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Elixir para o automóvel

No posto de gasolina, arrumados cuidadosamente sobre uma prateleira de metal, vários frascos coloridos deixam o motorista em dúvida. Poucos sabem para que servem os aditivos. Menos gente ainda se arrisca a gastar alguns reais com um líquido de eficiência duvidosa.

Existem basicamente três tipos de aditivos vendidos em frascos que podem ser misturados à gasolina. Os mais comuns e tradicionais são os aditivos chamados de “dispersantes” que servem para conservar a limpeza do sistema de alimentação do automóvel (isto é: a rede que vai do tanque até as válvulas de admissão do motor).

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Misturados ao combustível, esses produtos têm poder dispersante, ou seja, formam uma camada protetora que evita o acúmulo de sujeira no sistema de alimentação do motor. Assim, resíduos de gasolina envelhecida não se colam às sedes das válvulas e injetores, nem formam borra. Com a limpeza mantida, o motor “respira” melhor – consome menos e rende mais. Mas a principal vantagem é que os entupimentos de bicos injetores ou carburadores são evitados.

– Usando um frasco de aditivo a cada um ou dois tanques de gasolina, o sistema de alimentação se mantém em boas condições, é o que afirmam os fabricantes de aditivos.

A função desse tipo de aditivo, portanto, é bem semelhante à das soluções químicas que já vêm misturadas à gasolina aditivada vendida normalmente nas bombas.

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Qual a vantagem então em se comprar um frasco (que custa em média R$ 4,50 nos postos)?

– O aditivo é vendido numa embalagem selada que é aberta na frente do cliente. Assim, mesmo em tempos de gasolina batizada, o motorista pode ter certeza de que está protegendo o motor.

De acordo com os técnicos, esse tipo de aditivo, além de manter a limpeza do motor, lubrifica as partes móveis, protege contra a corrosão e até diminui o processo de oxidação da gasolina (que forma a borra).

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Nos manuais do proprietário, nenhuma menção aos aditivos – Recentemente, outros tipos de aditivos começaram a ser vendidos. Um deles serve para promover o que os técnicos chamam de clean up: uma “faxina” mais forte no sistema de alimentação de carros muito rodados e que já apresentam os problemas provocados pelo acúmulo de goma nas válvulas e injetores.

De acordo com o fabricante, esse aditivo, apesar de mais potente, não tem ação corrosiva. A recomendação é derramar um frasco no tanque cheio de gasolina, a cada cinco mil quilômetros.

– Depois é só manter a limpeza das válvulas e injetores usando o aditivo dispersante.

As montadoras dizem que os aditivos não fazem mal, mas recomendam prudência no uso. Todas afirmam que os carros nacionais foram feitos para usar combustíveis de acordo com as especificações brasileiras e que, portanto, os aditivos vendidos em frascos não são fundamentais ao bom funcionamento.

Nas páginas dos manuais do proprietário, Volkswagen, Ford e General Motors indicam o uso da que já é vendida aditivada na bomba.

– De um modo geral, os aditivos que vêm em frascos cumprem o que é especificado. O problema é que, se o sistema de alimentação já tiver uma grande formação de depósitos, a limpeza pode ser muito brusca provocando entupimentos.

A gasolina aditivada que é vendida nas bombas promove uma limpeza mais suave e, portanto, há menos chances de se ter problemas.

No caso da GM, existe um aditivo à venda nas concessionárias, que ajuda a manter limpo o sistema de alimentação do motor. É o AC Delco para gasolina, um cuidado a mais com o carro.

– A função é a mesma da gasolina aditivada: limpar e dissolver a sujeira.

Nos postos e supermercados há ainda um terceiro tipo de aditivo, que promete aumentar a octanagem da gasolina. São soluções importadas à base de álcool metílico que, teoricamente, aumentam o desempenho do carro e evitam pré-ignição (“batidas de pino”).

– Esse tipo de aditivo é que não serve praticamente para nada no Brasil. Foi criado para a gasolina americana, mais pura, e não para a gasolina brasileira, que já traz 24% de álcool na sua composição. Para quem quer alta octanagem, o melhor é usar a gasolina Premium, oferecida em alguns postos.

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