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Trump anuncia retirada dos EUA do Acordo de Paris e aposta em combustíveis fósseis

Em meio à emergência climática global, presidente dos EUA revoga ações climáticas e reforça apoio à exploração de petróleo, gás e mineração.

Donald Trump iniciou seu mandato com medidas polêmicas, incluindo a retirada dos EUA do Acordo de Paris e a declaração de uma “emergência energética nacional”, priorizando combustíveis fósseis e desregulamentações ambientais.

O presidente Donald Trump começou seu novo mandato com ações executivas que prometem transformar a política energética dos Estados Unidos. Em seu discurso inaugural, Trump anunciou a retirada do país do Acordo de Paris, comprometendo-se a reverter avanços nas áreas de energia limpa e combate às mudanças climáticas.

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Trump também declarou uma “emergência energética nacional”, argumentando que as regulações ambientais da administração anterior impunham “fardos excessivos à produção de energia”. As medidas incluem a revisão de regulamentos que restringem a mineração de minerais não combustíveis e a exploração de petróleo e gás, além do fim de programas de incentivo à energia eólica e elétrica.

A decisão ocorre enquanto o mundo enfrenta os impactos cada vez mais severos das mudanças climáticas. Em 2024, o planeta ultrapassou o limite crítico de 1,5°C de aquecimento global, intensificando desastres naturais, como furacões e incêndios florestais nos Estados Unidos.

A lógica de Trump é focada em baixar os custos de energia para combater a inflação, que ele atribuiu ao aumento dos preços dos combustíveis e ao “gasto excessivo” do governo anterior. No entanto, analistas apontam que as ações propostas podem ter impacto limitado no curto prazo, dado que a produção de petróleo nos EUA já é historicamente alta e depende mais de decisões do setor privado do que de políticas governamentais.

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Entre suas ações mais controversas está a revogação de incentivos para veículos elétricos. Embora tenha declarado que acabará com um suposto “mandato de veículos elétricos”, os americanos já têm liberdade para escolher veículos a combustão, que ainda dominam o mercado. Em 2024, os EVs representaram apenas 8% das vendas de carros nos EUA.

Curiosamente, essa medida pode beneficiar a Tesla, de Elon Musk, um apoiador de Trump. A remoção de créditos fiscais para veículos elétricos tornaria os modelos da Tesla mais competitivos frente aos das montadoras tradicionais, que vêm ampliando suas linhas de EVs.

Apesar de sua retórica, especialistas questionam a viabilidade de muitos dos planos de Trump. A reabertura de áreas como o Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Ártico para exploração enfrenta resistência ambiental e econômica, com leilões recentes fracassando por falta de interesse da indústria.

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Além disso, a retirada do Acordo de Paris pode prejudicar a credibilidade dos EUA como parceiro em tratados internacionais. David Wirth, especialista em direito internacional, alerta que a oscilação nas políticas climáticas dos EUA afeta a confiança global em sua liderança.

Enquanto Trump aposta em combustíveis fósseis como caminho para revitalizar a economia, o mundo segue pressionado pela necessidade de adotar tecnologias mais limpas para evitar impactos climáticos catastróficos. Resta saber como essa abordagem influenciará a posição dos EUA no cenário global e os desafios internos do país.

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