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Hackers podem tomar controle de carros autônomos, alerta especialista

Soluções personalizadas de cibersegurança para veículos conduzidos por Inteligência Artificial (IA) podem garantir integridade dos usuários.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,35 milhão de pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito em todo o planeta. Uma alternativa que emerge para reduzir este índice, segue em desenvolvimento: os veículos autônomos conduzidos por Inteligência Artificial (IA).

Estes carros têm sido projetados com a finalidade de reduzir drasticamente os erros humanos, que são apontados como causa de 90% dos acidentes. No entanto, essa tecnologia exige cuidados especiais e alto investimento em cibersegurança, pois um ataque hacker pode ser fatal.

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O especialista da dataRain, Líder de Cibersegurança, Leonardo Baiard, ressalta a preocupação em torno da cibersegurança desses veículos, destacando a importância crítica de proteger os sistemas de IA que os controlam. “Os carros autônomos representam o futuro da mobilidade, e é imperativo que avancemos com cautela e responsabilidade, garantindo a segurança não apenas dos veículos, mas também dos ocupantes e pedestres ao nosso redor. É preciso garantir que não haja interferências externas, causando efeito inverso numa tecnologia voltada justamente para proteger vidas”, afirma.

Para o executivo, a cibersegurança emerge como um pilar fundamental nessa jornada em direção à automação completa. Sem ela, a produção em escala mundial de veículos autônomos seria inviável. “Os riscos de ataques hackers direcionados a esses carros e seus sistemas de IA são variados e potencialmente catastróficos. Desde a perda de controle do veículo até a extração de dados pessoais, as ameaças são diversas e requerem medidas proativas e robustas para mitigá-las”, alerta.

Entre os principais riscos de um ataque severo, o especialista destaca consequências graves. “Qualquer tipo de ataque que subverta essas tecnologias podem resultar em danos físicos e até mesmo em morte de humanos ou animais. Existem relatos públicos de mal-funcionamento em veículos autônomos, como, por exemplo, o de um motorista que ficou preso dentro do carro devido a uma falha de funcionamento que o impedia inclusive de frear. Ele percorreu 500 quilômetros em velocidade de aproximadamente de 100 km/h e só conseguiu se libertar quando o carro teve a energia esgotada”.

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Isto pode ocorrer, pois a IA opera nos carros autônomos para processar dados do ambiente, tomar decisões de trajetória e utilizar técnicas de aprendizado de máquina para aprimorar a condução do veículo. Estes automóveis são equipados com câmeras, radares, sensor LiDAR, GPS e lasers de detecção de alcance, que coletam dados sobre o ambiente ao redor.

“A IA utiliza esses dados para identificar objetos, analisar movimentos e determinar suas posições na estrada, permitindo ao veículo interpretar faixas e sinais de trânsito, além de analisar as condições da estrada e do tráfego, traçando uma rota segura e tomando decisões como mudança de faixa, frenagem ou ultrapassagem.”

Ele afirma que, para garantir a segurança dos sistemas de IA em carros autônomos, é essencial adotar uma abordagem de “Secure by Design”, desde o início do processo de desenvolvimento. “Isso inclui análise de riscos em tempo real, gerenciamento de atualizações de software, boas práticas de codificação e testes de intrusão em todas as vias de comunicação possíveis com o veículo”.

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O especialista também cita a necessidade de amparo legal no Brasil para o funcionamento pleno e seguro da nova tecnologia. “Embora regulamentações como a ISO/SAE 21434 estejam em vigor globalmente, é crucial que existam diretrizes específicas para a segurança cibernética de carros autônomos em cada país. No Brasil, o Projeto de Lei 1317/23 visa preencher essa lacuna, estabelecendo padrões claros para a proteção de veículos autônomos”.

Além de regulamentações, empresas automotivas e de tecnologia estão colaborando cada vez mais para fortalecer a cibersegurança desses veículos, compartilhando informações, desenvolvendo padrões internacionais e investindo em pesquisa e desenvolvimento. Iniciativas como o Automotive Information Sharing and Analysis Center (Auto-ISAC) exemplificam essa cooperação global.

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