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As lâmpadas LED são obrigadas a ser fabricadas conforme as normas técnicas

O uso das lâmpadas LED (Light Emitting Diodes) vem aumentando muito, devido ao seu baixo consumo de energia, vida útil mais longa e menor impacto ambiental. Contudo, elas devem atender aos requisitos mínimos com foco no desempenho energético, segurança elétrica e compatibilidade eletromagnética, conforme especificado nas normas técnicas. Com grande diversidade de modelos, esse tipo de lâmpada possui características específicas que o diferencia dos produtos que estão no mercado há mais tempo. Os LED são componentes eletrônicos que geram luz com baixo consumo de energia, ou seja, antes de comprar, confira nas embalagens o fluxo luminoso em lumens (lm) – quantidade de luz emitida; a potência em Watts (W) – consumo de energia elétrica; e a eficiência luminosa (lm/W) – relação do fluxo luminoso com a potência. Assim, podem durar, dependendo do modelo, pelo menos 25 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes e quatro vezes mais do que as fluorescentes compactas. Entretanto, o tempo (em horas de funcionamento) estimado na embalagem não significa o tempo que ela vai levar para queimar e sim o período que a lâmpada passará a funcionar com mais ou menos 70% da capacidade luminosa original. Alguns fatores não relacionados com a qualidade do produto podem afetar sua durabilidade, como oscilações da rede elétrica ou mau contato no ponto de instalação e o não cumprimento dos requisitos técnicos disponibilizados nas normas em sua fabricação.

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Basicamente, no mercado, existem dois tipos de LED: as de baixa potência, utilizadas para sinalização, árvores de Natal, decorações e situações que demandam baixa luminosidade, e as de alta potência, que emitem mais luz, podendo ser utilizadas para iluminação de ambientes que exijam maior luminosidade. As de alta potência podem variar em relação ao tipo de distribuição luminosa da lâmpada, que pode ser não direcional ou direcional.

As não direcionais são lâmpadas de iluminação geral, tal como eram as incandescentes. O foco é aberto e a distribuição de intensidade luminosa é uniforme em todo o entorno, possuindo um ângulo que pode variar entre 0° e 135°, simetricamente em torno do eixo vertical.

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As direcionais têm o facho de luz dirigido, correspondendo a um cone com ângulo de abertura de 120° – produzido por um refletor que direciona a luz. Além dessas, existem as LED tubulares com o foco luminoso equivalente ao da fluorescente tubular.

As lâmpadas LED costumam ter tonalidades de cores que podem ser identificadas nas embalagens como temperaturas de cor, expressas em Kelvin (K). Essas temperaturas não estão associadas diretamente à quantidade de calor gerado pela lâmpada. A luz emitida passa por uma sequência de cores, que vai do vermelho ao laranja e daí para amarelo, branco e azul, tal como acontece com a ponta de um maçarico, por exemplo.

NBR IEC 62031 de 05/2013 – Módulos de LED para iluminação em geral – Especificações de segurança especifica os requisitos gerais e de segurança para módulos de diodos emissores de luz (LED): módulos de LED sem dispositivo de controle integrado para operação sob tensão, corrente e potência constantes; módulos de LED com dispositivo de controle integrado para uso com alimentação cc até 250 V ou alimentação ca até 1.000 V em 50 Hz ou 60 Hz. A primeira edição de uma norma para segurança de módulos de LED para iluminação em geral reconhece a necessidade de ensaios pertinentes para esta nova fonte de luz elétrica, às vezes chamada de iluminação de estado sólido.

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ABNT IEC/PAS 62612:2013 – Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para serviços de iluminação geral – Requisitos de desempenhoespecifica os requisitos de desempenho para lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado, com tensão de alimentação até 250 V, juntamente com os métodos de ensaio e condições requeridas, previstas para uso doméstico e iluminação geral similar, tendo potência nominal de até 60 W; tensão nominal de até 250 V ca ou cc; bases da lâmpada de acordo com NBR IEC 62560. Os requisitos desta norma referem-se apenas aos ensaios de tipo.

NBR IEC 62560:2013 – Lâmpadas LED com dispositivo de controle incorporado para serviços de iluminação geral para tensão > 50 V – Especificações de segurança especifica os requisitos de segurança e intercambialidade, juntamente com os métodos de ensaio e condições necessárias para demonstrar a conformidade de lâmpadas LED, com meios integrados para um funcionamento pleno (lâmpadas LED com reator incorporado), previstas para uso doméstico e iluminação geral similar, tendo: potência nominal de até 60 W; tensão nominal > 50 V até 250 V; bases de acordo com a Tabela 1, disponível na norma.

NBR16205-1 de 08/2013 – Lâmpada LED sem dispositivo de controle incorporado de base única – Parte 1: Requisitos de segurança especifica os requisitos de segurança e intercambialidade, juntamente com os métodos de ensaio e condições necessárias para demonstrar a conformidade de lâmpadas LED sem reator incorporado, destinados para iluminação em geral, com: potência nominal até 60 W; tensão nominal até 120 V cc sem ondulação.

NBR 16205-2 de 08/2013 – Lâmpadas LED sem dispositivo de controle incorporado de base única – Parte 2: Requisitos de desempenho especifica os requisitos de desempenho para lâmpadas LED sem dispositivo de controle incorporado de base única, previstas para propósitos de iluminação em geral, com potência nominal até 30 W e tensão nominal até 50 V ca/cc.

Enfim, uma lâmpada incandescente de 60 W, que permaneça ligada quatro horas por dia, consome 7,2 kWh ao mês. Uma casa de cinco cômodos tem, em média, dez lâmpadas incluindo a garagem e a área de serviço. Levando-se em conta o custo de R$ 0,50/kW serão R$ 14,40 a pagar.

Em comparação com uma lâmpada fluorescente compacta equivalente (15 W) o consumo é de 1,8 kWh/mês. No mesmo exemplo, seriam gastos R$ 3,60 com esta iluminação.

Já com uma lâmpada LED de 8 W a economia é de 90% em comparação com a incandescente. Na mesma casa, o custo com a iluminação seria de R$ 1,92. Apesar do custo inicial de uma lâmpada LED ainda ser alto em relação às demais, o tempo de duração é dez vezes maior, o que compensa a troca e a manutenção.

Desde que foram lançadas, as lâmpadas LED têm evoluído em relação a uma característica que é chamada IRC (Índice de Reprodução de Cor). Nesse índice, a referência é a luz do sol, que é considerada 100%. Inicialmente, as lâmpadas LED apresentavam entre 60% e 65% de IRC; atualmente estão entre 85% e 90%, com tendência a subir.

Com a evolução do processo de construção do LED, estes componentes passaram a emitir luzes em cores diferentes, mesmo tendo uma carcaça transparente. Além disso, surgiram os LED capazes de reproduzir várias cores, sendo assim, um mesmo componente poderia criar centenas ou até milhares de cores diferentes.

Claro que para isso, a tecnologia no componente evoluiu muito, mas o modo de funcionamento continuou quase o mesmo. Através de um controle de alta precisão na corrente elétrica, o LED consegue emitir tonalidades de cores diferentes, o que se tornou um fator muito importante para as novas tecnologias que têm aderido este pequeno item da eletrônica.

Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria –mauricio.paiva@target.com.br

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