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Fique esperto na hora da troca de óleo do seu veículo

A escolha do óleo lubrificante correto vai além das especificações da classificação API ou viscosidade SAE. Observe no rótulo quais as normas e fabricantes que estão homologados para o uso do lubrificante desejado. Muitas vezes os aditivos são direcionados para obtenção de propriedades específicas desejadas por cada fabricante em sua motorização.

Conversamos com Ramiro Ferrari, diretor de lubrificantes e derivados da YPF Brasil. Ele explica a importância de seguir o manual da fabricante e periodicidade para troca do óleo lubrificante para garantir o pleno funcionamento do motor e sua vida útil.

Mas como escolher o óleo certo? Ferrari evidência a importância da escolha do óleo correto conforme a especificação homologada por cada montadora, para cada tipo de motor.

Há mais de 20 anos no mercado, a linha Elaion foi passando por evolução juntamente com os fabricantes automotivos. A YPF deixa clara sua preocupação em oferecer produtos específicos conforme seja a necessidade de cada motorização.

No Brasil são oferecidos 11 produtos e a nova linha ganha mais proteção com a Tecnologia Anti-Stress – TAS, que busca proteger os motores atuais da maior carga de exigência térmica, química e mecânica a que são submetidos.

O lubrificante também é mais exigido, e suas ações no motor devem buscar um menor desgaste, arrefecimento interno e suportar alterações climáticas.

Homologação – A certificação dos lubrificantes concedida pelos institutos internacionais, mediante extensivos testes do produto é fundamental para o correto funcionamento do motor e prolongamento de sua vida útil. Porém, tão importante quanto a certificação é a homologação por cada montadora, de acordo com seus requerimentos específicos.

É muito fácil avaliar a qualidade de um item de uso pessoal. A experiência do consumidor ou usuário, do bem ou serviço lhe permite formar opinião sobre o nível de qualidade, de acordo com suas expectativas. No caso dos lubrificantes, porém, o “consumidor” é o motor que “fala” através do ronco e de outros ruídos que somente o “ouvido técnico” é capaz de compreender e nem sempre consegue.

As montadoras, porém, já há muito tempo, encontraram algumas maneiras de decifrar a linguagem do motor. Através de exaustivos testes de desempenho, o motor é colocado para operar sob condições padronizadas e ao final, o estado das peças internas são avaliadas. Esta é a resposta do motor ao trabalho de proteção realizado pelo lubrificante. É o teste do motor em bancada, realizado em laboratórios especiais.

Em 1971, havia apenas cinco testes de motor em bancada que precisavam ser aprovados para que o lubrificante recebesse a certificação API SE (conferida pelo American Petroleum Institute).

Hoje, 45 anos depois, os testes de motor em bancada já somam dez e a última letra da certificação API já atingiu o “N”, progredindo de acordo com o alfabeto, a cada melhoria de qualidade implementada. Mas isso não é tudo. O que realmente torna a situação muito diferente do passado é que esses dez ensaios são apenas o desempenho básico exigido. Além deles, cada montadora individualmente impõe suas próprias exigências.

Um lubrificante para cada veículo – Cada montadora exige requerimentos muito específicos para homologar os lubrificantes que atenderão as necessidades de seus motores. Muitas vezes, a homologação de uma montadora não é adequada quando aplicada a outro veículo que apresenta outras demandas de lubrificação.

Os veículos GM, por exemplo, têm um sistema de abertura de válvulas bastante complexo que atua conforme a velocidade do motor. Este mecanismo é controlado por um sistema hidráulico, cujo fluido de transmissão de potência é o próprio lubrificante do veículo. Portanto, para funcionar com eficiência, também como um óleo hidráulico, o lubrificante não pode ter bolhas de ar no seu interior.

Por isso, uma das exigências que a GM impõe aos lubrificantes que homologa – e que nenhuma outra montadora exige – é que o óleo seja capaz de eliminar rapidamente todas as bolhas de ar que se formarem no interior, quando ocorrem turbulências no motor.

A Ford, por sua vez, foi a pioneira não só no uso de lubrificantes de baixa viscosidade, como a primeira a oferecer períodos prolongados de troca. A montadora continua focada nesta exigência, cobrando dos fabricantes altos níveis de desempenho nesses requisitos aos lubrificantes que aprova.

Com relação à Volkswagen, a principal preocupação é com o impacto que seus motores podem sofrer com a diversidade de tipos e qualidade do combustível nos diversos países do mundo onde seus veículos são fabricados. Por isso, a montadora estabeleceu um nível de exigência próprio para os lubrificantes que aprova, os quais devem demonstrar desempenho irrepreensível, independentemente do tipo e qualidade do combustível utilizado.

Da mesma maneira, todas as demais montadoras têm seus próprios requerimentos de acordo com as características de seus motores o que faz com que marcas Premium de lubrificantes invistam na pesquisa e desenvolvimento conjunto com a indústria automobilística de produtos que atendam aos seus protocolos específicos.

Portanto, garantir a longevidade e bom funcionamento do motor, depende não só da especificação do lubrificante solicitada pelo fabricante, como também é essencial o motorista verificar se o produto conta com a aprovação da montadora do seu veículo, cuja informação deve constar no rótulo da embalagem.

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