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Bentley Continental GT: um carro de rei

Os ingleses produzem dois carros de luxo mitológicos – o Rolls-Royce e o Bentley. Com mecânica e acabamento de primeiríssima, ambos atingem preços dignos de reis.

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Literalmente. Dos oito carros que a rainha Elizabeth II tem para uso pessoal, cinco são Rolls-Royce e um é Bentley, este último adicionado à frota de sua majestade na comemoração de seu cinqüentenário no trono, em junho.

A Rolls-Royce, empresa que também produz turbinas de aviões, foi dona da Bentley durante setenta anos.

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Em 1998, atolada em prejuízos, vendeu as duas marcas. A Rolls-Royce ficou com a BMW, fabricante alemã de carros de luxo. A Bentley foi comprada pela Volks, também alemã, mas especializada em veículos populares.

No Salão do Automóvel de Paris, finalmente se viu o primeiro Bentley 100% Volkswagen – o Continental GT, um esportivo de motor turbinado, capaz de atingir 290 quilômetros por hora. Esqueça qualquer comparação com os carros da Volks.

Trata-se de um autêntico Bentley, com requintes de luxo que se podem esperar num carro de 150.000 dólares.

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O preço do Continental GT – que importado com a escandalosa taxa cambial da semana passada custaria o valor estratosférico de 1,4 milhão de reais – pretende ser, digamos, uma barganha.

O objetivo da Volks foi oferecer um carro mais barato que os demais modelos Bentley, mas ainda assim caro o suficiente para que a marca continue sendo um símbolo de exclusividade.

O Bentley Arnage R, até então o mais barato, custa 230.000 dólares. Com o dinheiro que se pagaria para trazer um Bentley para o Brasil é possível comprar aqui três Jaguar modelo XK8 conversível, outro carrão esportivo feito na Inglaterra.

O GT é bastante diferente dos outros automóveis da Bentley, como o Arnage, o Azure e o antigo Continental.

A intenção é que concorra com os superesportivos. “É um carro que corre tanto quanto uma Ferrari, mas com a classe, a elegância e o conforto de um carro de luxo”, diz o brasileiro Raul Pires, chefe de design da Bentley e um dos responsáveis pelo projeto do GT.

Há detalhes na fabricação de um Bentley que explicam por que custa tão caro. Com produção relativamente pequena e parcialmente artesanal, a fábrica mantém 100 funcionários só para o controle de qualidade dos estofamentos e do revestimento de couro. A Volks tem planos ambiciosos para a Bentley.

Quer aumentar as vendas dos atuais 2.000 veículos para 10.000 anuais até 2005 e, também, rejuvenescer a freguesia, sem alterar o prestígio e a qualidade dos carros. O comprador típico da Bentley tem em torno de 50 anos e fortuna pessoal acima de 18 milhões de dólares. A empresa espera ainda ampliar as vendas às mulheres, que hoje representam menos de 5% dos compradores.

Desde que comprou a Bentley, a Volks injetou 1,4 bilhão de dólares na empresa.

Modernizou a linha de montagem e deu atenção a detalhes que demonstravam decadência. Eram coisas como botões de plástico no painel e um sistema de som que poderia ter sido instalado na loja da esquina.

A nova linha do Arnage, lançada neste ano, mantém a mesma carroceria classuda do modelo anterior, mas traz inovações no painel, que agora só tem couro, madeira e alumínio. O projeto do interior do GT levou em conta as medidas de jogadores de basquete com mais de 2 metros de altura.

O resultado é um carro confortável para pessoas muito altas. É um trunfo e tanto. De modo geral, os jogadores de basquete, que têm dinheiro e gosto por carros caríssimos, viajam bem apertados nas Ferrari, Maserati e Porsche, concorrentes diretos do Bentley Continental GT.

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