A Monroe – líder mundial no desenvolvimento e fabricação de amortecedores – orienta o consumidor a não utilizar, na hora de trocar os amortecedores do veículo, peças remanufaturadas, ou seja, falsificadas.
“Os amortecedores são selados – vedados e soldados – e nenhum de seus componentes é fornecido ao mercado.
Portanto, não existe amortecedor recondicionado que ofereça total segurança. Além de colocar a vida do motorista e dos passageiros em risco, essa peça pode causar sérios problemas para o carro”, explica Ivo Izidoro da Silva, gerente de Treinamento e Eventos da Monroe.
O amortecedor tem como função manter o contato permanente entre os pneus e o solo, proporcionando estabilidade e conforto nas mais diversas condições de estradas.
Ele também aumenta a durabilidade das peças da suspensão, como as buchas e coxins.
A cada quilômetro rodado, os amortecedores abrem e fecham, em média, 2.625 vezes independente do terreno.
Isso equivale a 105 milhões de ações estabilizadoras, a cada 40 mil quilômetros, período que a Monroe recomenda uma checagem do equipamento.
O amortecedor remanufaturado é uma peça usada que foi substituída por outra por estar gasta.
Quando o equipamento é reutilizado, pode causar vários problemas no veículo, tais como:
– Perda de estabilidade em curvas e pistas em más condições;
– Balanço excessivo, após freadas e arrancadas;
– Vibração e ruídos na suspensão;
– Aumento do desgaste dos outros componentes da suspensão;
– Desgaste prematuro dos pneus;
– Amortecedores recondicionados não dão aderência necessária aos pneus. Permanecendo no ar um tempo maior que o normal, o veículo não pára quando o motorista quer, desgarra mais nas curvas e pode se desgovernar numa poça d’água ou buraco.
Além disso, a durabilidade de um amortecedor recondicionado não ultrapassa os 6 meses. O consumidor deve sempre comprar amortecedores novos, de acordo com as especificações do seu veículo.
Recuperar um amortecedor é economicamente inviável. Os “recondicionadores de amortecedores” apenas limpam e repintam o equipamento usado, que está com sua vida útil comprometida.
“Uma das técnicas de recuperação da peça é perfurar a carcaça, retirar o óleo interno e substituir por óleo de motor ou câmbio. Como este tem viscosidade maior que a do óleo original de um amortecedor novo, a impressão é de que o produto reaproveitado apresenta pressão adequada. Com a elevação da temperatura durante o funcionamento, porém, esta viscosidade diminui e ele perde a pressão e a ação”, explica Silva.
Ainda de acordo com o gerente de Treinamento e Eventos da Monroe, uma outra forma de recondicionamento ou remanufatura de amortecedor é pintar o amortecedor usado, ou seja, lavá-lo e repintá-lo para dar aparência de novo. Porém, a peça já não está em condição de uso.