A Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST) registrou lucro líquido de R$ 318 milhões no segundo trimestre deste ano, o que gerou lucro acumulado de R$ 590 milhões no semestre.
O resultado é o melhor dos últimos anos e consolida os fundamentos da CST, que atua com produtos de qualidade diferenciada e estabilidade operacional.
O desempenho da CST proporcionou ainda um EBITDA de R$ 339 milhões e margem de 37%, conforme anunciou o diretor de Relações com Investidores da companhia, Leonardo Horta.
Dentre os fatores que contribuíram para o resultado positivo, destaca-se a alta dos preços do aço no mercado internacional. O preço médio das placas da CST ficou em US$ 238/t, valor 42% superior ao obtido em igual período do ano passado e o mais alto dos últimos três anos.
No segundo trimestre, a CST obteve uma receita operacional líquida de R$ 921 milhões, com crescimento de 58% em relação ao mesmo período de 2002.
A receita registrou recuo de 7%, comparada ao trimestre anterior, em conseqüência do efeito negativo sobre as exportações e da valorização de 14% do Real.
No entanto, a perda de receita por conta da desvalorização do dólar frente à moeda local, foi reduzida em função do mix nobre de vendas de placas da companhia, com maior valor agregado, e pela alta do preço do aço internacional.
A performance industrial da CST também foi marcada por um volume de produção superior ao do primeiro trimestre deste ano. Houve aumento de 2% na produção de placas (1.213 mil toneladas) e de 10% em relação às bobinas (258 mil toneladas).
O volume de vendas de placas foi 26% inferior ao embarcado no mesmo período do ano passado, já que parte do produto foi destinado à produção de bobinas. Os principais destinos das placas foram Ásia e EUA.
A venda de bobinas no trimestre foi de 262 mil toneladas, 30% acima do volume alcançado nos três primeiros meses deste ano. Do total de bobinas comercializadas, 27 mil toneladas foram exportadas para 13 clientes internacionais.
Até então, a maioria das vendas de bobinas para o exterior foi realizada em pequenos lotes experimentais para serem testados. Os embarques de lotes comerciais foram iniciados em maio e já começaram a ser incrementados.
Para o mercado doméstico, a CST já vendeu bobinas para cerca de 50 clientes distintos, dos quais a grande maioria irá compor a carteira regular de clientes.
Um exemplo é Vega do Sul, usina de laminação a frio e galvanização, localizada em Santa Catarina, onde a CST participa com 25% do capital, para onde foram destinadas cerca de 5% das vendas do trimestre e que está em fase de início de operação do processo de galvanização.
O processo de crescimento da produção do Laminador de Tiras a Quente (LTQ) teve continuidade neste segundo trimestre, com foco operacional na produção de bobinas com espessura mais finas e com especificações mais rigorosas, para usos mais nobres.
A CST realizou investimentos de R$ 32 milhões no trimestre, sendo R$ 24 milhões em projetos estratégicos, em especial na otimização da produção, e cerca de R$ 8 milhões em reformas e melhorias correntes.
Além disso, o projeto de ampliação da produção de placas para 7,5 milhões de toneladas/ano está em andamento, de acordo com o planejado, com previsão para início das obras em 2004.
Com o preço médio da placa da CST em US$ 234/t no semestre, a Companhia mantém sua expectativa para o ano dentro da faixa de US$ 230 a US$ 240/t.
A CST acompanha a expectativa geral do País, com a perspectiva de redução da taxa de juros, levando a um início de melhoria no nível geral de atividade econômica a partir do quarto trimestre do ano.