O fluido de freio é o responsável por transmitir a força do pedal até as rodas. Por isso, ele deve receber atenção máxima.
O fluido é higroscópico, ou seja, ele absorve a umidade do ambiente. Por isso, independentemente da quilometragem, é preciso substituí-lo a cada dois anos.
A água prejudica o sistema de frenagem e forma bolhas na tubulação dos freios.
Quando o fluido baixa, é preciso ver se há vazamento embaixo do cofre do motor ou nas rodas.
Em caso negativo, isso é um sinal de que as pastilhas de freio estão gastas, puxando o líquido para compensar a diferença.
Poucos motoristas dão a devida importância ao fluido de freio que é utilizado em seus carros.
Todos se preocupam em calibrar os pneus e trocar o óleo do motor, por exemplo.
Mas deve-se também lembrar de trocar o fluido de freio todos os anos ou a cada 10 mil quilômetros rodados.
Essa simples substituição garante a eficiência de todo o sistema de frenagem do carro.
Outro ponto que faz a diferença é a versão do fluido de freio. Cada carro, dependendo da sua construção e proposta, requer um tipo específico de fluido.
Existem três tipos no mercado: DOT 3, DOT 4 e DOT 5. O primeiro é utilizado em automóveis de passeio e veículos leves.
Porém, segundo Mário Augusto Martins Kunigk, dono de uma das lojas Varga, especializada em freios, os carros zero km já saem de fábrica com o DOT 4, que é mais seguro por ter uma temperatura de ebulição mais alta.
Já o nível DOT 5 é ideal para automóveis de maior performance, como utilitários esportivos e carros de corrida.
Ou seja, se a pessoa não saber escolher bem qual aditivo usar poderá ter perda de eficiência durante as freadas. Todos os carros da StocCarV8, por exemplo, usam o DOT 5, fornecido pela própria Varga.
Mário conta que é difícil convencer as pessoas de que trocar o fluido de freio é realmente importante.
“A informação é pouco divulgada. O povo não tem esse costume no Brasil ainda”, disse. Ele também alerta para um fato que acontece com freqüência em postos de gasolina.
“Se o frentista vê que o fluido de freio está com nível baixo, ele sugere que você complete. Mas, se baixou, algum problema tem”, alerta.
Quando isso ocorre, o mais provável é que ou a pastilha de freio já está gasta 70% em média ou há vazamento. Completar o nível não adianta. É preciso verificar o fator causador disso.
Outro problema que acontece com certa freqüência e o aquecimento no sistema de frenagem. Isso ocorre geralmente em descidas de serra.
Nessas condições utiliza-se muito o sistema de freio o que acaba fazendo com que o fluido entre em ebulição. “Isso faz com que bolhas de ar sejam criadas”, explica Mário.
Assim, quando pisamos no pedal do freio, comprimimos essas bolhas de ar, o que diminui a pressão das pastilhas sobre o disco de freio, prejudicando a ação da frenagem. É por isso que uma temperatura de ebulição do fluido de freio mais alta é mais eficiente.
A umidade também danifica o sistema de freios. Por ser mais densa que o óleo, a água que entrar no reservatório vai descer. Na parte mais baixa do sistema estão o cilindro de roda e o cilindro mestre, que são feitos de ferro fundido.
Se a água chegar até essas peças, elas sofrerão corrosão. Por todas essas razões o fluido de freio deve ser trocado da maneira correta para não prejudicar o sistema.