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AEA aponta riscos ao futuro do biodiesel no Brasil

Associação aponta a importância de testes com o biodiesel no Brasil

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A AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) acaba de firmar uma parceria com o IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) para unificar as Comissões Técnicas de Biodiesel das entidades.

O objetivo é criar um fórum único de constante atualização, debate e deliberação de posicionamentos, além de discutir o aprimoramento do biodiesel na matriz energética brasileira.

“Esta parceria é de extrema importância para a AEA, já que a comissão busca ser um canal para o diálogo do setor com os demais parceiros envolvidos no tema biodiesel, a fim de contribuir com o desenvolvimento da produção, distribuição e testes no País desta matriz energética”, comenta Paulo Lozano, diretor-técnico da AEA.

Ambas as comissões defendem normas que visam ao aprimoramento dos ensaios enfatizando a necessidade da aplicação de sistemas de medição adequados para os testes dos motores diesel com biodiesel produzidos no Brasil.

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“O motor para sistema diesel atual, em sua grande parte eletrônico, é muito sensível e não pode sofrer corrosões provocadas pelos combustíveis. Estas corrosões geram desgastes, acarretando à falha total dos propulsores.

A produção do biodiesel no País é perfeitamente viável, mas é necessário que sejam feitos testes de longa duração e com diversos tipos de veículos e motores para verificar se a matriz não danificará os equipamentos”, aponta Lozano.

A comissão de biodiesel da AEA é coordenada por Antonio Bonomi, diretor da AEA e pesquisador da Divisão de Química do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), e tem como vice-coordenador Mário Ângelo Massagardi, vice-presidente da AEA e diretor de Engenharia e Vendas da divisão Diesel Systems da Robert Bosch.

Já na IBP, a coordenação fica por conta de João Carlos Antunes, da Cia. Ipiranga e da FIRJAN. Para a discussão de temas, já foram criados dois grupos de trabalho.

O primeiro sobre Aspectos de Gestão do Programa Nacional de Biodiesel, que trata de assuntos relativos à viabilidade econômica, logística e tributos, é coordenado por Paulo Fernando Fleury (COPPEAD).

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O segundo tem como tema Viabilidade Técnica, que aborda questões relacionadas à armazenagem, destino de subprodutos, especificação e tecnologia de produtos, e é coordenado por Suzana Kahn Ribeiro (COPPE – PET/UFRJ).

Pesquisa confirma benefícios do biodiesel – O biodiesel é uma excelente opção para a substituição do diesel e pode ser produzido com grãos de soja, mamona, dendê, entre outras matérias-primas.

Uma pesquisa realizada por um grupo de investigadores da Universidade de Minnesota revelou que o biodiesel reduz em 41% as emissões de gases que contribuem para o efeito estufa em comparação aos combustíveis fósseis. Já o etanol reduz as emissões em 12%.

Além disso, o biodiesel produz um excedente de 93% de energia em relação à energia investida na sua produção. Este valor é de 25% para o etanol.

“A introdução do biodiesel aumentará a participação de fontes limpas e renováveis em nossa matriz energética, colocando o Brasil em uma posição ainda mais privilegiada no cenário internacional. Em médio prazo, se forem realizados os testes necessários para aperfeiçoamento da matriz, o biodiesel pode tornar-se uma importante fonte de divisas para o País, somando-se ao álcool como fonte de energia renovável que pode e deve ser oferecida à comunidade mundial”, finaliza o diretor-técnico da AEA.

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