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Producão de motocicletas cresce no primeiro semestre e consolida a retomada da indústria

As fabricantes de motocicletas produziram 494.684 unidades no primeiro semestre deste ano, o que representa um avanço de 16,7% sobre o mesmo período do ano passado (423.750 unidades).

Para Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares, os números registrados até o momento consolidam, definitivamente, a retomada da indústria de Duas Rodas.

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“Fatores como ampliação da oferta de crédito e estabilidade dos índices macroeconômicos, além de uma maior participação do consórcio têm sido fundamentais para a evolução dos negócios”, comenta o presidente da entidade.

Com este cenário, a Abraciclo revisou para cima a projeção em relação ao volume de produção esperado para este ano, passando de 935 mil para 980 mil unidades, o que significa um crescimento de 11% em 2018. Pela previsão inicial a produção cresceria 5,9%.

Especificamente em junho, os volumes de produção das fabricantes, instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), poderiam ter sido ainda maiores se não houvesse a greve dos caminhoneiros nas últimas semanas de maio.

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“Este acontecimento contribuiu para o desabastecimento das fábricas e afetou diretamente a distribuição de motocicletas e o recebimento de insumos”, explica Fermanian.

Os números levantados pela Abraciclo mostram que em junho a indústria de motocicletas produziu 50.118 unidades, recuo de 0,3% sobre o mesmo mês de 2017 (50.259) e de 48,1% na comparação com maio do presente ano (96.607).

Vendas no Atacado – A recuperação do setor no primeiro semestre também reflete em vendas no atacado, destinadas às concessionárias.

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Foram vendidas 451.311 unidades, com alta de 12,2% sobre os seis primeiros meses de 2017 (402.313).

Já o desempenho isolado de junho apresentou queda: 50.833 unidades em 2018 e 57.294 em 2017, com recuo de 11,3%.

Na comparação com maio (87.939 unidades), a redução foi de 42,2%.

Entre as categorias mais comercializadas no primeiro semestre os destaques foram a Street, que aparece no topo do ranking com 50,3% de participação (227.226 unidades), a Trail, com 22,1% (99.739), e a Motoneta, com 14,3% (64.519).

Na sequência, vieram Scooter, com 7% (31.504 unidades), e Naked, com 2,4% (10.696).

Confira a seguir as características básicas das motocicletas de cada categoria:

Street – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso urbano.

Trail – Motocicleta de baixa ou média cilindrada destinada ao uso misto, tanto em vias pavimentadas quanto em terreno não pavimentado.

Motoneta – motociclo tipo underbone, pilotado com o condutor na posição sentado, destinado ao uso urbano, de baixa cilindrada e dotado de câmbio automático ou semiautomático.

Scooter – Motociclo pilotado com o condutor na posição sentado e dotado de câmbio automático ou semiautomático, concebido para privilegiar o conforto.

Naked – Motocicleta sem carenagem, com motor propositalmente exposto e de alto desempenho, concebida para a utilização em terrenos pavimentados.

Semelhante a uma motocicleta versão “sport”, sem a carenagem.

Big Trail – Motocicleta de média ou alta cilindrada destinada ao uso misto em terrenos pavimentados e não pavimentados.

Off Road – Motocicleta de qualquer cilindrada destinada exclusivamente à utilização em pisos não pavimentados.

Custom – Motocicleta caracterizada por sua vocação para percursos de estrada, destacadamente os mais longos, chamadas de “estradeiras”, que não priorizam velocidade e, sim, conforto.

Sport – Motocicletas de cilindradas médias ou superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.

Ciclomotor – Veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³.

Touring – Motocicletas usualmente de alta cilindrada concebidas para a utilização em turismo e viagens de grandes distâncias.

Emplacamentos – Com base nos dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), as vendas no varejo totalizaram 456.729 unidades no primeiro semestre, alta de 6,9% sobre o mesmo período do ano passado (427.198).

Na análise isolada de junho houve crescimento de 3,3%, sendo 74.069 unidades ante 71.734 registradas no mesmo mês de 2017.

Na comparação com maio, houve retração de 8,8% (81.238 unidades).

A média diária de vendas em junho ficou em 3.527 unidades, com 21 dias úteis, correspondendo a uma alta de 3,3% sobre o mesmo mês do ano passado (3.416), que teve a mesma quantidade de dias úteis.

Na comparação com maio houve recuo de 8,8% (3.868 unidades).

“Com a recuperação do mercado, os números poderiam ter sido mais altos, contudo as paradas temporárias das atividades econômicas em função dos jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo contribuíram para uma leve queda no desempenho”, diz Marcos Fermanian.

Exportações – Na análise sobre as motocicletas enviadas para outros países no primeiro semestre, foi registrado volume de 41.030 unidades, representando uma alta de 26,6% sobre o mesmo período de 2017 (32.417).

Especificamente em junho, as exportações totalizaram 4.404 unidades, correspondendo à queda de 42,4% sobre junho de 2017 (7.650) e de 33,6% em relação a maio do presente ano (6.634).

Projeções Revisadas

As projeções revisadas pela Abraciclo para 2018 são as seguintes:

MOTOCICLETAS – PROJEÇÕES 2018 REVISADAS
2017 2018 Quantidade Variação %
Produção 882.876 980.000 97.124 11,0
Atacado 814.573 900.000 85.427 10,5
Varejo 851.013 915.000 63.987 7,5
Exportação 81.789 80.000 1.789 -2,2

Fonte: Abraciclo / Associadas

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