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Uso de faixas refletivas na traseira e laterais de veículos comerciais ganha apoio

Associação Brasileira de Engenharia Automotiva considera que a utilização da faixa refletiva em automóveis causaria impacto nas montadoras e deveria ser discutida com outras entidades antes da obrigatoriedade

A AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, por meio de sua Comissão Técnica de Segurança Veicular, avalia positivamente o uso da faixa refletiva em veículos comerciais leves e reboques, tais como picapes acima de uma tonelada, vans e furgões.

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No entanto, considera essencial uma discussão separada para verificar a obrigatoriedade para o uso dessa peça em automóveis e picapes de pequeno porte.

“Além de discutir separadamente é preciso envolver outras entidades, como a ANFAVEA, para que seja levada em consideração a eficácia dos dispositivos atuais e a real necessidade da inclusão dessa faixa adicional em automóveis”, propõe Alexandre Novaes, coordenador da Comissão Técnica de Segurança Veicular da AEA.

Para a Associação, a utilização das faixas refletivas em veículos de grande porte é importante e eficaz, conforme os números de estudos do governo norte-americano, que comprovam a redução de colisões nos EUA, onde o uso da faixa refletiva em transportes rodoviários pesados é obrigatório há seis anos.

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Contudo, a questão envolvendo automóveis é mais complexa, uma vez que adaptações deveriam ser feitas, o que causaria certo impacto nas montadoras.

Dessa maneira, caso o Projeto de Lei 5449/02, de autoria do deputado Max Rosemann (PMDB-PR) sobre obrigatoriedade das faixas refletivas em automóveis seja aprovado, as montadoras teriam que lidar, principalmente, com o impacto em razão das alterações que a instalação das faixas refletivas trariam na estética dos carros.

“As novas regras teriam que ser acomodadas ao designer dos carros fabricados no Brasil, mas não sabemos como os consumidores de outros países reagiriam.

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É possível que as montadoras fossem obrigadas a ter designers diferentes para o produto vendido no Brasil e o exportado.

Isso geraria um encarecimento nos projetos. No caso dos importados, o dilema seria ainda maior, pois as fábricas teriam que decidir se valeria à pena ter um modelo atendendo à exigência brasileira ou se fariam a adaptação aqui mesmo.

De qualquer forma, seria um custo a mais para o consumidor, explica Marco Antonio Saltini, presidente da AEA.

Além disso, segundo a própria AEA, vários aspectos técnicos terão que ser detalhados antes da implantação, tais como: área refletora, espaçamento entre as películas, características de reflexão, posições de instalação – se apenas na traseira ou também nas laterais.

“Esses estudos técnicos podem ser feitos na própria Comissão Técnica de Segurança Veicular da AEA ou na Câmara Temática de Assunto Veiculares do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), da qual a AEA também participa”, completa o engenheiro Alexandre Novaes.

A AEA estará sempre comprometida com os assuntos que visam melhorar a segurança e atenta aos tramites na legislação, a fim de contribuir com as condições do trânsito brasileiro.

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