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Com manutenção e uso adequado vida útil do turbo pode superar a do motor

Lubrificação e filtro de óleo eficientes garantem funcionamento perfeito e longa vida ao componente

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Filtro de óleo saturado, sem a eficiência necessária para impedir a passagem de impurezas, é um dos principais fatores que podem comprometer a vida de um turboalimentador de motor.

Outro inimigo do turbo é a lubrificação deficiente, que causa desgaste dos mancais, provoca aumento das folgas radiais e, como conseqüência, o contato do rotor com a parede da carcaça ou o superaquecimento do eixo por atrito, até a sua ruptura.

O alerta é de Fernando Barbosa, engenheiro de vendas da Honeywell Turbo Technologies, fabricante de turbos Garrett, marca que completa neste ano três décadas de atuação no mercado brasileiro.

As advertências de Barbosa estão baseadas nos registros do CTTA – Centro Técnico de Treinamento e Assistência da empresa.

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As informações indicam que, ao instalar o turbo ou ao proceder à periódica troca de óleo, muitos proprietários de veículos deixam de substituir o filtro de óleo, componente que impede a entrada de impurezas, fios de estopa e até partículas de metal no sistema de alimentação e evita danos às aletas do rotor.

Outra advertência é a necessidade de aguardar o tempo médio de 30 segundos para colocar o veículo em movimento após a partida do motor e obedecer o mesmo procedimento ao parar o veículo, antes de interromper o seu funcionamento.

No primeiro caso, a bomba precisa de um tempo para fazer o óleo chegar ao turboalimentador. No segundo, porque o eixo do turbo continuará girando por algum tempo e é necessário que a bomba mantenha a sua lubrificação nesse período.

“O óleo que garante o perfeito funcionamento do turbo é o mesmo do cárter do motor, que entra no conjunto rotativo por pressão e retorna ao reservatório por gravidade”, salienta o engenheiro.

Por isso, recomenda que a sua troca deva ser feita de acordo com os períodos indicados pelo fabricante do motor e acompanhada pela substituição do filtro de óleo.

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Outros cuidados são a escolha do posto ou oficina, para evitar o uso de óleo contaminado ou recuperado.

“Também o hábito de completar o cárter misturando óleo novo e usado gera borras que podem ser encaminhadas para o turbo com o comprometimento de sua vida útil”, adverte.

Barbosa salienta que há outros fenômenos que podem reduzir a vida do turbo, como óleo carbonizado por alta temperatura, motor recondicionado com impurezas nas galerias e partículas provocadas pelo desgaste do motor e de seus componentes.

O engenheiro lembra, ainda, que o baixo nível de óleo também compromete a refrigeração do eixo do rotor do turbo, o que eleva a temperatura de funcionamento e provoca o desgaste dos mancais, intensifica a formação de partículas metálicas e a conseqüente obstrução dos orifícios de lubrificação.

Também após as retíficas é importante que as galerias do motor sejam perfeitamente limpas, para evitar que as partículas metálicas oriundas do processo se alojem nas galerias.

Se o motor não for adequadamente limpo as impurezas irão contaminar o óleo lubrificante e causar danos ao turbo.

De acordo com Barbosa, é importante ter em mente que qualquer impureza pode afetar o turbo e que a qualidade do filtro de óleo é fundamental para a eficiência e a durabilidade do turbo.

E lembra que após um determinado tempo de utilização, o filtro não retém mais os resíduos com a eficiência necessária, que passam para o sistema de lubrificação e contaminam o óleo do motor.

O executivo informa que com os cuidados necessários, a vida útil do turbo supera a do motor.

“Nosso CTTA tem registros de que são comuns motoristas autônomos e, principalmente, empresas com veículos nos quais o turbo atinge duração superior a dois milhões de quilômetros”, acrescenta Barbosa.

O engenheiro salienta, ainda, que o usuário deve ficar atento ao funcionamento do veículo e indica alguns sintomas, entre os quais, ruído, perda de potência, excesso de fumaça, vazamento ou consumo elevado de óleo.

“É importante salientar que se um turbo apresentar funcionamento deficiente a causa pode não estar nele e sim, no motor. Por isso, antes de substituir o turboalimentador é preciso identificar a origem do problema para garantir que uma nova unidade a ser instalada estará absolutamente protegida Em caso de dúvida, os técnicos do CTTA, por intermédio do telefone 0800-351516, estão à disposição para os necessários esclarecimentos”, finaliza.

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