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Emplacamentos têm o melhor janeiro desde 2015

Já na comparação com o mês de dezembro, todo o setor sofreu quedas nos emplacamentos, à exceção de motos, que manteve movimento ascendente nas vendas.

Os emplacamentos de veículos tiveram o melhor resultado para o mês de janeiro desde 2015. Isso é o que aponta um levantamento da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

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Segundo a entidade, no primeiro mês de 2024, foram emplacadas 322.505 unidades, considerando todos os segmentos automotivos, maior volume dos últimos 9 anos. O mês, que sofre bastante influência da sazonalidade de início de ano, vinha registrando volumes médios de pouco mais de 266 mil unidades, no período entre 2016 e 2023.

“Apesar de estarmos distantes do nosso pico histórico para janeiro, que foi no ano de 2014, quando emplacamos 446 mil unidades, este é um bom resultado, ainda mais ao considerarmos os números dos últimos anos”, analisa o Presidente da FENABRAVE, Andreta Jr, para quem “de modo geral, há uma melhora no ambiente do varejo da Distribuição de Veículos, com evolução dos índices de emprego, quedas seguidas nos juros oficiais e, principalmente, por conta de um fluxo maior de crédito em diversos segmentos”, completa.

Já na comparação com o mês de dezembro, todo o setor sofreu quedas nos emplacamentos, à exceção de motos, que manteve movimento ascendente nas vendas.

O Presidente da FENABRAVE lembra que a queda nos volumes, em relação a dezembro de 2023, é justificada pela sazonalidade, que registra maior índice de emplacamentos e que o ano deve ser de crescimento para o setor. “Os primeiros meses do ano concentram algumas despesas que afetam a decisão de compra dos consumidores, como as aquisições de material escolar, pagamentos de IPVA, IPTU e matrículas escolares, entre outros gastos sazonais, mas acreditamos, conforme divulgado em nossa projeção, em um crescimento de 13,5% para este ano”, afirma.

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Avaliação por segmento

Automóveis e Comerciais leves – Com expectativa de crescer 12% em 2024, os segmentos tiveram influência positiva do maior acesso ao crédito no primeiro mês do ano. “O custo e o acesso ao crédito melhoraram a partir do último trimestre de 2023. Isso, aliado à expectativa de redução dos juros oficiais ao longo de 2024, tem melhorado a disponibilidade e diminuído a restrição do crédito por parte dos agentes financeiros”, analisa o Presidente da FENABRAVE.

Em janeiro, as vendas realizadas pelo varejo, para autos e comerciais leves, representaram 60% dos veículos comercializados, contra 40% de vendas a pessoas jurídicas.

Automóveis e Comerciais Leves Híbridos + Híbridos Plug In – Com volume de 7.668 unidades, os segmentos registraram aumento de mais de 100% em relação às 3.747 unidades de janeiro de 2023. “Neste período, novos modelos chegaram ao mercado, consolidando marcas e justificando o expressivo aumento percentual de crescimento”, analisa Andreta Jr.

Automóveis e Comerciais Leves Elétricos Puros – No mês, foram 4.358 unidades emplacadas, com queda de mais de 27% sobre dezembro, mas percentual expressivo de aumento em relação a janeiro do ano passado. “Os veículos puramente elétricos têm crescido em grande percentual, mas em menores volumes do que os híbridos”, explica o Presidente da FENABRAVE

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Caminhões – Os caminhões apresentaram um resultado dentro do projetado pela FENABRAVE, segundo Andreta Jr. “Temos que lembrar que houve uma certa concentração de compras de caminhões nos primeiros meses de 2023, devido ao prazo para comercialização de veículos com EURO 5 (permitidos até a adoção obrigatória do EURO 6), e que, durante o ano, o setor sofreu com problemas de preço da nova tecnologia e para financiamentos, mas, aos poucos, foi ocorrendo acomodação e o resultado está dentro do projetado, devendo apresentar recuperação nos próximos meses”, explica o Presidente da entidade.

Ônibus – A queda em relação a dezembro ocorreu em função de a produção estar sendo ajustada para atender ao Programa Caminho da Escola, a partir de 2024, que demandará 16 mil ônibus. “Essa variação já era esperada, e acreditamos na continuidade da recuperação dos emplacamentos de ônibus, também para transporte rodoviário e urbano, após a pandemia”, analisa o Presidente da FENABRAVE.

Implementos Rodoviários – Por conta da mudança de tecnologia e a concentração de compras de caminhões nos primeiros meses de 2023, o segmento de implementos começa 2024 repetindo o movimento que predominou no ano passado, com o desempenho descolando dos emplacamentos de caminhões. “É importante lembrar também que, no início de 2023, os transportadores priorizaram a aquisição dos caminhões, por conta do prazo para a venda dos modelos com tecnologia antiga (EURO 5). Isso influenciou para baixo o mercado de implementos, o que ajuda a explicar a evolução em relação a janeiro do ano passado”, diz o Presidente da FENABRAVE.

Motocicletas – O setor vem sendo beneficiado por um conjunto de fatores que influenciam no seu bom desempenho contínuo. “Houve a retomada da produção, que enfrentou desafios por conta da seca no Norte do País, ao mesmo tempo em que o crédito para o segmento começou a ter maior fluidez na aprovação dos cadastros. Hoje, o índice de aprovação já está em 40%, sendo que, na maior parte de 2023, menos de 30% dos pedidos de financiamento eram liberados”, explica Andreta Jr.

Motocicletas Eletrificadas – O segmento registrou retração nos indicadores em janeiro de 2024. “É um mercado ainda em seus passos iniciais e essa volatilidade é comum, dado o ainda baixo volume de emplacamentos (510 unidades no mês)”, explica Andreta Jr.

Tratores e Máquinas Agrícolas – Obs.: Por não serem emplacados, Tratores e Máquinas Agrícolas apresentam dados com um mês de defasagem, pois dependem de levantamentos junto aos fabricantes.

Com nova queda em dezembro, o segmento fechou o ano em retração. “A instabilidade climática atrapalhou muito o planejamento do agronegócio, com atrasos e até perda de safras, além da queda no preço das commodities, o que diminuiu o poder de compra do campo e afetou o resultado de dezembro”, diz o Presidente da FENABRAVE. “Mas acredito que a queda no ano foi até um pouco menor do que a esperada dentro deste cenário. Além disso, 2022 foi bastante positivo para o agronegócio, o que colocou uma base de comparação alta”, completa.

Para 2024, Andreta Jr. afirma que a retomada dos eventos corporativos voltados ao agronegócio e a própria evolução do clima em fevereiro servirão como um termômetro para o mercado de máquinas no decorrer do ano.

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