Sistema eletrônico leva vantagem no confronto, pois otimiza a emissão de combustível
Um funciona mecanicamente, o outro com vários sensores eletrônicos. Essa é a principal diferença entre o sistema de carburação e o de injeção eletrônica.
Os dois, no entanto, têm a mesma função: injetar combustível para fazer a mistura com o ar dentro da câmara de combustão. Por isso, é fundamental que os motoristas saibam como funcionam esses sistemas e quais os cuidados que devem ser tomados para que o desempenho do veículo não seja prejudicado, mesmo sabendo que o carburador já é coisa do passado.
O sistema de injeção eletrônica é composto de bomba elétrica, bicos injetores, corpo de borboleta, que fica ligado ao acelerador, central eletrônica (centralina) e três sensores básicos, que registram a pressão absoluta, temperatura do veículo e a detonação. O primeiro carro que chegou ao mercado nacional com o equipamento foi o Gol GTi, há oito anos, tendo uma ótima aceitação. O acionamento do veículo é mais rápido a qualquer temperatura.
A facilidade de fazer o carro funcionar com a injeção deve-se ao sensor de temperatura, que fornece informação à central, fazendo com que injete mais combustível, servindo como afogador. O motor sempre trabalha de forma ideal, além de facilitar o funcionamento de várias peças. Isso porque o sistema consegue regular a quantidade ideal de combustível para fazer a mistura com o ar.
Já o carburador tem um funcionamento bem diferente da injeção. Ao invés de sensores, a peça é formada apenas por corpo, tampa e uma bomba de combustível, que libera o líquido a cada giro do motor. Além disso, há o afogador, que deve ser utilizado quando o motorista for ligar o veículo pela manhã, no momento em que o motor está frio, fazendo entrar mais combustível do que ar, aquecendo-o. O que definirá a quantidade do líquido será o giro do motor, ou seja, quanto mais o motor gira, mais combustível será queimado. O carburador não o libera na medida correta e, por isso, é mais fácil os veículos carburados encharcarem.
Cuidados
Agora que você já conhece como funciona os dois sistemas de alimentação do veículo, é fundamental saber como tratá-los de forma correta, para que eles não deixem você na rua.
Tanto o carburador quanto a injeção eletrônica não possuem um tempo de vida útil definido, pois dependem dos cuidados que o motorista tem com o veículo na hora de dirigir e, até mesmo, de lavar o carro. A injeção será a mais prejudicada com o jato d’água, pois os sensores e a central podem queimar. Aconselha-se também que os motoristas não retirem o carburador, nem mesmo a injeção do seu local para fazer algum tipo de reparo. É melhor fazer limpeza apenas externamente. O sopro de ar comprimido seria o ideal.
Outro componente que também pode prejudicar a injeção eletrônica e o carburador é o combustível. A maioria dos produtos comercializados pelos postos está adulterada, o que cria resíduos e deixa a peça cheia defalhas. Mesmo muito vulnerável a agentes externos, a injeção eletrônica é bem mais eficiente do que a carburação. Não existe mais carburador nos carros novos. Se você comprar um veículo com esse sistema, ele não terá uma boa valorização.