O setor de motocicletas comemora o bom desempenho de produção no primeiro trimestre do ano.
De janeiro a março, as fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) registraram avanço no volume com 259.537 unidades, alta de 12,2% sobre o mesmo período de 2017, quando foram fabricadas 231.381 motocicletas.
Os dados são da ABRACICLO, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
O avanço da produção no acumulado dos três primeiros meses de 2018 mostra, mais uma vez, que o segmento caminha rumo à retomada e reforça a projeção de avanço de 5,9% no acumulado do ano.
“Há tempos não começávamos um ano com um horizonte tão positivo. Isto nos anima e nos deixa confiantes com relação aos indicadores dos próximos meses”, diz Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. Para o executivo, o cenário agora é de crescimento sustentável, com os estoques controlados.
Além dos bons resultados do trimestre, a produção de motocicletas também apresentou alta na comparação mensal: em março foram produzidas 94.599 unidades, avanço de 14,8% sobre o mesmo mês do ano anterior (82.416).
Já na comparação com fevereiro (83.632), o crescimento foi de 13,1%.
Na análise das vendas para o atacado também houve aumento nos três primeiros meses do ano com 234.003 unidades, alta de 8,4% sobre igual período de 2017 (215.818).
Na verificação isolada de março também houve crescimento.
Neste período foram repassadas às concessionárias 87.243 motocicletas, elevação de 8,5% sobre o mesmo mês do ano passado (80.372) e de 16,6% na comparação com fevereiro (74.793).
Entre as categorias mais comercializadas nos primeiros três meses do ano, destaque para a Street que aparece no topo do ranking, com 51,2% de participação (119.723 unidades); em segundo lugar está a Trail, com 22,1% (51.624) e em terceiro a Motoneta, 14,1% (32.948).
O Scooter ficou com a quarta posição (15.386), o que representa participação de 6,6%. Em quinto lugar, aparece a Naked com 5.589 unidades, o que corresponde a 2,4% do mercado.
Já na análise referente ao mês de março, Street tem 50,6% de participação, com 44.168 unidades, depois aparece Trail com 21,4% (18.666), Motoneta com 15,2% (13.245), Scooter com 6,6% (5.753) e Naked com 2,5% (2.148).
Confira a seguir as características básicas das motocicletas de cada categoria:
Street – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso urbano.
Trail – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não pavimentado.
Motoneta – motociclo tipo underbone, pilotado com o condutor na posição sentado, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada e dotado de câmbio automático ou semiautomático.
Scooter- Motociclo pilotado com o condutor na posição sentado e dotado de câmbio automático ou semiautomático, concebido para privilegiar o conforto.
Naked – Motocicleta sem carenagem, com motor propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em terrenos pavimentados. Semelhante a uma motocicleta versão “sport”, sem a carenagem.
Big Trail – Motocicleta de média ou alta cilindrada destinada ao uso misto em terrenos pavimentados e não pavimentados.
Off Road – Motocicleta de qualquer cilindrada destinada exclusivamente à utilização em pisos não pavimentados.
Custom – Motocicleta caracterizada por sua vocação para percursos de estrada, destacadamente os mais longos, chamadas de estradeiras, que não priorizam velocidade e, sim, conforto.
Sport – Motocicletas de cilindradas médias ou superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.
Ciclomotor – Veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 centímetros cúbicos.
Touring – Motocicletas usualmente de alta cilindrada concebidas para a utilização em turismo e viagens de grandes distâncias.
Emplacamentos – Com base nos dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), as vendas no varejo totalizaram 219.304 unidades no primeiro trimestre do ano, o que demonstra aumento de 4% sobre as 210.970 motocicletas emplacadas no mesmo período de 2017.
No desempenho isolado de março houve uma redução de 4,3%: 79.320 unidades sobre as 82.879 licenciadas no mesmo mês do ano passado.
No entanto, na comparação com fevereiro (62.991) houve alta de 25,9%.
As boas perspectivas estão baseadas principalmente no desempenho das vendas diárias de motocicletas que no mês de março avançaram consideravelmente, mesmo com menos dias úteis sobre fevereiro – 21 e 18, respectivamente.
Foram 3.777 unidades, alta de 7,9% sobre o mês anterior (3.500) e de 4,8% sobre março de 2017 (3.603) que totalizou 23 dias úteis.
Exportações -As exportações apresentaram crescimento expressivo no primeiro trimestre.
No período foram enviadas para outros países23.320 motocicletas, o que representa alta de 45,4% sobre o mesmo período de 2017 (16.732).
Os principais destinos foram Argentina (18.436) e Austrália (1.258).
Somente no mês de março foram embarcadas 9.022 motos, alta de 66,5% sobre o mesmo mês do ano passado (5.420) e de 31,4% sobre fevereiro (6.866).
Projeções atualizadas
MOTOCICLETAS – PROJEÇÕES 2018 | ||||
2017 | 2018 | Quantidade | Variação % | |
Produção | 882.876 | 935.000 | 52.124 | 5,9 |
Atacado | 814.573 | 850.000 | 35.427 | 4,3 |
Varejo | 851.013 | 865.000 | 13.987 | 1,6 |
Exportação | 81.789 | 85.000 | 3.211 | 3,9 |