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Aumentam as vendas dos motores flexíveis

As montadoras de automóveis, apostam alto nas exportações, enquanto sonham com a recuperação do mercado interno. Mas pelo menos um fenômeno já se percebe nas concessionárias: é o crescimento das vendas dos carros com motor movido tanto a álcool quanto a gasolina.

Chegou a hora de abastecer o carro. Neste caso quem escolhe o combustível não é o motor – é o motorista. É o motor Flex. Flexível porque é bi-combustível, funciona com os dois. O motorista diz que dá mais segurança quando está longe do posto de confiança.

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“Na capital eu ponho gasolina, quando eu viajo eu prefiro colocar álcool”, diz o produtor Sálvio Pereira.

Quem roda bastante vê na economia a maior vantagem. “Eu gastava 70, 75 reais e gastei 34 pra encher o tanque dele”, revela Walter Menezes, editor de imagens.

Flexibilidade para a vendedora que pode dar uma opção a mais ao cliente. “É um argumento a mais de venda”, afirma a gerente de vendas Sara Ferreira.

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O carro bi-combustível surgiu em março do ano passado, como aposta de poucas montadoras. Hoje já respondem por 14% da produção nacional. E vários modelos, inclusive 1.8, rodam com motor flex.

O projeto do motor bi-combustível só andou porque a gasolina brasileira tem 25% de álcool anidro. Essa fórmula aceita o álcool hidratado. Portanto, há uma mistura. Se a gasolina fosse pura haveria rejeição. Álcool hidratado não se mistura com gasolina pura. E nada disso foi pensado antes.

“Deus é brasileiro, sem dúvida nenhuma. Esse programa foi feito, que eu me lembro, há 25, 30 anos atrás, como duas coisas separadas. E de repente dá certo para juntar lá na frente. É perfeito”, afirma Francisco Nigro, diretor do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

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Francisco Nigro não vê desvantagem no novo modelo. O preço do carro é o mesmo, o desempenho também. Quem fica mais forte é o consumidor.

“Antes se fazia a opção na hora da compra do veículo. Ele optava por álcool e ficava refém dos produtores de álcool. Optava por gasolina e ficava refém da gasolina no mercado internacional, o que fosse. Agora não, vai depender do que estiver mais barato na hora do abastecimento.”

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