As fabricantes de motocicletas produziram 96.277 unidades em julho, o que representa um avanço de 34,7% sobre o mesmo período do ano passado (71.482 unidades).
Na comparação com junho (50.118 unidades), o aumento é ainda mais expressivo: 92,1%.
Já no acumulado dos sete meses, saíram das linhas de produção 590.961 motos, alta de 19,3% sobre o mesmo período do ano passado (495.232 unidades).
Para Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, fatores como a ampliação da oferta de crédito e maior participação do consórcio estão sendo fundamentais para bons resultados.
Com isso, a Abraciclo revisou recentemente para cima a projeção em relação ao volume de produção esperado para este ano, passando de 935 mil para 980 mil unidades, o que significa um crescimento de 11% em 2018, na comparação com o ano passado.
Pela previsão inicial a produção cresceria 5,9%.
Na análise de vendas para o atacado – motocicletas destinadas às concessionárias – foi verificado um aumento de 36,9% em julho (88.773) na comparação com o mesmo mês do ano passado (64.830 unidades).
Em relação a junho (50.833 unidades) a alta foi de 74,6%.
Já no acumulado de janeiro a julho, foram vendidas 540.084 unidades, correspondendo a um aumento de 15,6% sobre igual período de 2017 (467.143 unidades).
Entre as categorias mais comercializadas em julho, os destaques foram a Street, que aparece no topo do ranking com 51,2% de participação (45.482 unidades), a Trail, com 19,8% (17.548), e a Motoneta, com 15,3% (13.571).
Na sequência, vieram Scooter, com 7,2% (6.419), e Naked, com 2,2% (1.927 unidades).
Confira a seguir as características básicas das motocicletas de cada categoria:
Street – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso urbano.
Trail – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não pavimentado.
Motoneta – motociclo tipo underbone, pilotado com o condutor na posição sentado, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada e dotado de câmbio automático ou semiautomático.
Scooter – Motociclo pilotado com o condutor na posição sentado e dotado de câmbio automático ou semiautomático, concebido para privilegiar o conforto.
Naked – Motocicleta sem carenagem, com motor propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em terrenos pavimentados. Semelhante a uma motocicleta versão “sport”, sem a carenagem.
Big Trail – Motocicleta de média ou alta cilindrada destinada ao uso misto em terrenos pavimentados e não pavimentados.
Off Road – Motocicleta de qualquer cilindrada destinada exclusivamente à utilização em pisos não pavimentados.
Custom – Motocicleta caracterizada por sua vocação para percursos de estrada, destacadamente os mais longos, chamadas de “estradeiras”, que não priorizam velocidade e, sim, conforto.
Sport – Motocicletas de cilindradas médias ou superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.
Ciclomotor – Veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³.
Touring – Motocicletas usualmente de alta cilindrada concebidas para a utilização em turismo e viagens de grandes distâncias.
Emplacamentos – Com base nos dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), as vendas no varejo totalizaram 76.226 unidades em julho, representando uma alta de 8,4% sobre o mesmo mês de 2017 (70.320 unidades).
Na comparação com junho (74.069 unidades) o crescimento foi de 2,9%.
Já no acumulado dos sete meses as vendas no varejo cresceram 7,1%, sendo 532.955 neste ano e 497.518 unidades no ano passado.
A média diária de vendas em julho ficou em 3.465 unidades, com 22 dias úteis, correspondendo a uma alta de 3,5% sobre o mesmo mês do ano passado (3.349 unidades), que teve 21 dias úteis.
Na comparação com junho houve recuo de 1,8% (3.527 unidades).
Exportações – Em julho foram enviadas para outros países 5.229 motocicletas fabricadas no Brasil, o que representa recuo de 37,6% sobre o mesmo mês do ano passado (8.380 unidades).
Na comparação com junho (4.404 unidades) houve alta de 18,7%.
Com relação ao desempenho no acumulado dos sete meses, foram exportadas 46.259 motocicletas, aumento de 13,4% sobre as 40.797 unidades registradas no mesmo período do ano passado.
Os principais destinos neste período foram, pela ordem, a Argentina, Estados Unidos e Colômbia.
Projeções Revisadas – As projeções revisadas pela Abraciclo para 2018 são as seguintes:
MOTOCICLETAS – PROJEÇÕES 2018 REVISADAS | ||||
2017 | 2018 | Quantidade | Variação % | |
Produção | 882.876 | 980.000 | 97.124 | 11,0 |
Atacado | 814.573 | 900.000 | 85.427 | 10,5 |
Varejo | 851.013 | 915.000 | 63.987 | 7,5 |
Exportação | 81.789 | 80.000 | 1.789 | -2,2 |
MOTOCICLETAS* | BICICLETAS* |
Frota nacional: acima de 26 milhões de unidades |
Frota nacional: mais de 70 milhões de unidades |
Produção anual: acima de 880 mil unidades | Produção anual: 2,5 milhões de unidades** |
8º maior produtor mundial | 4º maior produtor mundial |
(*) Dados do fechamento de 2017.
(**) Excluídas as bicicletas infantis, classificadas como brinquedos.