A EDP, empresa que atua em toda a cadeia do setor elétrico brasileiro, assinou um memorando de intenções com a Zebra (sigla em inglês para Aceleradora do Desenvolvimento de Veículos de Zero Emissão).
A iniciativa é uma parceria da C40 Cities, rede que conecta 96 das principais cidades do mundo comprometidas em promover ações climáticas arrojadas para criar um futuro mais saudável e sustentável, e do Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), organização independente, sem fins lucrativos, fundada para oferecer aos governos e reguladores ambientais pesquisas e análises técnicas imparciais.
A parceria tem o objetivo de acelerar a adoção dos ônibus elétricos nas cidades, articulando conversas com entidades governamentais, financeiras, operadores e empresas interessadas em investir nesse mercado.
As ações convergem com projetos que a EDP já executa no Brasil, que, juntos, somam mais de R$ 11 milhões em iniciativas voltadas ao mercado de ônibus elétricos.
No Espírito Santo, a Companhia vem tocando um projeto-piloto de mobilidade em parceria com a VIX Logística, empresa do Grupo Águia Branca, para desenvolver um sistema de recarga para frotas de ônibus elétricos no Espírito Santo.
O projeto recebe um investimento da R$ 6,6 milhões e foi contemplado na Chamada Pública da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para o tema Mobilidade Elétrica Eficiente, via fundo de Pesquisa e Desenvolvimento. Os primeiros testes com o ônibus elétrico foram iniciados ao final de outubro de 2020.
Já no Ceará, a EDP colocou em circulação o primeiro ônibus elétrico brasileiro totalmente movido a energia solar.
Idealizado na UTE Pecém, o modelo conta com um banco de baterias capaz de garantir autonomia de 300 quilômetros ao veículo, que já está sendo utilizado para fazer o transporte de colaboradores entre Fortaleza e São Gonçalo do Amarante, onde fica a unidade da EDP.
Com um investimento de R$ 4,85 milhões, o projeto-piloto foi desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp). A recarga é feita no estacionamento da empresa, utilizando um carport montado com placas solares.
“A mobilidade elétrica é um dos pilares de nossa estratégia para a mobilidade elétrica. Enxergamos nela a possibilidade real de contribuir para termos cidades mais sustentáveis, com menos emissões de CO2, e que ajudem a controlar a temperatura do planeta. Esse memorando de intenções reforça nosso compromisso em liderar a transição energética, além de ampliar o espaço dos ônibus elétricos nas metrópoles”, afirma Nuno Pinto, head de Mobilidade Elétrica e Negócios B2C da EDP no Brasil.
Mobilidade elétrica e compromissos ESG – Em nível global, a EDP tem o compromisso de eletrificar 100% de sua frota até 2030, assim como o de desenvolver novas ofertas e soluções comerciais que promovam a transição energética.
No ano passado, a Companhia aprovou em Chamada Pública da Aneel sobre o tema Mobilidade Elétrica Eficiente projetos que representam um investimento de cerca de R$ 50 milhões, via Fundo de Pesquisa e Desenvolvimento, recursos próprios e de parceiros.
Entre eles, está o projeto-piloto de mobilidade do ônibus elétrico no Espírito Santo e a Plug&Go, maior rede de carregadores ultrarrápidos da América do Sul, com a instalação de 30 novas estações de recarga ultrarrápida para automóveis elétricos.
Em novembro, a EDP firmou parceria com a Embraer para a pesquisa do avião elétrico.
Por meio da divisão EDP Smart, a Companhia anunciou um aporte financeiro para a aquisição da solução de tecnologia de armazenamento de energia e recarga do avião demonstrador de tecnologia de propulsão 100% elétrica, que utiliza um EMB-203 Ipanema como plataforma de testes.
O protótipo que já está em desenvolvimento tem o primeiro voo previsto para 2021.
O investimento em mobilidade elétrica reflete o empenho da Companhia em estimular a transição energética brasileira com vistas a contribuir para o controle do aquecimento do global.
Em 2021, pela 15ª vez consecutiva, a EDP figurará entre as empresas mais sustentáveis da bolsa de valores brasileira no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).
A Companhia obteve notas acima da média em todas as dimensões do questionário e sendo considerada benchmark em cinco das sete dimensões (Geral, Social, Ambiental, Econômica e Natureza do Produto).
Em junho, a EDP no Brasil submeteu à Organização das Nações Unidas (ONU) o compromisso de reduzir suas emissões para garantir que o aquecimento global não exceda 1,5°C, aderindo ao Business Ambition for 1,5ºC – Our Only Future.
Para isso, comprometeu-se a garantir que, até 2030, 100% da energia que gera sejam provenientes de fontes renováveis.
A Companhia também aderiu ao Recover Better, uma iniciativa global que propõe a governos e empresas de todo o mundo alinhar seus esforços de recuperação e ajuda econômica relacionados à crise da Covid-19 com base nos mais recentes estudos climáticos.
Ainda neste ano, Miguel Setas, presidente da EDP no Brasil, foi anunciado pela Rede Brasil do Pacto Global, da ONU, como CEO porta-voz do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 (ODS 11) – Cidades e Comunidades Sustentáveis – na iniciativa Liderança com ImPacto.
Além disso, a Companhia subscreve o Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade, iniciativa do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) que endossa o comprometimento da EDP com a prevenção, mitigação e compensação de impactos sobre a diversidade, além da geração de compartilhamento de informações sobre o tema.