Conheça algumas dessas práticas e procure evitá-las para poupar o sistema
Os carros com caixa de câmbio automática estão surgindo no mercado brasileiro e a tendência é o pedal de embreagem desaparecer. Mas, enquanto isso não acontece e os motoristas se acostumam com a novidade, que traz mais comodidade para quem dirigi, a perna continuará exercitando o movimento de vai-e-vem para permitir a mudança das marchas.
Para amenizar o sacrifício físico, principalmente para quem dirigi caminhão, a embreagem deve passar por freqüentes regulagens, que deixam o pedal mais macio. Quanto aos motoristas pés de chumbo, devem deixar de lado alguns vícios e aprender medidas na forma de melhor dirigir o carro.
Os chamados vícios da direção são práticas que diminuem consideravelmente a vida útil do sistema de embreagem, que pode durar até cem mil km quando bem utilizado. Um dos mais comuns, e que vem de longo tempo, é a mania que alguns motoristas têm de pisar duas vezes no pedal para fazer uma única troca. Com isso, o sistema é acionado sem necessidade por mais uma vez.
Em casos de reduções, acionar a embreagem sem antes pisar no freio também é prejudicial ao sistema – disco, colar, platô e cabo. O tranco que essa prática causa na transmissão reduz a vida útil do disco. Simulações de arrancada em um sinal fechado, fazer controle de embreagem sem necessidade e descansar a perna no pedal são outros exemplos de como não proceder no trânsito.
Quando a embreagem começa a apresentar defeitos, é fácil para o motorista identificá-los. O indício mais comum de que há problemas é o pedal ficar duro demais. Rangidos no cabo e cheiro de lona de freio queimado também indicam problemas.
O ideal, de acordo com mecânicos, é fazer uma revisão no sistema de embreagem a cada dez mil km ou sempre que surgirem problemas. Antes de mandar trocar todo o conjunto, porém, vale a pena pedir a substituição apenas do cabo, peça que apresenta defeitos com mais freqüência e custa em torno de R$15.
Como aumentar vida útil
Em reduções de marchas, evite acionar a embreagem sem antes pisar no freio. Isso evita que o conjunto receba um tranco que, com o tempo, danifica o disco.
Não faça controles de embreagem desnecessários. Quando for subir uma ladeira ou uma rampa, por exemplo, evite ficar pisando na embreagem.
Não simule arrancadas enquanto o semáforo está fechado. Além de gastar combustível, essa prática força todo o conjunto da embreagem.
Evite descansar a perna ou o pé no pedal de embreagem.
IDENTIFIQUE O DEFEITO
O pedal fica muito duro;
O cabo da embreagem começa a ranger e surgi um cheiro de lona de freio queimado;
As marchas começam a arranhar mesmo com o pedal da embreagem pressionado.