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ARTIGO – Integração é requisito básico para inovar

Diante do atual cenário de inovações na indústria da mobilidade, os times de engenharia já não podem trabalhar em áreas de desenvolvimento desconectadas, cada qual fazendo a sua parte para entregar o seu melhor – como se nenhuma influenciasse a outra.

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Integrar diferentes disciplinas numa mesma plataforma de desenvolvimento é o grande desafio da engenharia para inovar e se manter competitiva.

A indústria chegou num estágio de desenvolvimento em que precisa atender simultaneamente diversos requisitos – muitas vezes conflitantes – que envolvem diferentes áreas como segurança, custo e durabilidade.
Talvez o grande segredo da engenharia moderna seja formular o problema para conseguir colocar todas as necessidades do cliente em cima de equações que representam as diversas áreas da Física envolvidas.
Até então avaliada como item secundário, a conectividade se tornou um diferencial de mercado.
Cada vez mais os motoristas valorizam as avançadas centrais multimídias, mas não desejam, por exemplo, perder a visibilidade na direção quando acessam os botões.
Este é somente um exemplo prático que demonstra o quão importante é observar simultaneamente os diversos requisitos na hora do desenvolvimento.
Essa perfeita integração entre os diversos sistemas de um produto, que devem funcionar de maneira colaborativa, representará aos novos veículos a mesma revolução observada nos computadores com o advento da internet.
Os carros já estão deixando de serem equipamentos mecânicos para se tornar computadores conectados, que conversam com outros computadores para saber o que estão fazendo.
Dessa maneira, o que está em debate é a condição para o avanço das inovações na indústria da mobilidade, que precisa criar protocolos onde áreas que originalmente eram independentes passem a se comunicar.
Somente assim, os times de engenharia conseguirão desenvolver produtos realmente competitivos, que se encaixem nas tendências de mercado.
A integração de áreas precisa ser fomentada desde a fase conceitual do produto, afinal decisões iniciais não contam com protótipo físico.
O primeiro passo então é agregar tecnologias de simulação nas etapas iniciais do projeto.
Dada a evolução dos sistemas computacionais de simulação, que hoje conseguem cada vez mais aproximar o mundo real do virtual, já é possível interagir com um produto virtualmente.
Já no estágio de desenvolvimento, é necessário dispor de uma plataforma que combine várias disciplinas, como análise estrutural, dinâmica de fluídos e dirigibilidade, todas num ambiente onde seja possível fazer as devidas conexões.
Vale lembrar que de nada adianta ter uma ferramenta que integre testes e simulações se não houver know how. Portanto, a empresa que tiver capital humano certamente avançará.
A indústria também precisa dispor de tecnologias de testes eficientes, que sejam mais inteligentes para que façam a interface do ser humano no produto e respondam as perguntas o mais rápido possível, afinal as empresas precisam estar preparadas para responder a mudanças que acontecem de maneira cada vez mais drástica.
É preciso evoluir nas práticas de engenharia para estar à altura desses novos desafios.
Agora é a onda da multidisciplinaridade. Ou a indústria surfa nessa onda agora, ou perde a chance de competir.
Quem tiver interesse em discutir o assunto está convidado para o 15º Simpósio SAE BRASIL Automaker de Testes e Simulações, que reunirá especialistas de montadoras, empresas de testes e de simulações, consultorias e universidades dias 15 e 16 de agosto, no Centro de Eventos Pro Magno, em São Paulo.
* Valdir Cardoso é presidente da Altair Brasil e chairperson do 15º Simpósio SAE BRASIL Automaker de Testes e Simulações

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