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Troca de óleo sem mistérios

Consultor do SINCODIV/DF responde às dúvidas e mitos que envolvem esse importante passo da manutenção preventiva

Ao contrário do que a maioria dos motoristas pensam, a hora de trocar o óleo do veículo necessita de atenção redobrada.

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Responsável pela lubrificação interna do motor, o óleo auxilia na manutenção da temperatura ideal para o funcionamento do veículo e minimiza o atrito das peças metálicas que compõe a máquina. Por isso, é um item de grande importância para a perfeita utilização do automóvel.

Grandes dúvidas e mitos giram em torno da troca de óleo: qual o tempo ideal para fazer a troca? Qual o nível correto do óleo no carro? Por que o óleo do motor fica escuro com o uso? O motor deve estar quente ou frio na hora da troca?

O filtro de óleo também deve ser trocado? Qual é a diferença entre o óleo mineral, o semi sintético e o sintético?

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O que causa as borras no motor do carro? Essas são algumas das muitas perguntas que envolvem o assunto.

O Consultor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do DF (SINCODIV/DF) Edvaldo Souza Oliveira, garante que a troca de óleo não é um bicho de sete cabeças.

“O dono do veículo deve ficar sempre atento às recomendações do ‘Manual do Proprietário’. Como ele é feito pela montadora, todas as informações necessárias para manutenção do veículo estarão lá. A quilometragem ideal para realizar essa troca depende do manual. Alguns determinam 12 mil quilômetros rodados, outros 15 e outros ainda, 20 mil. O que nós indicamos, é que o motorista sempre faça uma troca intermediária. Se o limite é 12 mil quilômetros, a troca pode ser feita quando o carro atingir 6 mil. Lembrando que há um limite de 500 quilômetros para mais e para menos”, conta Edvaldo.

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Edvaldo explica ainda que o nível do óleo no motor não deve ser mínimo nem máximo.” Diferente do que a maioria das pessoas pensa, o nível correto se encontra entre os dois traços e não só no traço superior. Se o óleo fica abaixo do mínimo, o motor pode ser prejudicado por falta de lubrificação.

Mas, se o óleo fica acima do nível, haverá aumento de pressão no cárter, podendo ocorrer vazamento e até ruptura de bielas”, garante o consultor do SINCODIV/DF.

A cor do óleo também se torna um mito entre os motoristas e mecânicos. Um grande número de pessoas acredita que o tom escuro é um mau indício.

“Na verdade, para realizar a função de manter o motor limpo, o óleo deve manter em suspensão as impurezas que não ficam retidas no filtro de óleo, para que elas não se depositem no motor. Desta forma, o óleo fica escuro e o motor fica limpo. Um outro agravante são os nossos combustíveis. A gasolina, por exemplo, tem uma grande quantidade álcool, e em muitos casos, ela ainda é ‘batizada’ por quadrilhas e vendida como gasolina em bom estado. Isso colabora de forma decisiva para a cor escura do óleo e também para a formação de borras no motor”, explica Edvaldo.

O Consultor do SINCODIV/DF é categórico ao dizer que o filtro deve ser trocado juntamente com o óleo. “O óleo, com seus aditivos, carrega as sujeiras que se depositam no motor. Ao passar pelo filtro, as maiores impurezas ficam retidas e as menores continuam no óleo.

Em um determinado momento, o filtro carregado de sujeira dificulta a passagem do óleo, podendo causar falhas na lubrificação. A situação então se agrava, quando ocorre o bloqueio total do filtro de óleo, o que pode causar sérios danos ao motor”, avalia Oliveira.

Mas e quando o motorista não sabe qual o tipo de óleo usar? Existem três óleos diferentes: os minerais, semi-sintéticos e sintéticos.

“A diferença entre eles está no processo de obtenção dos óleos básicos. Os óleos minerais são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos. Os óleos sintéticos são obtidos por reação química, havendo assim maior controle em sua fabricação e por isso são produtos mais puros.

Os óleos semi-sintéticos empregam mistura em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo, associando a otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo muito elevado.

Os carros mais novos, de última geração, costumam utilizar os óleos sintéticos. Eles são mais caros, mas muito melhores”, conclui Edvaldo.

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