Especialmente desenvolvido para o Honda Fit, o revolucionário motor SOHC i-DSI (Intelligent Dual Sequential Ignition – Ignição dupla sequencial inteligente) caracteriza-se pela economia de combustível, tamanho reduzido, leveza, torque máximo em baixas rotações e baixo nível de emissão de poluentes.
O motor 1.4 litro 8V tem potência de 80 cv (cavalos) a 5.700 rpm e torque máximo de 11,8 kgfm a 2.800 rpm, favorecendo o uso urbano, em que o veículo é mais exigido em faixas de rotação baixas.
Em termos de tecnologia, outro destaque é a ignição diferenciada. As velas, dispostas em pares, ficam em posições diametralmente opostas, visando reduzir o tempo e a velocidade de combustão.
Além disso, a ignição não é simultânea, isto é, a defasagem do tempo de ignição entre as velas é variável, sendo controlada por um módulo eletrônico que constantemente monitora as condições de carga impostas ao motor, ajustando o melhor momento para a ignição em cada vela individualmente.
Esse mecanismo permite acelerar e elevar o pico de potência, melhorando a eficiência da combustão.
O momento de ignição (defasagem do tempo de ignição das duas velas) varia de acordo com o regime de rotação do motor e o vigor com que o motorista pisa no acelerador.
O dispositivo sempre procura o melhor ponto de ignição, comandando individualmente cada vela.
Utilizando o exclusivo sistema i-DSI, de duas velas por cilindro, o controle de ignição, normalmente feito por uma vela em cada cilindro, é efetuado por duas velas em cada cilindro, totalizando oito pontos de ignição no caso de motores de quatro cilindros.
Isso aumenta ainda mais a eficiência de combustão do motor. O par de velas reduz o percurso da chama dentro da câmara de combustão (distância percorrida pela chama após a ignição), o que gera uma combustão mais rápida (combustão dos gases em menor tempo), transformando a energia de combustão em potência com maior pressão do que os motores aspirados tradicionais.
A câmara de combustão compacta permitiu uma taxa de compressão de 10,4:1, com o menor ângulo das válvulas, que passam a ter convergência de 30°.
Outra característica desse projeto foi a redução do peso e do tamanho do motor. Para tanto, a dimensão básica que define o tamanho do motor, que é o espaçamento entre os centros dos cilindros, foi reduzido de 84 mm para 80 mm, como na maioria dos automóveis leves.
Também foram empregados outros recursos. O coletor de admissão, de plástico, é compacto e leve.
O comprimento longitudinal foi reduzido, com o corpo da borboleta posicionado na parte superior do motor, sem deixar de reservar espaço para o comprimento do duto do coletor de admissão, voltado para cima.
Além disso, a fixação de dispositivos complementares (alternador, bomba de água e compressor do ar-condicionado) foi feita diretamente no bloco do motor, sem o uso de suportes, e o acionamento é realizado por correia única pelo sistema de serpentina, o que liberou espaço dentro do compartimento do motor.
A baixa emissão de gases poluentes é garantida pelo sistema de exaustão traseiro, em que a distância até o catalisador foi diminuída para agilizar o processo e melhorar o desempenho da purificação a frio, além da instalação do catalisador de conversor de fluxo oblíquo: os gases entram diagonalmente no catalisador e fluem uniformemente.