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Acidente de Trânsito – Não seja o próximo

Quem não conhecer alguém que já tenha sofrido ou mesmo tenha sido vítima dos acidentes de trânsito. Vários são os fatores que fazem do Brasil o líder mundial em vítimas dos acidentes.

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Nos jornais as guerras muitas vezes ganham bastante espaço, mas as vítimas dos acidentes de trânsito superam esse número em nosso País.

Vivemos uma guerra em nossas vias e você precisa tomar cuidado para não ser a próxima vítima.

Abrimos esse espaço na seção Seu Automóvel, pois precisamos conscientizar melhor as pessoas sobre os riscos que elas correm todos os dias quando saem de casa. Acompanhe essa série de matérias.

Aumentam os acidentes causados por carro e pista ruins

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O que antes era impressão geral agora foi confirmado por uma pesquisa da Scaringella Trânsito, em parceria com a Connection Tecnologia: as más condições das vias públicas e dos veículos vêm contribuindo cada vez mais com as tristes estatísticas de acidentes de trânsito, embora o fator humano (motoristas e pedestres) ainda seja a causa mais comum.

Segundo o estudo, o grau de conservação do veículo, das vias públicas e do meio ambiente pode interferir (e muito) na gravidade do acidente.

De acordo com Roberto Scaringella, coordenador geral da pesquisa, “nós não podemos ficar apenas com as estatísticas, mas sim entender a lógica dos acidentes e separar todos os fatores”.

Só no Brasil, o trânsito mata cerca de 50 mil pessoas por ano, o equivalente a 10% das mortes de trânsito registradas em todo o mundo.

O estudo, realizado nas principais ruas e avenidas da zona norte da cidade de São Paulo (entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano) e em rodovias próximas a São Carlos (em 2000 e 2001) revelou que em 44% dos casos, o acidente foi causado pelo fator humano.

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Em 29% dos acidentes, o fator humano e as condições do meio ambiente e da via pública foram os causadores.

Já as condições do veículo, aliadas ao fator humano, são responsáveis por 19% dos casos analisados. Os 8% restantes foram causados por todos os fatores combinados.

Segundo Scaringella, o Programa de Inspeção Veicular poderá ser uma das soluções para diminuir o número de acidentes, pois consiste não apenas na avaliação dos itens de emissão de gases poluentes e de ruídos, mas também dos itens de segurança dos veículos.

Assim, o número de acidentes causados pelo fator veículo cairá de forma significativa. Scaringella afirma que a inspeção veicular trará a questão da renovação de frota.

“Cerca de 20 a 25% da frota de cada estado é irregular; é absolutamente grave o fato de que 85% da frota brasileira não passaria na inspeção”, completa Scaringella.

Mais pesquisas – Várias pesquisas recentes estão ajudando a fazer uma radiografia dos acidentes de trânsito no país.

Uma delas, feita pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, mostrou que as vítimas de acidentes de trânsito são responsáveis por cerca de 65% da ocupação dos leitos por causa de traumas nos hospitais públicos.

Essas vítimas são, em sua maioria, homens entre 18 e 26 anos que se envolvem em acidentes urbanos.

Em uma outra pesquisa, realizada pela ABDetran (Associação Brasileira dos Detrans), envolvendo vítimas de acidentes de trânsito de quatro grandes capitais (Brasília, Curitiba, Recife e Salvador), foram examinadas 1.114 vítimas durante sete dias.

Foi constatado que 43% dos acidentes ocorreram no sábado e no domingo. Em uma aferição feita em 865 vítimas (78% do total), 61% tinham indícios de alcoolemia (estado do sangue que contém álcool) e 27,2% destes excediam 0,6 decigramas de álcool por litro de sangue, ou seja, embriagados segundo a definição legal.

Crianças também estão em risco no trânsito – De acordo com o Ministério da Saúde Brasileiro, os acidentes com veículo (pedestre e passageiros) são a causa líder de morte com crianças entre 01 e 14 anos.

Para se ter uma idéia, a cada ano mais de 1.200 crianças passageiras morrem como vítimas de acidentes de carro.

Mesmo um motorista cuidadoso não pode controlar o comportamento dos outros ou eliminar a probabilidade de um acidente. E nessas ocasiões as crianças podem ser as maiores vítimas.

Viajar sem proteção é o grande fator de risco para morte e lesões entre crianças ocupantes de veículos.

Se o passageirinho tem até 04 anos de idade e está viajando sem proteção, ele corre duas vezes maior risco de morrer ou se machucar do que se estivesse viajando com proteção.

A maneira como se viaja no carro pode ser tão importante quanto fatores externos tais como velocidade do veículo e condições da estrada.

A coisa mais importante que os pais podem fazer para proteger suas crianças é nunca sair de carro com elas sem um sistema de retenção adequado. Crianças soltas no banco de trás ou no colo de um adulto podem ser jogadas contra outras pessoas, contra partes do automóvel, ou até para fora do veículo, pois no momento de uma colisão ou freada brusca o peso aumenta dezenas de vezes.

Crianças no banco traseiro têm de 35% a 50% menos probabilidade de morrer em um acidente de carro. Cadeiras de segurança, quando instaladas e usadas corretamente, diminuem os riscos de morte em até 71%. Elas também reduzem em 69% a necessidade de hospitalização na faixa etária até 04 anos. Porém, encontrar a cadeira correta pode ser confuso. É importante usar a cadeira que seja apropriada ao tamanho e ao peso da criança e que se adapte devidamente ao seu veículo.

DADOS GERAIS – Para cada acidente com vitima fatal ocorreu aproximadamente seis acidentes com feridos e quinze com danos materiais. Esta relação é bem maior na área urbana, onde os acidentes de trânsito são menos severos;

Cerca de um em cada cinco vítimas fatais é um pedestre;

57% dos acidentes fatais ocorrem à noite, com ou sem iluminação pública, em fluxos relativamente baixos de tráfego;

Uma parte muito significativa dos acidentes graves ocorre nos finais de semana;

Os acidentes com feridos representam cerca de 30% do total de acidentes;

A análise das vítimas fatais por tipo de acidente demonstra que o atropelamento de pedestre / ciclista é o que gera maior número de óbitos (30%);

As colisões traseiras destacam-se nos acidentes com feridos, mas não entre os acidentes fatais, principalmente em função da utilização do cinto de segurança, que reduz significadamente a severidade desses acidentes, sem, porém, reduzir a freqüência;

Os atropelamentos não se destacam entre os acidentes sem vítimas, já que quase sempre o pedestre ou o ciclista atropelado sofre lesões , graves ou fatais;

40% de todas as vítimas fatais morrem nos finais de semana, sem levar em consideração sexta-feira à noite e a madrugada de segunda-feira. Grande parte (64%) dos atropelamentos fatais ocorrem à noite e somente 23%, ocorrem nos dias úteis durante a luz do dia;

Nos acidentes classificados pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT como saídas de pista pelo menos um veículo deixa a pista quando o condutor perde o controle do seu veículo. Após sair da pista, o veículo pode capotar, tombar, bater em um poste ou árvore, cair no barranco, etc. A saída em si não gera vítimas. O resultado do acidente depende do que acontece após o veículo sair da pista. As saídas de pistas noturnas ocorrem durante toda à noite, as causas podem variar de excesso de velocidade, sonolência no volante e até defeitos na geometria das curvas;

Ser atropelado eqüivale a cair do 45º andar de um prédio, se o veículo estiver a uma velocidade de 120Km/h, a cair do 20º andar, se estiver a 80 km/h e a cair do 11º se estiver a 60km/h.

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