Dentro do projeto de oferecer ar de esportividade ao seu sedã de entrada, o Classe C; de conquistar clientes mais jovens; de respeitar a legislação quanto a consumo e emissões, a Mercedes-Benz chamou seu caminho de Blue Efficiency. Mescla indústria, comércio, mobilidade sustentável e responsabilidade ambiental.
De tecnologia esparsa, atingindo todo o automóvel, do cuidado com a resistência aerodinâmica, à eficiência dos motores, deu passo importante ano passado, alterando o sistema de injeção de combustível.
Em vez de ser nos coletores de admissão, o faz diretamente, para dentro da câmara de combustão, em chegada incentivada por sopro forte, de 1,3 atmosfera, do turbo compressor acionado pelos gases queimados.
Resultado, o sedã 250 CGI – Charged Gasolina Injection, injeção turbinada de gasolina – agora apresentado, usa motor com menos de 1.800 cm3, mas oferece 204 cv de potencia, puxando-o de O a 100 km/h em 7,4s, tempo viril.
Sem tais aditivos, necessitaria de motor 2.500 cm3 para gerar tal cavalagem, e não conseguiria os resultados dinâmicos, de consumo – inferior 12% à geração anterior, com injeção no coletor de admissão e sopro auxiliar via compressor mecânico.
O efeito BlueEfficiency, é poderosa chave para evitar que o automóvel, milagre do século passado, se transforme em inimigo público número 1.
Medidas inteligentes, às vezes pequenas, como o desenho mais aerodinâmico dos retrovisores externos, pneus menos resistentes à rolagem, direção hidráulica apenas acionada ao virar das rodas, e motor de menor cilindrada, no processo internacionalmente dito Downsizing, a redução da cilindrada – e do peso, da massa, de consumo, das emissões – sem perda de rendimento.
Ao contrário, a combinação de injeção direta com turbo traz ao motor rendimento inimaginável como factível há uma década.
Não é carro esperto para acelerar, porém bobo em outros comportamentos. Ao contrário, o pacote de jovialização do Classe C deu-lhe aparência mais esportiva e comportamento coerente.
Combinando motor e caixa de transmissão hidráulica com seis velocidades, o rendimento é extremamente gratificante, espraiando-se na estabilidade e na frenagem.
Mais refinado em detalhes e equipamentos que as versões de entrada, as 180, o C250CGI com sistema de estacionamento Parktronic, pacote Sport, kit óptico AMG, faróis bi-xenônio, teto solar, custa R$ 179.000.
Este motor também equipa a versão de entrada do Classe E, dos sedãs intermediários, a R$ 229.000.
Reinventando a roda. Os Pirelli verdes – Pneu é mal necessário, preto, poluente.
As duas primeiras características são imutáveis. A última pode ser melhorada, como fez a Pirelli ao criar o caminho Green Performance.
Utilizam nova mistura de compostos, com elementos capazes de reduzir a poluição, processo cuidado a partir da fabricação, presente, segundo Guillermo Kelly, CEO, em todas as fábricas da empresa, incluindo as brasileiras e a argentina.
A família Green, começa por Cinturato P1, Cinturato P7 e Scorpion Verde All Season, e visa carros com motores pequenos e rendimento limitado; os de maior atrevimento mecânico e, finalmente, picapes e utilitários esportivos – de uso misto em asfalto e terra.
Integram o projeto da companhia de, até final de 2012 vender 40% de pneus com tecnologia verde. Insumos mais ecológicos, evolução do processo construtivo, decomposição ecológica geram menores consumo de combustível e emissões de poluentes.
Como estes objetivos no Brasil não são regra ou política governamental, o apelo maior ao comprador é saber que, com mensurável economia de 6% em combustível, quem rode 20.000 km/ano, conseguirá pagar os quatro pneus ao final de 4 anos.
Resultados acessórios e igualmente importantes, maior aderência na chuva – a pegada do pneu tem mais área; menor resistência ao rolamento; redução na distância de frenagem; aderência em curvas.
Materiais e tecnologia resultaram pesar menos 8% menos que as séries anteriores; custar 5% mais; ser identificados na lateral com quatro símbolos indicativos de sua construção: Redução do consumo de combustível; Menor emissão de CO2; Alta quilometragem; e Redução de ruído.
Não há diferença na constituição ou cor, não é uma revolução, mas é início prático de um novo caminho voltado ao meio ambiente, de interesse de todos, donos de carros que usem os Pirelli Green, ou não.
Roda-a-Roda – De novo – Postergado o retorno da Alfa Romeo aos EUA. Sergio Marchionne, chefão do negócio, não gostou do estilo da Giulietta e seu station wagon projetados nos EUA para substituir os Chrysler 200 e Avenger, iniciais alavancas de vendas.
Na Itália, quase pronto o projeto para o Alfa SUV sobre plataforma dos jipinhos Compass e Patriot. A nova geração será mais Chrysler que Alfa.
Questão – Decisão corajosa. Para viabilizar-se como marca Premium precisa vender 200 mil Alfa/ano.
Onde – Ano passado definiu-se a Itália; dia 29, com acionistas, Marchionne disse pensar nos EUA. Se sobrar para o México, a isenção alfandegária, trará projeto denso para o Brasil. Se não, sem emoção.
Mercado – Primeiro trimestre a Ranger Rover vendeu 24% mais que igual período em 2010, acima da média mundial, 16%. O Discovery 4, mais caro, superou o Freelander 2, de entrada.
Negócio – A fim de Chevrolet Malibu ? Pechinche: mal lançado; vendeu abaixo das expectativas; tem estoque 2010/2011, e novo modelo, todo mudado, em lançamento nos salões de Shangai e Nova Iorque.
Câmbio – Carros importados expandem vendas e presença no mercado. Na conta, os sem fábrica local, 4,8% e os trazidos pelas montadoras, Ford Focus, Ranger, New Fiesta, os picapes e SW Toyota, Renault Fluence, Nissan e outros mais, do Mercosul e México, são 20%. Na prática, 1/5 pelos importadores, 4/5 pelos locais.
De novo – A Jaguar, agora indiana, fará carro menor. Já tentou com o X Type quando pertencia à Ford, e não se deu bem.
Salão – 5º. Salon del Automovil em Buenos Aires: 17 a 26 de junho. Lá o mercado é 1/6 do nacional, mas há novidades para nós em novos picapes: Ford Ranger, GM S10, e retoques em Toyota Hi-Lux.
Ranger e S10 só em 2012. Na Sociedade Rural, em Palermo. Poucos importados.
Adeus – À venda os Nissan Sentra 2012. Poucas novidades, pois à beira de mudar: chave de ignição e cor branco pérola. Nova safra é para criar fato, manter o crescimento em mais de 100% das vendas.
Ironia – O aumento de vendas dos Nissan está ligado aos anúncios, provocadores, comparativos, com outras marcas.
Num deles, mostra funcionários com jalecos da Ford, como rappers norte-americanos, ironizando a compra de um carro com motor 1.6 a preço de 1.8, comparando Focus com Tiida.
Polícia – Em outros anúncios, contra Toyota, Amarok, Fiat, estas denunciaram ao Conar, e o conselho de propagando mandou a Nissan tirá-los do ar.
A Ford achou que o negócio ofendia seus funcionários, foi ao Conar e à Justiça, representou criminalmente contra a diretoria da Nissan.
Carlos Murilo Moreno, seu diretor de marketing, será o primeiro a depor. É nova história nesta relação.
Mais um – Novo veículo militar Agrale, desenvolvido sobre o jipe Marruá, transformou-o em picape/caminhãozinho para 1,5t de carga. Mantém a construção de veículo para serviço duro, motor diesel, tração nas 4 rodas.
Caminho – O jipe Marruá, sem a “caixa redutora“ exigida nas normas para uso de diesel, não pode ser vendido a clientes comuns, restando as Forças Armadas que, por entulho autoritário, estão acima da regra para civis.
Daí – Como a necessidade faz o sapo pular, exporta-o a forças armadas de outros países. Porém, transportando mais de 1t, o picape pode ser vendido a particulares.
Vida real – Segunda feira, 11, amostra dos preparativos ao exame de competência da Copa do Mundo. Em Brasília, a TAM perdeu o avião que faria o vôo 3887.
Passageiros transferidos do portão 1 ao acesso A, e ao ônibus para embarque remoto. Depois de atraso, no ônibus o motorista informa à atendente que a vaga onde estaria o Airbus 320 está vazia.
Dez minutos de procura, foi achado no portão 7. Desembarque geral, outros 50 minutos de espera e, afinal, o vôo. Copa do Mundo ou do Mico ? Quem bota ordem nisto ?
Antigos – Feriado de 21 de abril, quinta-feira, o Fusca Clube do Brasil comemorará aniversário no 19º. Encontro Nacional de Fuscas, passeio no circuito de Interlagos, SP. Coerente, restrito aos carros movidos por motores de cilindros opostos.
Ecologia – Buscando eficiência e redução de custos, as fábricas de pneus no Brasil reduziram em 14% consumo d`água, e recicla-a quase 100%.
Gente – Gustavo Ruffo, jornalista, pródigo. OOOO Deixou “4 Rodas”, voltou para “Car & Driver”, revistas sobre automóveis.
OOOO Patrick Pelatta, executivo, agora ex-CEO da Renault.
OOOO Saiu por ter acreditado em inexistente e mal explicada história de espionagem industrial, caro mico mundial. OOOO No posto até indicação de sucessor. OOOO