sexta-feira, 22 novembro , 2024
28 C
Recife

A relação entre a turboalimentação e o meio-ambiente

Curso para especialistas ressalta como o sistema de alimentação de motores é imprescindível para a redução de emissão de poluentes

A Honeywell Turbo Technologies – Garrett – aproveitou o início do Protocolo de Kyoto para promover um curso de formação de especialistas em turboalimentação, considerado um dos principais recursos para a redução dos níveis de emissões dos motores de veículos.

- Publicidade -

Em comemoração à entrada em vigor desse acordo, a empresa reuniu em sua sede, em Guarulhos (SP), 50 profissionais que trabalham com assistência técnica em turboalimentação em todo o Brasil para reforçar a importância que a tecnologia adquire para a preservação do meio ambiente.

O Protocolo de Kyoto é um acordo ratificado por cerca de 140 países com o objetivo de reduzir, entre 2008 e 2012, a emissão de gases que causam o efeito estufa em cerca de 5% em relação aos níveis de 1990.

“Consideramos o melhor momento para transmitir aos profissionais a importância da turboalimentação de motores e contribuir efetivamente para esse esforço mundial”, informou George Norio Kikuchi, gerente de Marketing e Pós-Vendas da empresa.

- Publicidade -

O sistema de turboalimentação de motores é um dos principais recursos que a indústria automobilística dispõe para a redução da emissões de gases poluentes.

Por esse atributo e pelas restrições cada vez mais rigorosas para a preservação do meio ambiente, o mercado europeu apresenta grande evolução nas vendas de automóveis equipados com motores a diesel e sistemas de turboalimentação.

No ano passado, a Honeywell mundial produziu oito milhões de turbos, dos quais seis milhões destinaram-se exclusivamente para o mercado europeu. No Brasil a produção atingiu a marca de 210 mil unidades.

- Publicidade -

Além da economia de combustível, a turboalimentação contribui para os fabricantes de motores atingirem os cada vez mais rigorosos limites de emissões de gases, impostos pelas legislações européia, asiática e norte-americana.

No Brasil, em janeiro passou a vigorar a norma Euro III (que corresponde à fase 5 do Conama).

George Norio Kikuchi informou que a turboalimentação reduz de forma significativa a emissão de gases e explica que enquanto um carro vendido no mercado europeu com motor 1.4L a gasolina e sem turbo, emite 157 g/kg de CO2 (dióxido de carbono), o mesmo modelo, com motor 1.4L a diesel e com turbo, produz 114 g/kg, numa redução correspondente a 27%.

O executivo explica que entre os fatores que contribuem para os motores turbodiesel apresentarem mais baixas emissões de CO2 está o menor consumo de combustível em relação aos modelos a gasolina.

No Brasil, todos os veículos comerciais equipados com motor a diesel (esse com bustível ainda é proibido para carros de passageiros), contam com o sistema de turboalimentação, considerado o único recurso para os fabricantes de motores atenderem aos limites estabelecidos pelas normas ambientais.

Protocolo de Kyoto: mais benefícios para os países em desenvolvimento que para o meio ambiente – Em vigor desde o dia 16 de fevereiro deste ano, o Protocolo de Kyoto estabelece que os países industrializados devem reduzir a quantidade de gases poluentes em pelo menos 5% em relação aos níveis emitidos em 1990.

Mas, este acordo mostra-se mais eficiente para proteção do meio ambiente no papel do que na prática.

Isto porque os Estados Unidos, responsáveis por 36% das emissões mundiais de poluentes – cerca de 5 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ao ano -, não ratificaram o Protocolo.

As justificativas são que este acordo pode vir a limitar o desenvolvimento interno do país. Mesmo não participando, os EUA se comprometem a aprimorar suas tecnologias, visando emitir menos poluentes.

Independente desta ausência, o meio ambiente terá benefícios já que anualmente deixarão de ser emitidos milhões de toneladas de CO2.

A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas, principalmente nos transportes, responsáveis por um terço das emissões mundiais de dióxido de carbono.

Para o Protocolo entrar em vigor, foi necessário que os países signatários representassem pelo menos 55% das emissões mundiais de poluentes, meta que foi atingida com a adesão da Rússia.

Benefícios para o Brasil – Os países em desenvolvimento, que em princípio não são obrigados a cumprir o tratado, também serão beneficiados.

No caso do Brasil, os combustíveis renováveis, como o álcool etílico, podem ser adotados pelos países industrializados. Estes combustíveis além de poluir menos, também retiram da atmosfera gases como o CO2, durante o processo para sua produção.

“O nosso País está em uma situação privilegiada, precisando apenas preservar as florestas e aperfeiçoar as tecnologias já utilizadas. Os veículos com sistemas flex (álcool, gasolina ou a mistura de ambos) são exemplos de tecnologias nacionais que podem ser adotadas no mundo todo”, analisa Alfredo Castelli, diretor de Meio Ambiente da AEA.

Matérias relacionadas

Ofertas FIAT

Mais recentes

Manutenção de férias Chevrolet
Novo Peugeot 2008

Destaques Mecânica Online

Avaliação MecOn