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Aditivação da gasolina recebe apoio na busca da melhora da qualidade

Com o objetivo de aprimorar as características do combustível no País, a AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva aposta na obrigatoriedade do uso de aditivos dispersantes na gasolina como uma das soluções.

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“Entre os benefícios da utilização de aditivos detergentes dispersantes na gasolina estão a redução de depósitos nas válvulas de admissão e a conseqüente diminuição da emissão de poluentes, manutenção do desempenho do motor no tempo, alongamento da vida útil e redução do consumo de combustível”, comenta Marco Saltini, presidente da AEA.

Atualmente, a validação do uso de aditivos dispersantes (detergentes) na gasolina é baseada na Portaria nº 41, da ANP (Agência Nacional do Petróleo), por meio de testes realizados no exterior, que são suportados pelos principais fabricantes deste produto.

“Este setor reúne todas as condições técnicas necessárias e vasta experiência em aditivação para realizar o desenvolvimento de aditivos a serem incorporados à gasolina brasileira”, comenta Saltini.

Entretanto, para que a medida tenha resultados positivos será necessário reforçar a fiscalização.

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Os níveis de adulteração, medidos pela ANP por meio do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis, são elevados.

Somente em junho deste ano, 3,8% do combustível analisado apresentou não-conformidades. Das 11.950 amostras coletadas, 454 estavam fora das especificações.

“Precisamos ter punições severas para que este problema seja solucionado. As multas têm se mostrado ineficazes, já que permitem inúmeros recursos contra o seu pagamento. Além disso, os postos que são flagrados cometendo este crime são paralisados, mas rapidamente voltam a operar, após solução do problema específico detectado, sem qualquer outra conseqüência”, explica o presidente.

A gasolina aditivada traz vantagens para o consumidor e para o meio ambiente. Porém, os atuais índices elevados de adulteração impedem que tais benefícios sejam realmente obtidos.

“A AEA acredita que os setores envolvidos devem analisar a questão com responsabilidade e viabilizar a realização de testes no País para obtenção da especificação dos aditivos a serem adicionados à gasolina brasileira para que, resolvido o problema da adulteração, a sociedade possa contar com um combustível de alta qualidade”, finaliza Saltini.

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