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Carteira na mão e medo ao volante

Embora para alguns o automóvel seja sinônimo de liberdade, outros fogem dele por fobia da direção.

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Desde que foi inventado, o carro é muito cultuado por representar, acima de tudo, liberdade.

Quem não conhece algum adolescente, que lutando pela independência, fica ansioso esperando chegar logo os dezoito anos, tempo legal para tirar a carteira de motorista?

Em oposição à impaciência desses menores, há uma considerável parcela da população que entra em pânico ao sentar na frente de um volante, mesmo com todas as condiçõesapropriadas.

É o caso da aposentada L.P. (personagem que não quis se identificar), que passou no teste de direção aos vinte anos e, de lá para cá, só vem renovando a carteira, mas não quer usufruir do direito que conquistou.

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Segundo L.P., os culpados pelo atual medo de direção foram alguns de seu parentes mais próximos.

“Quando era solteira, até que me esforcei para aprender a dirigir, tanto é que passei no teste. Porém, vendo os meus filhos e o meu marido no volante, passei a ter um certo pânico diante da imprudência deles no trânsito”, desabafa.

São muitas as origens da fobia no trânsito e um dos maiores culpados são os próprios instrutores de auto-escola, que não têm paciência e nem gosto pela atividade.

Em outros casos, algumas pessoas passam por um trauma muito forte, como um acidente, que trava o interesse em aprender a dirigir.

Tratamento – Para curar esse tipo de barreira, já existem clínicas especializadas que trabalham com a ajuda de psicólogos.

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Esses centros costumam oferecer aulas práticas de direção acompanhadas por profissionais da mente e ministradas por instrutores especialmente treinados para lidar com esse tipo de problema.

A programadora visual Patrícia Marinho tentou, por diversas vezes, ter um bom relacionamento com o automóvel, mas nunca conseguiu.

“Acho que dirigir é questão de dom, e descobri que não fui uma das homenageadas”. Ao se questionar sobre a restrição da liberdade, Patrícia diz que não é tão prejudicada.

“Sempre consigo arrumar um jeitinho com caronas ou ônibus. Não tenho problema em andar em conduções alternativas, principalmente agora com os geladinhos”, comenta.

interesse – O arquiteto Alexandre Mesquita nunca gostou de conduzir um carro. “Aos vinte anos, meu automóvel já estava prestes a chegar na garagem e eu ainda não tinha a carteira por pura falta de interesse.

Acho que os brasileiros são muito desrespeitadores no trânsito, e isso me estressa bastante.

Prefiro pagar mais caro com táxi ou motorista particular e andar tranqüilo, admirando a beleza dos projetos arquitetônicos do Recife, outdoors ou paisagens”, comenta Mesquita.

O arquiteto não aboliu de vez a direção de sua vida. Apenas prefere, sempre que possível, não ter mais uma preocupação com trânsito desorganizado na cidade e locais para estacionar.

Uma coisa é certa: não há limites para começar a dirigir. O aprendizado não é difícil, apenas requer prática e não adianta ter pressa, pois um motorista só deve ser mais ousado no trânsito quando sua experiência permitir.

Se a questão for trauma, dê tempo ao tempo, que as lembranças ruins vão ser apagadas lentamente.

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