Distribuidora da região de Campinas espera atender 200 pontos de vendas já nos três primeiros meses
A Aspen Combustíveis, empresa paulista independente e com base própria de distribuição de combustível sediada em Paulínia, é a primeira no Estado de São Paulo a distribuir biodiesel.
A empresa se antecipou quanto à determinação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que regulamenta a obrigatoriedade do acréscimo de 2% de biodiesel a partir de 2008, e começa hoje a distribuição do combustível.
A expectativa é de que a Aspen distribua o B-2, diesel com 2% de biodiesel, para 200 postos em todo o estado de São Paulo e no Mato Grosso do Sul já nos primeiros três meses.
Destes pontos de vendas, 20 deles já assinaram contrato com a distribuidora e se localizam na região de Campinas.
Quantos às vendas, a projeção é de cerca de 300 mil litros por mês, número que a diretoria espera ver dobrado também no prazo de três meses.
Para esta nova etapa, foram necessárias algumas adaptações para armazenagem do produto e misturadores.
Quanto ao carregamento, a Aspen já utilizava o sistema automatizado que permite maior controle do produto final.
A empresa possui laboratório próprio para a verificação minuciosa dos produtos.
“É feita a conferência de cada um dos combustíveis na chegada para a certificação de qualidade. Se não estiver em conformidade, o produto é rejeitado”, afirma o gerente comercial da Aspen Combustíveis, Wonei Nardari.
Na saída também é recolhida uma amostra para o total controle da qualidade, sistema conhecido como “bola preta”. Atualmente, só as grandes distribuidoras empregam este sistema.
“A Aspen utiliza pois quer garantir a qualidade de seu produto, o que confere tranqüilidade para o posto de serviço e segurança para o consumidor final”, acrescenta Nardari.
A utilização do B-2 já começa a trazer modificações nas questões sociais, econômicas e principalmente ambientais.
Como benefícios ao meio ambiente, o biodiesel reduz drasticamente a poluição atmosférica em relação ao combustível fóssil, não demanda ajustes no motor do veículo, aumenta a vida útil do mesmo devido ao seu maior poder lubrificante e é biodegradável.
Para a economia, o produto contribui para a diminuição da dependência externa, 15% do nosso óleo diesel é importado e confirma o papel do Brasil como referência mundial no uso de fontes renováveis, já que o país é rico em oleaginosas, uma das principais matérias primas do combustível natural.
No campo social, a produção gera trabalho e renda no meio rural e fixa as famílias no campo; incentiva a agricultura familiar com isenção de impostos e a conseqüente geração de empregos.
Segundo estimativas calculadas pelo diretor da Aspen, Gustavo Monte, o B-2 já representa um número significativo, “são 800 milhões de litros de biodiesel usados num total 40 bilhões de litros de óleo diesel comum em todo o Brasil”.
Para a Aspen, “usar uma matéria prima com tantas vantagens ambientais, econômicas e sociais, mais que um investimento é questão de coerência com a missão da empresa no que tange a garantia, segurança e responsabilidade ambiental”, conclui Monte.