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Renaults elétricos, um novo caminho

Carro elétrico é coisa antiga, do Século 19, início da mobilidade, disputando a preferência dos motoristas com vapor e petróleo, ganhador pela facilidade e confiança em achar reabastecimento.

O princípio não muda: baterias alimentam um motor elétrico que aciona as rodas. Nem as dificuldades: limitação de autonomia; lentidão das cargas; forma de recarregar.

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Fabricantes tentam melhorar o periférico, maneiras de reduzir o consumo; de gerar energia com o deslocamento dos veículos – aumentar a autonomia, há tempos e hoje em torno de 100 km.

A Renault apresentou em Lisboa dois modelos elétricos ditos Z.E. – zero emission: sedã Fluence – que para eles não é carro de luxo, como aqui -, e o utilitário Kangoo – nova geração.

2013 complementará com os produtos-aplicativos Twizzy, urbanóide, dois lugares, e Zoe,hatch 4 lugares.

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Visão rude pode considerá-los apenas mais dois, mas são muito mais: tem o brilho da fórmula, e nela os carros são apenas um terço: completam-na o interesse estatal no reduzir emissões poluentes; e a facilidade de re-abastecimento.

Receita de aplicação mundial, os Renaults podem re-abastecer em casa ou no escritório do usuário, em carregador específico; recarregar emergencialmente ligados direto á tomada comum; em postos públicos nas ruas – em Portugal já há 1.500 ! Mais simples, desenvolvida por associada israelense, o carro entra numa vala e um robô inferior solta o compartimento com a bateria – 250 kg – e em minutos coloca outra.

O êxito da fórmula é reflexo do atavismo histórico-negocial de Carlos Ghosn, brasileiro filho de libaneses que dirige a Aliança – Renault + Nissan: negócio bom é aquele em que as partes ganham e voltam a fazer mais negócios.

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Assim, a parte não-automobilística, fornecimento da energia, montagem de postos, vendas dos transformadores, fica com parceiros locais – no Brasil, em experiência local, a Prefeitura de S Paulo.

Em Portugal a empresa é a Mobi. e unindo as plataformas em sistema único. Em Israel e Dinamarca, Better Place, com a troca rápida de baterias.

Criou, ademais, leque de atrativos: menores preços para manutenção, seguro, aluguel das baterias – E 80/mês – para reduzir o preço do veículo; agrada aos ambientalistas com sistema de reciclagem e, golpe de mestre, para evitar a surpresa visual, o motor não é cilíndrico, como os usuais elétricos, porém carenado em formato de motor convencional, endotérmico, 4 cilindros.

Dispensa caixa de marchas, chama o conjunto moto propulsor de “unidade moto-redutora”. 50 kg mais leve que um motor convencional 1.6 mais transmissão automática, gera 70 kW – 95 cv.

Qual é ? Piração? Projeto de relações públicas? Desvario tecnológico? Factóide para desviar atenções a algum fato de baixo mérito? Vantagens tributárias?

Não parece. A Renault apresentou projetos em 2009 para te-los comerciais em 2012; incluiu-os na messe de reduzir sua pegada ecológica – o impacto do processo industrial e produtos no meio ambiente.

E foca, determinada, grande e saborosa fatia do mercado mundial de automóveis elétricos prevista em 10% aos 2020. Promete, a Aliança – Renault + Nissan – venderá 1,5 M de elétricos até 2016; aplica 4 B de euros; mobiliza 2.000 engenheiros.

Quer estar à frente das oportunidades, deixar de ser parte do problema, ser parte da solução. (próxima Coluna, Lisboa, Cascais, por ali, de Renaults Z.E.)

Em 1971 a norte-americana Bell resolveu apostar na tração elétrica. Saiu a campo procurando veículo leve e racional – coisa que os norte-americanos não eram – descobrindo, num pátio de revendedor Renault, solitário e abandonado Dauphine 1962, O km, – igual aos modelos brasileiros.

Por valor de troco levaram-no e iniciaram dar forma ao insípido, inodoro, invisível e impalpável sonho. Rezaram o catecismo da época, mantendo a transmissão de 3 velocidades à frente, aplicando motor elétrico Delco Remy de 15 KW a 35 KW (a grosso modo 11 a 25 hp), em lugar do Ventoux de 850 cm3 e 31,5 hp.

Sofreram naqueles tempos iniciais, no compatibilizar a babel de linguagem entre sistemas mecânicos, elétricos, eletromecânicos e balbuciante eletrônica para, ao final, conseguir autonomia de 100 km, velocidade máxima de 90 km/h.

As experiências não se transformaram em produto: para funcionar, 14 baterias convencionais, 6V, de automóvel, colocadas no porta-malas dianteiro e no lugar do banco traseiro, e a misturada de sistemas não oferecia tranqüilidade operacional.

Um componente eletrônico que hoje pesa gramas, naquela época era trapizonga grande, complicada, pesada. Além do mais, ecologia não era moda, e inexistiam incentivos para a compra dos elétricos.

Porém, há 40 anos, marcaram o caminho tecnológico: carro elétrico é elétrico, não híbrido; conseguiram administrar o oferecimento de torque e potência gerados pelo motor, com demandas diferentes de acordo com o uso.

E, mais surpreendente, desenvolveram sistema de recuperação/geração de energia pelos freios, hoje largamente empregado nos elétricos.

Problemas insuperáveis, além do desinteresse público, eram confiabilidade, e como re abastecê-lo sem pânico de falta de carga nas baterias. Exatamente o que derrotara os elétricos ao nascer dos automóveis.

Roda-a-Roda – Expansão – Nissan e Daimler (Mercedes) em passos finais para acertar fábrica comum no México. Área da Nissan, construção e administração pela alemã. Em 2013 produtos Nissan, e em 2014 a nova linha Mercedes Classe C. A Daimler faz caminhões e ônibus no México, utilitários esportivos nos EUA.

Reflexos – Bom para o consumidor brasileiro. Mexicanos, os Mercedes C não pagarão imposto de importação, então já retornado a 35% – nossa declaração internacional de incompetência, industrial ou governamental.

Porquê ? – Os Nissan Versa feitos e vendidos no mercado no México portam ABS e almofadas de ar. Os enviados para cá só os tem na versão superior, a R$ 42 mil. É falta de respeito com o consumidor brasileiro e de planejamento – cliente morto por falta destas proteções não comprará outro Nissan.

Fissura – A Hyundai levou jornalistas brasileiros a périplo na Coréia. Primeiro passo no projeto onde precisa exibir-se como dona da imagem da marca.

Hoje, gente de pouco esclarecimento crê que a CAOA, representante comercial e com montagem cosmética em Anápolis, Go, seja a cara da montadora.

Processo – A CAOA tem acelerado o implantar de sua renca de revendas para fazer moeda de negociação à hora em que a Hyundai quiser assumir produção e importação a partir de Piracicaba, Pr, onde instala fábrica.

Acerto – Há dias a JAC anunciou vender seus modelos J3 e J3 Turin portando, sem custos adicionais, revestimento em couro, tapetes e a inexplicável película nos vidros.

Voltou atrás, desistiu destas – os carros ficariam mais escuros que o permite a lei, expondo os proprietários a multa e remoção do filme nas estradas para continuar viagem. Um mico – preto.

Oportunidade – Ao anúncio Renault de investimentos para ampliar fábrica em São José dos Pinhais, Pr, Beto Richa, governador, sugeriu fosse em outro município, para melhorar receita e qualidade de vida.

O entendimento, com o presidente mundial da Aliança Renault-Nissan, prefeito e vice de Piraquara, Gabriel Samaha e Armando Neme, assustou diretores e assessores presentes: foi em libanês falado com alegria como segunda língua dos envolvidos.

Decisão – A Renault mudou plano. Ampliará a fábrica, transferindo a Piraquara, lindeiro a Pinhais e Curitiba, centro de logística e de comércio exterior.

Atividade limpa, sem violentar o município, manancial da capital. De triste memória, abrigava a importação de pneus inservíveis B S Colway.

Fugaz – Nova série do Peugeot 207 Quiksilver. Cinco portas, motor 1.6 flex, rodas em liga leve, detalhes em alumínio, a R$ 44.300. Restrito meio milhar.

Mercado – O mercado falha, gagueja e patina. Vendas de importados caíram 40% e a previsão, por medo das consequencias da crise européia, é atingir vendas de imóveis e linha branca, índices preocupantes no período pré-fim de ano, de usual largueza.

Na prática – A fim de artigo novo destas categorias? Acompanhe o mercado, tabule ofertas, e tenha coragem para propostas de vantagens, facilidades, descontos. Semana passada, em SP, imóveis novos marcaram queda de 30% no valor antes pedido.

Moda – Em projeto de maior proximidade com as montadoras a gaúcha Keko recebeu encomenda da Ford para fazer kits com protetor frontal, saia lateral, aerofólio traseiro, adesivos laterais com a inscrição ST, para decorar o Ka.

Custa uns R$ 1,2 mil e, na atual situação do mercado, transformar-se-á em bônus para aos seus compradores.

Lógica – Tomando caminho corajoso – e pouco praticado no Brasil – o Questto!Nó, estúdio de design criou nova cabine para os caminhões Agrale.

Nada de peça única, trambolhosa, difícil de manejar, e diferente para cada modelo e tonelagem, criou-a formada por seis peças básicas, variando de acordo com o modelo.

Agiliza o processo construtivo, aplica plástico reciclável, reduz custos, faz ganho ecológico. É do Questto o design do jipe Stark.

Festa – No clima da grande festa promocional ao uso de bicicletas, passeio com previstos 8.500 participantes, a Caloi lançará modelo exclusivo. O World Bike Tour SP ocorrerá aos 25 de janeiro, aniversário de S Paulo.

Bike – Está mais para bike que para bicicleta. Montada em Manaus, peças caras importadas, como o câmbio Shimano de 21 marchas e a suspensão dianteira.

Cresce – Outubro vendeu 176.796 motocicletas, pífio 0,5% sobre setembro. Relativamente a outubro de 2010, mais 8,6%. Exportações caíram 13,4%.

Apoio – Suzane Carvalho, vencedora dos Campeonatos Brasileiro e Sul Americano de Fórmula 3, correrá de motos na categoria Superbike – 1.000 cm3. Indústrias de acessórios da especialidade, Tutto Moto e capacetes Shoei co-patrocinam.

Ocasião – A Abraciclo, associação dos fabricantes de motos, deveria apoiá-la para associar à idéia de segurança, pela atração como única mulher, sempre geradora de notícias e interesses, transformá-la em coordenadora de projeto de condução com segurança aos motoboys.

Ecologia – A USP, Universidade de São Paulo, aquela onde rebeldes sem causa querem sem policiamento para permitir livre consumo de maconha, adotou 15 scooters Kasinski Prima Electra para patrulhamento e guarda. Junto, seis postos para re-abastecimento.

Negócio – Loja especializada que deu seriedade e estatura aos negócios com veículos antigos e especiais, a Prestige Collections Cars para bem aproveitar o entusiasmo das compras de lazer no final de ano, estará aberta aos domingos – exceto Natal, das 10h às 14h. S. Paulo, endereço nobre, Av Cidade Jardim.

Antigos – Dez e onze de dezembro, o maior encontro de VW SP2 do mundo, Barra Bonita, SP. Presença de Márcio Piancastelli, um dos projetistas do automóvel. Interessado em saber história verdadeira, livrando-se da palpitologia e da invencionice que grassa no meio antigomobilístico? Se ligue: VW-SP2 Convenção Nacional encontro.sp2@gmail.com

Gente – Orlando Moreira da Silva, engenheiro, memória viva da indústria automobilística, 70, dispensado. OOOO Deixou o Denatran, Departamento Nacional de Trânsito, onde era coordenador geral e ajudou a botar rota e ordem na casa. OOOO Voltou à NTC, iniciativa privada.

OOOO Peter Schreyer, alemão, 58, Homem do Ano 2012 pela revista Automobile Magazine. OOOO É ex-designer-chefe da Audi, responsável pelas boas formas e dado personalidade aos Kia, no tempo em que os veículos perderam a identidade. OOOO

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