasil. Resultado do acordo de cooperação técnica entre a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), FirjanSenai, Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios (Sindirepa) e Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), o Comitê Nacional do GNV nasce com a missão de desenvolver o setor em três pilares principais: aumento de competitividade, combate a fraudes e disseminação do conhecimento sobre o combustível.

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De acordo com Gabriel Kropsch, vice-presidente da ABiogás e um dos idealizadores da iniciativa, o comitê é fruto de um trabalho de aproximadamente três anos que envolveu a articulação com as instituições que fazem parte do acordo técnico a fim de unificar as empresas dos diversos elos da cadeia do GNV no Brasil.

“O GNV depende de muitas empresas, geralmente de pequeno e médio porte, cada uma representada por sua associação. Para desenvolver o mercado, precisa haver coordenação entre estas empresas. O comitê nasce para suprir esta lacuna”, explicou.

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Segundo Gabriel, o desafio do comitê é buscar pautas que sejam comuns às empresas em todos os elos da cadeia do GNV, que envolvem a produção ou importação, a distribuição, a revenda, os equipamentos de infraestrutura, as convertedoras e as certificadoras.

“No dia a dia, a negociação comercial é de cada um. Mas dentro do comitê, vamos avaliar o que é comum a todos”, destaca Gabriel, frisando que não se trata de uma nova associação. “A adesão das associações será voluntária”, frisou.

Foi em busca destes pontos em comum que diversas reuniões foram realizadas, casando a tradição da Firjan de apoiar o GNV com a inovação trazida pelo ABiogás.

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“O biogás vem como uma nova opção para o mercado veicular, além de toda movimentação que está acontecendo com os caminhões e ônibus a gás que estão chegando agora. O comitê trata do gás em todas as suas formas, seja o gás natural tradicional, o GNL ou o biogás”, explicou.

Ainda segundo Gabriel, o biogás pode contribuir muito com o desenvolvimento do mercado de gás natural veicular, não só como mais um fornecedor nos centros urbanos onde já tem rede de gás canalizado, mas como o principal fornecedor nas regiões que não contam com gasodutos.

Competitividade, segurança e informação – Como resultado dos encontros, foram definidos os três pilares que dão sustentação ao comitê.

“Primeiro é o gás competitivo, que consiste em buscar uma estrutura atrativa de preços e tributária. Segundo, a ética e a segurança. E, por fim, a disseminação da informação, clara e objetiva. Por se tratar de uma atividade muito técnica, existe hoje uma dificuldade da indústria de GNV de fazer com que esta informação chegue ao consumidor final”, pontuou Gabriel.

Gabriel chama atenção para a questão da segurança, ameaçada pela presença de empresas ilegais em todos os elos da cadeia, mas, principalmente, entre as convertedoras. Segundo ele, 100% dos acidentes que ocorrem com veículos a gás são ocasionados por conversões feitas por empresas ilegais.

“A conversão do GNV é supersegura, o carro movido a GNV, inclusive, é mais seguro do que de um movido a combustível líquido. Porém, quando é feita ilegalmente, existe um risco muito grande de acidentes”, alertou.

No Rio de Janeiro, que responde por cerca de 60% do volume de GNV do Brasil, há 283 convertedoras formalizadas. Em todo o país, 2% dos veículos utilizam GNV. No estado do Rio, este índice é de 24%.

“O Rio tem uma política de incentivo ao GNV há 30 anos, mas que também parou de avançar. Queremos replicar este modelo para os outros estados, e chamar a atenção para a segurança. Este é um ponto importantíssimo e que merece atenção”, afirmou.

O Comitê já tem algumas agendas em andamento, a maioria na esfera estadual com o objetivo de levar o desconto do IPVA para carros movidos a gás – política praticada no Rio de Janeiro há alguns anos – para outros estados.

Além disso, a entidade também está envolvida nos projetos de ônibus a gás e/ou biometano, na implantação dos Corredores Sustentáveis (programa do Ministério da Economia que prevê a instalação de postos de gás para caminhões nas principais rodovias), e, na promoção da segurança, para mostrar ao mercado a importância da preocupação com as normas técnicas nas conversões dos veículos e instalações dos postos.

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