Nona geração do sedã médio chega ao mercado para tentar resgatar, em vendas, os bons números que desfrutou, há anos, tomados pela Toyota e perdidos com seu primo Honda City.
É evolução em estilo, porém sem a marca da edição passada, é contido, lembrando o Honda City, distante da moda de painéis vincados e personalísticos, a Trilha Bangle, criada pelo designer chefe da BMW, hoje seguida pela Mercedes e pelas coreanas Kia e Hyundai, espécie de assinatura de atualidade.
A mecânica mantém a boa suspensão independente nas 4 rodas, mesclando o cinqüentenário sistema Mac Pherson dianteiro e multi-link atrás. Transmissões sem maior expressão, mecânica e automática com 5 velocidades à frente.
O motor de 4 cilindros, transversal, 16 válvulas, mantém a potência máxima de 140 cv e, em torque, graças a trabalho no coletor de admissão, houve ganho em rotações inferiores, permitindo alongar a quarta e quinta velocidades, tornando-as multiplicadas – ou seja, giram mais que o eixo piloto, ligação do eixo virabrequim à transmissão.
Resultado é menor consumo no plano. Outro implemento neste campo é a direção com assistência elétrica, prescindindo da energia do motor.
E, ainda, um sistema eletrônico para economia, programando o acelerador para menor injeção de combustível, alívio no compressor de ar condicionado.
Por demanda, pisando o acelerador a fundo, o sistema se anula. Manteve rodas em liga leve e pneus medindo 205×55, práticos, razoavelmente elevados para resistir aos buracos nacionais.
Cresceu 5 cm e ouve a curiosa redução na distância entre eixos – 1,3 cm. Apesar de ridícula e de a nova carroceria permitir melhor acomodação interna, é curiosidade em época onde as montadoras esticam tal medida de conforto.
Em ganhos, diz a Honda, a capacidade do porta-malas, queixa dos usuários, aumentou 100 litros pela redução do tamanho do estepe, agora de emergência, e de seu espaço.
Há incorporação em itens de conforto eletrônico – GPS, BlueTooth, TV para manobras de ré – cuja democratização reduziu custos aos fabricantes.
O caminho aberto pela Honda na geração anterior, de fazer o painel de controle em vários níveis e planos, coisa perigosa, exigindo exercício do nervo óptico, continua.
O automóvel tem dois níveis de instrumentos à frente do motorista, e uma tela com 5” ao toque, mostrador à direita, no centro do painel, exibindo funções, GPS, manobras de ré, computador de bordo.
Ponto alto a meu ver de pagador de impostos que não gosta de vê-lo aplicado para socorrer pessoas que andam em carros sem equipamentos de segurança, é o de todas as versões portarem o pacote mínimo de proteção – não há segurança para ricos e esclarecidos, com carros completos, e insegurança para menos fornidos ou letrados, que compram veículos sem o mínimo (cintos, apoios de cabeça, ABS e almofadas de ar).
No caso, todos os Civic portam cinto de segurança de três pontos; apoio de cabeça; freios a disco nas quatro rodas; auxiliar ABS; gestor EBD; almofadas frontais de ar – na versão topo EXS também laterais. Nela, também de segurança, como a capacidade do sistema de direção interagir com o de estabilidade eletrônica.
Qual é ? Se você conseguir separar o carro de suas condicionantes, entenderá porque o Civic pode parecer menos que o esperado, em especial ante os concorrentes.
É simples: Civic no Brasil tem preço e colocação mercadológica de carro de luxo, ao contrário de outros países, onde é veículo de entrada, formatado para tal usuário e uso.
Nos mercados externos, em especial EUA, seu estrito porta malas é para ir ao super mercado, raramente para levar malas em viagens.
Outro aspecto, a Honda brasileira pouco pode palpitar ou sugerir, como se nota pelas pelas antiquíssimas – e baratas – dobradiças em arco que, ou estragam as malas, ou diminuem o espaço.
Preços não divulgados, mas a Honda deve fazer re-engenharia de lucros. Com produtos incontestável e inexplicavelmente mente caros, por alguma razão fomentadora de lucros, puxou para cima o preço do Fit.
Lançou o City, sua versão 3 volumes, baseada na falta de exigência dos compradores quanto a espaço para passageiros do banco traseiro, e no cansaço das linhas do Civic.
Fez ótimas vendas, tomou clientes ao Civic – e deu maior lucro. Agora, para re-colocar novudade, terá que trazer preços à realidade.
Turbo, o Fluence especial – Para aproveitar a boa aura de vendas e reconhecimento de seu Fluence, a Renault fará versão aplicando turbo compressor ao motor 2.0, 16 válvulas.
Na Europa é degrau antigo, antes disponível no Mégane, mantida no Fluence, oferecendo modestos 180 cv – 25% mais que o motor aspirado.
Entretanto aqui o desenho do mercado e de seus compradores é diferente, e o Fluence terá como concorrentes o VW Jetta 2.0, 200 equinos com injeção direta, ganho tecnológico desconhecido no motor Renault, e o Peugeot 408, com chegante nova versão, com motor 1.6 BMW, turbo e injeção direta, 165 cv, de ótimos resultados no 3008.
Curiosidade na história é a origem: a Renault descobriu lote destes motores, novos, embalados, num canto de galpão na grande fábrica de Pinhais, Pr, entendendo ser a melhor solução aplicá-los, enriquecendo a linha de produtos, criando simpático fato mercadológico.
Livre pensar, este motor no utilitário Duster 2.0 4×4, re escreverá a história.
Roda-a-Roda – 308 – Em Palomar, beiradas de Buenos Aires, fábrica da PSA – Peugeot-Citroën iniciou produzir o modelo 308. Vendas em 2012.
É evolução tardia do 307, que a Peugeot nunca soube vender. Curiosidade portenha, todo início de produção conta com a presença da presidente Cristina Kirshner.
Cara do dono – A Hyundai iniciou assumir os maiores importadores da marca com a Hyundai Motor da Alemanha, do suíço Emil Frey, de vendas coladas em Toyota e Nissan. Não demora, assume a representação daqui.
Mudança – Imprensa mundial especula sobre o utilitário esportivo Alfa Chrysler. Coisa periférica. A Fiat cuidará do 1,7B US aplicado na nova geração da família Jeep, onde Alfa será versão. O principal negócio da Chrysler é Jeep.
Negócio – Migrando aos mercados em expansão na próxima década, a PSA Peugeot-Citroën associou-se à chinesa Changan em nova empresa, a Capsa. Fará a nova geração de Citroën DS a partir de 2013, 200 mil unidades/ano.
Anúncio – Nova campanha da Nissan não critica os concorrentes. Inspira-se na teoria da fonte dos desejos, onde moedas caem do teto e, a cada uma, funcionário grita para a linha de montagem liberar mais um March ou Versa.
Conar – Engraçadinha, porém merece uma trava pelo Conar. Comete a inverdade de anunciar carro mexicano como japonês.
Com lançamentos sobrepostos, há que se explicar, o March é hatch de entrada, bem desenvolvido, e o Versa, sedã 4 portas, espécie de Logan da Nissan.
Puma – A Ford voltou a produzir motores diesel, desta vez na Argentina, a 44 mil unidades/ano/turno, modernos, turbo diesel, 2.2 e 150 cv e 3.2 e 200 cv.
Equiparão os novos Ranger com produção em 2012 e exportação ao Brasil. Haverá, também, motor flex: 4 cilindros, 2.5 e 170 cv. Deve chamá-los Puma.
Projeto – A Ford, segunda no mercado argentino, quer crescer no Brasil e os motores indicam o leque de versões. Da. Cristina também estava lá.
Segurança – O conceito HSD – High Safety Drive – kit de almofadas frontais de ar e freios com ABS e EBD, foi incorporado à versão Attractive, de entrada do Fiat Idea,a R$ 45.190. Custa R$ 1.000 – na prática, bônus de R$ 1.617.
Parceria – Fiat, FPT industrial e Inmetro assinaram acordo tecnológico para processos, combustíveis, motores e transmissões.
Inclui uso de óleo vegetal in natura como combustível de motores diesel, cursos pelo Inmetro e utilização dos laboratórios pelos engenheiros da Fiat.
Será ? – Não ficou claro se este desenvolvimento tecnológico é o obrigatório pelas vantagens tributárias que as montadoras receberam com redução de IPI – sem reduzir preços -, comprometendo-se a aprimorar tecnologias.
Moleza – Como a legislação brasileira é lentamente leniente com as multi nacionais e os poderosos. A tal de Chevron – que os jornalistas tratam como Chévron, embora o correto seja Chevrón, pois se trata de nome francês de engrenagem idem – arma a maior sujeira, disfarça, mente e deve achar graça na multa.
A legislação está em preparo há anos. Fosse com o seu Zé da mercearia, que não pagou o IPTU, já estaria na dívida ativa.
Multi – Brasileira, controlada pelo BNDESPAR e Previ, a Tupy S/A comprou duas fundições no México – Cifunsa Diesel e Technocast – de blocos e cabeçotes em ferro fundido para motores de veículos de passeio, comerciais, agrícolas, estacionários. US$ 439M. Na especialidade será a maior no mundo.
Aqui – Informa a empresa, não é troca de investimentos locais por outros no exterior. Recentemente aplicou US$ 500M nas linhas de produção brasileiras.
Organização – Dentro de financiamento internacional o Projeto Transmilênio, Bogotá, Colômbia, a Volvo vendeu mais 688 chassis de ônibus, maior negócio na especialidade no país. Visa racionalidade; substituir ônibus e perueiros; adotar canaletas privativas para deslocamento.
Brasil – O Prêmio Design MCB, do Museu da Casa Brasileira, em S Paulo, foi para a cabine dos caminhões Agrale 2012. Projeto da Questto!Nó em conjunto com a Agrale, é racional e utiliza materiais recicláveis.
Expansão – Da modesta origem produzindo amortecedores para veículos leves, a Nakata cresceu, e tem linha de bombas de óleo para motores empregados em Ford, Mercedes, Volvo e Scania.
Na estrada – Antes de iniciar vender suas motos, ora produzidas pela Dafra, em Manaus, a MV Agusta fez a 1ª. Convenção Técnica.
Quer preparar a rede, evitar surpresas, garantir boa imagem aos produtos e assistência técnica. Os modelos montados são a esportiva F4 e as peladas Brutale 1090 R e RR.
Especialidade – A Dafra, do grupo Itavema, de revendas paulistanas, montou a fábrica com os favorecimentos fiscais, nacionalização flexível e, sem fidelidade, paixão ou bandeira, monta motos a quem pretende entrar no mercado brasileiro.
Atualmente, italianas MV; alemãs BMW; chinesas Haojue, SYM, TVS e Daelin.
Mais um – Primeiro no Brasil a cindir a proibição de mesmo grupo representar duas marcas, o Líder é Audi no Espírito Santo.
Nossa Senhora da Penha atendeu ás orações e promessas dos clientes da marca, sem assistência por quatro anos.
Inicialmente funcionará junto á outrora invendável VitoriaWagen, assumida pela família Braz, que toca o grupo Líder, com 55 revendas.
Livro – Novo lançamento editorial: Pequeno grande livro do Fusca, da Escrituras Editora, foca o grande ícone. 128 páginas, capa dura, autor Jon Stroud, R$ 34,90.
Antigos – Melhor indicativo do relevo do mercado, o poderoso sítio Webmotors criou o www.webclassicos.com.br, para veículos antigos e de coleção.
Das soluções práticas, uma avisa quando é inscrito veículo de interesse pelo internauta. A mercado tão peculiar, poderia abrir para peças, acessórios e literatura, à venda ou em procura.
Gente – Norbert Reithofer, CEO da BMW, 55, láurea. OOOO Executivo do Ano pela alemã revista Manager. OOOO Creditam-lhe o mérito de transformar a BMW no fabricante Premium de maior sucesso. OOOO Anders Norinder, sueco abrasileirando-se, opção.
OOOO Deixou a presidência da Volvo Cars para não mudar de país. OOOO Bom de serviço, trouxe a marca de pífias 1.100 unidades/ano às atuais 5.300. OOOO Ouve propostas.OOOO Sérgio Scaglietti, designer, 91, passou.
OOOO Era o camarada que dispensava papel e lápis, desenhava com os olhos, contornava com tesoura, acertava com tasso e martelo, retirando o excesso de material.
O que sobrava eram os carros de seu cliente principal, a Ferrari. OOOO Que o homenageou dando seu nome ao modelo 612 2+2. OOOO