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Confira as primeiras impressões de Paulo Poydo com o Gol Total Flex

Nem tudo que parece fácil é. Depois de andar em alguns veículos “transformados” via chip bons, alguns poucos muito bons e, em sua grande maioria, veículos horríveis em dirigibilidade, consumo e emissões de poluentes, eis que chega ao mercado o veículo bicombustível (bi, pois só queima álcool, gasolina ou uma mistura de ambos) de fábrica.

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Grande expectativa e dificuldade para dar uma voltinha em um desses novos modelos.

Nesta semana pude desfrutar de um teste em trânsito urbano com o modelo da VW do Brasil, o Gol 1,6 litros TotalFlex.

Bom preço (custa aproximadamente uns R$ 1000,00 a mais do que o similar a gasolina) e facilidade de manutenção serão os aliados para reduzir os esforços de venda e certamente será um produto que vai mexer com o mercado.

Os componentes internos estão adequadamente ajustados para o uso do álcool, em tese, teremos um veículo com vida útil similar aos monocombustíveis.

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Aproveitei o contato e perguntei como foram os testes de campo e percebi que não há previsões de como o veículo vai se comportar depois de muitos quilômetros e diversos tipos de mistura.

Saí com uma mistura de 60-40 de álcool etílico hidratado e gasolina, respectivamente, no tanque. Chave no contato, motor operando em marcha lenta sem sustos, trepidações ou dificuldades em fazê-lo funcionar.

Andando, nada que lembre os modelos de outrora, nada de engasgos e hesitações. A injeção eletrônica superou todos os pontos negativos dos modelos alcoólicos dos anos 80.

Removendo a emoção do quadro e olhando diretamente para o fundo do bolso, rodar somente com o álcool não é a melhor opção (financeiramente falando), pois o maior consumo joga contra a novidade…

Creio que a melhor opção é a que se encontrava no interior do tanque, pois proporcionou bons índices de economia e desempenho (levando em conta a quantidade de álcool no interior do tanque).

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Sugeri uma rodagem somente com álcool e para minha decepção o desempenho ficou abaixo das minhas expectativas, fruto da taxa de compressão de um clássico motor movido a gasolina.

Já andei em veículos chipados/transformados com melhor desempenho que o “transformado de fábrica”.

Cheguei à seguinte conclusão: com esta fórmula não dá pra tirar dez no quesito desempenho e tampouco no quesito consumo. Achei o resultado inferior rodando com qualquer mistura ou mesmo com apenas álcool ou gasolina no tanque.

Para tirar a má impressão, nada mais justo do que uma volta somente com gasolina. Aí pude observar um detalhe curioso: o bom e velho AP 1600 também anda mal com o combustível fóssil… Valerá a pena? Só o mercado vai dizer.

Os ajustes no motor e a calibração da injeção deixaram o excelente motor AP chocho, fraco (dava a nítida impressão de estar “atrasado”) e gastador… Resumindo: andou mal com gasolina e com álcool… Com uma taxa de compressão de 10:1 certamente ficaria capenga andando com o combustível de cana…

Achei o produto inteligente, mas esperava muito mais; a eletrônica poderia ter sido muito mais explorada e alguns ajustes mecânicos poderiam trazer um pouco mais de esperteza ao carrinho. Agora é esperar pela oportunidade de andar com o Corsa da GM.

Eu volto na próxima!

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