Por ser dispositivo de segurança, aparato precisa seguir normas rígidas de segurança. Veículos com air bags requerem cuidados especiais
Por ser considerado um dispositivo de segurança, o pára-brisa de um automóvel requer alguns cuidados especiais.
Na hora de sua colocação, é preciso que os processos estejam de acordo com as Normas Internacionais de Segurança FMVSS 212-208 (Federal Motor Vehicle Safity Standards) para assegurar que o trabalho atenda aos requisitos necessários para garantir a segurança do veículo.
O alerta é feito pela Abravauto (Associação Brasileira de Revendedores de Vidros Automotivos).
Na prática, isso significa que o pára-brisa deve ser fixado à estrutura do carro por adesivos automotivos especialmente desenvolvidos para este objetivo.
Além da qualidade do produto, é necessário atentar para o seguinte fato: no processo de colocação do dispositivo, o carro não pode ser liberado até que o adesivo tenha tido suficiente “tempo de cura”, que nada mais é do que o tempo da primeira secagem da cola para que o veiculo possa ser liberado com segurança.
Portanto, é fundamental que se respeite esse intervalo, recomendado pelo fabricante da cola.
Caso tais procedimentos básicos não sejam seguidos, podem ocorrer falhas na colagem do vidro, que pode se soltar em determinados pontos.
Além disso, são grandes as chances de infiltração de água no interior do veículo quando for exposto à chuva.
Por fim, um som incômodo, como se fosse um assobio, pode perturbar os usuários quando o carro estiver em alta velocidade. O som é causado pelo ar que penetra no automóvel através das frestas deixadas pela má colagem.
Veículos com air bags requerem cuidados especiais – No caso de veículos com air bags, vale uma atenção extra: é necessário um maior tempo para a sua liberação, ou então a utilização de adesivo com cura mais rápida.
A entidade ressalta ainda a existência de estudos indicando que veículos com air bags geralmente exercem seis vezes mais força sobre o pára-brisa do que um carro sem o acessório, fato que faz com que tais veículos demandem adesivos mais fortes.
Apenas com o uso de adesivos adequados os instaladores de vidros automotivos estão aptos a atender os requisitos das normas FMVSS, possibilitando uma condição segura para os ocupantes dos veículos.
A Abravauto lembra ainda que para garantir qualidade dos trabalhos, os técnicos devem estar bem treinados e utilizar somente os adesivos que esteja dentro dos padrões de segurança.
Além disso, faz-se necessário que se sigam as instruções do fabricante e que também seja utilizados vidros que atendam aos requisitos de segurança.
Vidro Temperado na parte dianteira é proibido por Lei – Por ser até 50% mais barato que o vidro recomendável – o laminado – vidro temperado, que representa riscos para o usuário, ainda é sugerido no momento da troca
Desde 1990, o uso de vidro temperado na parte dianteira do automóvel é proibido por lei (artigo 1o da resolução do Conselho Nacional de Trânsito número 710, de 16 de agosto de 1988).
Devido às suas propriedades, numa colisão, tal vidro se despedaça em pequenos pedaços, tornando-se um grande perigo aos usuários.
A solução encontrada foi substituí-lo pelo laminado, que, ao invés de se despedaçar em partes, apenas trinca. O alerta é da Abravauto – Associação Brasileira de Revendedores de Vidros Automotivos.
Por motivos de segurança, a Abravauto aconselha que o usuário atente para essa questão.
O fato de o vidro temperado poder ser até 50% mais barato que o laminado faz com que muitos pontos comerciais vendam gato por lebre.
Os consumidores finais alegam não saber distinguir um pára-brisa temperado de um laminado. A diferença entre eles consiste no fato de o laminado possuir uma identificação de procedência, o que não acontece com o temperado.