Se o componente não for trocado periodicamente, desembolso pode ser dez vezes maior que o valor da peça
Quando se fala em manutenção básica de veículos, os primeiros componentes que vêm à cabeça são freios e pneus.
Porém, existe uma pequena peça instalada próxima ao bloco do motor chamada bomba d’água, que é fundamental para o bom funcionamento do motor e que também precisa de alguns cuidados.
Por ser um componente pequeno e que fica escondido no meio de outras peças mais visíveis, as pessoas acabam esquecendo da bomba d’água e, por conseqüência, muitas vezes só percebem que a peça está com problema quando levam o veículo para a revisão. Porém, pode ser tarde demais.
“Esse componente garante que o líquido do arrefecimento circule pelas mangueiras e bloco do motor, fazendo com que a temperatura se mantenha estável e garanta maior vida útil ao motor”, relata Perez.
Uma bomba d’água com problemas pode causar sérios estragos nos veículos, que vão desde a oxidação do óleo, gasto excessivo de combustível, superaquecimento e até o travamento do motor, explica explica Roberto Perez, tecnólogo do Centro Técnico Automotivo da SKF do Brasil.
“Dependendo da gravidade do dano, o reparo mecânico pode ser dez vezes mais caro que o valor da bomba”, completa.
Além do check-up anual ou a cada 30 mil quilômetros, o usuário também pode detectar um problema na bomba d’água através de vazamentos.
“Se ele perceber um acúmulo de água por mais de três dias abaixo do motor, em 80% dos casos o problema é com esse componente”, explica o tecnólogo.
O maior número de vazamentos prematuros em bombas d`água acontece por falta de limpeza do sistema de arrefecimento (água mais aditivo).
“Quando esse líquido vaza, traz uma série de partículas corrosivas. É importante ter um cuidado especial e aplicar sempre um aditivo de qualidade comprovada”, detalha Perez.
Principais cuidados com o funcionamento da bomba d`água
1 – Substituir o líquido de arrefecimento uma vez ao ano (cada 30 mil Km);
2 – Observar periodicamente o sistema de arrefecimento: cor do líquido, vazamentos
e mangueiras ressecadas;
3 – Trocar anualmente a válvula termostática;
4 – Aplicar aditivo à base de etileno-clicol de qualidade comprovada e que atenda a norma NBR 13705.