A Volkswagen do Brasil e a UNESP, por meio do Departamento de Bioprocessos e Biotecnologia da Faculdade de Ciências Agronômicas, Câmpus de Botucatu, firmam parceria que prevê programa de cooperação para o desenvolvimento de pesquisas, experimentos e transferência de tecnologia para incluir fibras naturais nas peças em matrizes termoplásticas para o interior de veículos da marca VW, sob título “Injeção de Peças Termoplásticas Reforçadas com Fibras Naturais”.
Pablo Di Si, chairman executivo da Volkswagen América Latina (foto à direita), e Pasqual Barretti, reitor da UNESP (foto à esquerda), assinaram o contrato na sede da Volkswagen do Brasil, localizada na fábrica em São Bernardo do Campo/SP.
Prof. Dr. Alcides Lopes Leão e Profa. Dra. Ivana Cesarino, docentes da UNESP, Câmpus de Botucatu, ambos que coordenam o projeto, que é viabilizado pela FEPAF, estiveram presentes também.
A parceria compreende que a UNESP possa, em conjunto com a Volkswagen, desenvolver metodologias para obter um material com adição de fibras naturais, ao invés de cargas minerais, e prepará-las para utilização na confecção das peças de acabamento interno.
Na prática, a Volkswagen poderá, ao final do projeto – que tem duração previsto de 18 meses entre desenvolvimento, testes e aplicação – alcançar peças mais leves e sustentáveis com alto índice de reciclabilidade em seu final de vida.
“Contar com a UNESP neste projeto, nos trará conhecimento e contribuirá com nossa estratégia global Way To Zero de neutralizar as emissões de carbono até 2050. A substituição dos componentes mineral para natural permitirá reduzir cerca de 80% das emissões de carbono no processo produtivo. Além disso, o peso das peças plásticas do veículo diminuirá aproximadamente 10%, o que significa também redução na quantidade de CO2 emitido na atmosfera”, destaca Pablo Di Si, chairman executivo da Volkswagen América Latina.
“Vamos, por meio da pesquisa e desenvolvimento de metodologias, obter uma solução mais ambientalmente correta em seu descarte ao meio ambiente; possibilitar alta performance que atendam à rigorosa legislação e as normas da empresa, por fim, tornar o objeto de estudo e desenvolvimento viável e competitivo na produção”, afirma Prof. Dr. Alcides Lopes Leão, docente do Departamento de Bioprocessos e Biotecnologia da Faculdade de Ciências Agronômicas, Câmpus de Botucatu, e que está à frente do projeto.
“É importante que a expertise de pesquisadores da Unesp seja utilizada em colaborações público-privadas que estão no âmbito da inovação e gravitam em torno de pesquisas de ponta desenvolvidas por nossos docentes”, finaliza Pasqual Barretti, reitor da UNESP.