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Transportes consumirão mais alumínio

Evento promovido pela ABAL reuniu as duas indústrias e refletiu essa tendência

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O aumento de consumo de alumínio no setor de transportes é uma tendência para os próximos anos.

Essa previsão foi repetida por representantes das duas indústrias durante o “Workshop 2006: Alumínio nos transportes”, na semana passada.

Para o presidente da Associação Brasileira do Alumínio – ABAL, Luis Carlos Loureiro Filho, um crescimento do uso do alumínio em caminhões, ônibus e implementos automotivos é essencial para o Brasil aumentar as exportações de alumínio.

“Nós suprimos bem a atual demanda interna, mas ainda há um largo espaço para o nosso crescimento. Devemos investir no mercado interno e desenvolver as exportações. Para isso, é preciso direcionar os investimentos para produtos de alumínio com maior valor agregado, e não só o metal primário”, afirmou.

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Em 2005, o consumo doméstico de alumínio da indústria de transportes foi de 210 mil toneladas, um crescimento de 12% em relação ao ano anterior.

O encontro foi promovido pela ABAL, e tinha o objetivo de incentivar a aplicação do alumínio em transportes através da troca de informações.

Para o presidente da FABUS – Associação Nacional dos Fabricantes de Carroçaria para Ônibus, José Antônio Fernandes Martins, o aumento do uso do alumínio é uma tendência que já vem se delineando há tempos.

Segundo ele, o fato do alumínio pesar cerca de um terço do aço inoxidável influi em dois itens fundamentais para a indústria de transportes atualmente: diminuição do consumo de combustível e de pneus.

Outro item que Martins considera essencial é facilidade de manutenção do alumínio.

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“Quando um ônibus que usa lateral de aço inoxidável se acidenta pela manhã, o veículo fica dias na garagem. No entanto, se for de alumínio, logo à tarde já está na rua”, exemplifica. O Brasil produz 26 mil ônibus por ano, dos quais exporta cerca de 40%.

As características de leveza, resistência à corrosão, condutibilidade térmica e elétrica, impermeabilidade, beleza, maleabilidade e resistência mecânica faz com que uma empresa como a Marcopolo, fabricante de ônibus, aplique o alumínio de várias formas: assoalho, acabamento do painel, porta, portinhola do tanque, revestimento do bagageiro, capô, dentre outros locais.

Isso é feito usando chapas, perfis, tubos e teias. Segundo Maurício Rizzoto, consultor de marketing coorporativo da empresa, a Marcopolo utilizou 5.005 toneladas do metal no ano passado.

Em seus veículos são utilizados, em média, 230 kg nos microônibus, 580 kg em ônibus urbanos e 650 kg em ônibus rodoviários. Isso representa no custo total de cada veículo 8%, 15% e 8%, respectivamente.

A Randon Implementos Rodoviários utiliza o metal em vários de seus produtos. No sider, semi-reboque, caminhão-tanque, caminhão basculante e graneleiro.

Segundo Caio Rebello, assistente de marketing da empresa, a Randon duplicou o uso do alumínio no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2005.

Segundo o diretor da ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, Rafael Wolf Campos, a indústria de transportes vai se voltar cada vez para o uso do alumínio por conta do crescente controle da sobrecarga por parte do governo.

“Isso irá gerar a pesquisa de novas tecnologias e produtos, pois o alumínio diminiu consideravelmente o peso de caminhões e ônibus”, afirmou.

Para Campos, as entidades que representam esses setores devem iniciar pesquisas que mostrem os benefícios em médio prazo da aplicação do alumínio.

“O que existe hoje em dia são pesquisas pontuais de algumas empresas, mas é necessária uma apuração profunda, cujos resultados possam ser divulgados pelas associações representativas”, defendeu. Elivelto Gadioli, representante da Gerência de Abastecimento e Transportes da Petrobras no evento, considera essa iniciativa essencial para uma maior inserção do alumínio.

“O setor migrará rapidamente para este metal a partir do momento que estiver totalmente convencido”, opinou.

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