Volume cresceu 3,6% e atingiu 777,7 mil veículos nos três primeiros meses do ano, apesar dos esforços para esfriar consumo
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O número de emplacamentos de carros e veículos comerciais leves, como caminhonetes, atingiu no primeiro trimestre o maior patamar da história, marcando um novo recorde desde que Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) começou a fazer o levantamento, em 1957.
Segundo relatório divulgado na sexta-feira pela Fenabrave, o número de emplacamentos de carros e comerciais leves cresceu 11,6% em março em relação a fevereiro, totalizando 288.758 unidades.
Os números demonstram que, apesar dos esforços do governo para conter o crédito e a demanda, o consumo ainda continua aquecido neste início de ano.
Se considerado todo o setor automotivo (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros veículos como carretinhas de transporte de jet sky, motos, etc. ), o número de emplacamentos cresceu 6,28% no primeiro trimestre sobre igual período de 2010, saltando de 1,219 milhão para 1,295 milhão de unidades.
“A projeção de crescimento para 2011 permanece inalterada. O setor automotivo (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas) deve crescer 5,2% este ano”, informa a Fenabrave
Confira os resultados da Fenabrave por segmento no primeiro trimestre:
Automóveis e Comerciais Leves – Juntos, os dois segmentos cresceram 3,63%, saltando de 750.504 unidades para 777.725 veículos emplacados.
De fevereiro para março, os emplacamentos dos dois segmentos aumentaram 11,57%, totalizando 288.758 unidades.
Caminhões – Foram comercializados 39.413 caminhões nos três primeiros meses deste ano, contra 31.053 unidades no mesmo período de 2010, numa alta de 26,92%.
De fevereiro para março, o segmento também apresentou evolução de 14,11%. Foram negociadas 14.488 unidades em março, ante 12.696 no mês anterior.
Ônibus – As vendas de ônibus evoluíram 25,03% comparando os acumulados deste ano com o de 2010, passando de 6.453 para 8.068 unidades.
O resultado de fevereiro para março também foi positivo. Foram negociadas 2.925 unidades, contra 2.637 unidades, numa alta de 10,92%.
Motos – O volume de vendas de motos aumentou 8,12% na comparação entre o primeiro trimestre de 2011 e 2010, passando de 405.687 unidades para 438.647 motos emplacadas no período.
Em março, o setor de duas rodas registrou 160.298 unidades, numa evolução de 10,31% sobre fevereiro, quando o segmento totalizou 145.314 motos comercializadas.
Implementos Rodoviários – O segmento de implementos rodoviários cresceu 11,49% comparando o acumulado do primeiro trimestre de 2011 com o mesmo período de 2010, saindo de 11.727 unidades para 13.074. Comparando o desempenho entre março e fevereiro, o segmento cresceu 31,45%, passando de 4.118 unidades para 5.413 implementos comercializados.
Outros (carretas para transporte de motos, barcos, etc.) – Foram negociadas 18.789 unidades no acumulado de 2011, contra 13.691 no mesmo período do ano anterior, num crescimento de 37,24%
Vendas de caminhões e ônibus impulsionam mercado automotivo – As vendas de veículos no primeiro trimestre do ano registram novo recorde no país. E muito disso se deve principalmente ao comércio de caminhões e ônibus, que se manteve em ritmo acelerado e registrou as maiores altas entre todos os segmentos: de 26,92% e 25,03%, respectivamente.
Considerando apenas as vendas em março, 14.488 caminhões e 2.925 ônibus foram comercializados, altas de 7,63% e 1% em relação ao mesmo mês de 2010. Por outro lado, os carros e as motos registram quedas (-18,63% e -1,86%).
No acumulado do ano, o segmento de automóveis e comerciais leves teve alta de 3,63% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (777.725 unidades). Já as motos cresceram 8,12% (438.647 vendidas) em igual período.
“O agronegócio, principalmente da região sul, está aquecido, com uma bela safra, e isso anima, e muito, o setor de transporte. Somado a isso, há uma vontade de renovar a frota, há financiamentos e o empresário está comprando caminhão. Mas isso não resolve o problema, porque hoje enfrentamos a questão da falta de mão de obra qualificada e uma infraestrutura que não está adequada à realidade”, diz o diretor da Seção de Transporte Rodoviário de Cargas da CNT e presidente da Federação das Empresas de Transporte de cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Luiz Anselmo Trombini.
No entanto, ainda segundo ele, o aumento da taxa de juros do programa Pró-caminhoneiro, anunciado no mês passado pelo BNDES, deve esfriar um pouco as vendas.
“Algumas pessoas que não são da área acabaram comprando caminhões devido às facilidades, e agora isso deve diminuir”, ressalta.
Participação de mercado – A liderança nas vendas de caminhões no mês ficou, mais uma vez, com a Volkswagen (30,93% do mercado), seguida por Mercedes Benz (23,38%), Ford (17,15%), Volvo (11,42%), Scania (8,34%), Iveco (7,8%) e outros (0,99%).
No segmento de ônibus, a Mercedes Benz teve a maior participação de mercado no mês, com 45,23%. Logo em seguida aparecem Volkswagen (33,09%), Marcopolo (12,85%), Iveco (3,38%), Scania (2,39%), Agrale (2,26%), outros (0,79%).
Veículos totais – Ao todo, 825.206 veículos foram vendidos no Brasil neste ano, aumento de 4,7% sobre os dados do mesmo período de 2010, quando 788.010 veículos saíram das concessionárias.
No entanto, em março, as vendas totais caíram na comparação com o mesmo mês do ano passado: 306.171, contra 353.741, o que representa baixa de 13,45%.
De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), março de 2010 registrou grande número de vendas pois foi o último com desconto de IPI no valor das unidades.
Também contribuiu para a retração no mês passado a comemoração do carnaval, o que influencia negativa os resultados.
Fontes: FENABRAVE / CNT
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