Completar o radiador com água pura compromete o sistema de arrefecimento e pode fundir o motor. Gastos com retifica podem chegar a R$ 4 mil
O motorista, muitas vezes, ao chegar em um posto de gasolina, sem pensar, pede para que o frentista complete o nível de água do radiador.
O que parece um procedimento inofensivo pode gerar diversos problemas no veículo. Edson Maia, diretor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (Sincodiv/DF), alerta que colocar água pura no radiador, sem nenhum aditivo, traz sérias conseqüências e pode fundir o motor.
De acordo com o gerente técnico de uma das concessionárias do DF, Edvaldo Souza Oliveira, quando o nível está baixo e coloca-se água sem aditivo, o líquido enferruja e se torna corrosivo.
“Todo o sistema de arrefecimento fica comprometido. A bomba d’água pode travar, o carro ferve e, fatalmente, o motorista perderá o motor de seu veículo”, diz.
Mas é preciso ter cuidado ao colocar o aditivo. Oliveira ressalta que não se deve nunca completar a água do radiador em postos de gasolina.
“A troca deve ser realizada por um técnico especializado, em uma autorizada, e com produtos específicos indicados pelo fabricante do veículo”, afirma.
Em média, as montadoras recomendam que a troca completa do líquido de arrefecimento deve ser feita a cada 40 mil quilômetros.
“Se ocorre a redução do nível da água com freqüência é preciso procurar uma oficina, de preferência em uma concessionária, pois é sinal de que há um vazamento”, completa Edvaldo.
Segundo o gerente técnico, sem o aditivo na proporção certa, especificada pela montadora, a água evapora mais rápido. Caso haja um volume excessivo, o líquido se torna corrosivo.
“Nas revisões periódicas a limpeza do sistema de arrefecimento é realizada. Torna-se necessário ler o manual do veículo para saber o momento certo de fazer a manutenção”, diz Edson Maia.
Com a utilização correta de produtos de qualidade, o sistema de arrefecimento desempenhará bem a função de manter a temperatura ideal do motor.
O superaquecimento pode queimar a junta do cabeçote e ocasionar o desgaste prematuro de peças, além de elevar o consumo de combustível.
“Procedimentos simples podem evitar danos sérios no motor. Os gastos com retifica podem chegar a R$ 4 mil. Em alguns casos, dependendo do veículo, o prejuízo é bem maior”, conclui Edvaldo.