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Rode tranqüilo. Saiba o que revisar no seu automóvel

Dicas importantes para que seja realizada uma manutenção segura no seu veículo

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Devido ao aumento de circulação de carros e a falta de manutenção de alguns, que resulta na quebra do automóvel colabora para um trânsito cada vez mais caótico nas grandes cidades.

Uma revisão completa do veículo é essencial. Este ano a Campanha Carro 100% – Quem tem chega bem, lançada pela cadeia de reposição automotiva e com apoio de órgãos públicos (DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito e CET – Companhia de Engenharia e Tráfego) e do SENAI-SP – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, da qual a Affinia participa, chama a atenção do motorista com relação à segurança, economia e meio ambiente.

O objetivo do projeto é conscientizá-lo de que manutenção preventiva garante a segurança do veículo e contribui para a melhora da qualidade do ar.

Jair Silva, Supervisor de Serviços, da Affinia Automotiva, empresa fabricante e distribuidora de peças para reposição automotiva, levantou os principais itens de manutenção que, caso não tenham sido verificados pelo mecânico antes de viajar, sugere que sejam feitos agora para não ter surpresas na rotina do trânsito diário.

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  • Filtro de ar – Para veículos de aplicação urbana a vida útil média é de 10 mil km, prazo que é recomendada a troca. Quem viaja para áreas rurais ou praianas, por exemplo, tem a tendência de acelerar a saturação do filtro. A troca é necessária, pois o filtro de ar sujo pode causar aumento do consumo de combustível, perda do rendimento do motor e aumento dos poluentes emitidos pelo sistema de exaustão dos veículos. O produto tem preço acessível e não é recomendado a limpeza.
  • Filtro de óleo – A função do óleo é lubrificar, resfriar e, principalmente, limpar o motor graças à função detergente. Por isso, é muito importante a cada troca de óleo substituir também o filtro, em geral a cada 10 mil km. Do contrário, o resíduo de óleo sujo na caneca do filtro vai contaminar o óleo novo. Existe a falsa idéia de que o filtro de óleo deve ser trocado a cada duas trocas de óleo, mas não é o recomendado, pois pode acarretar diminuição da vida útil do motor. Lembrando que o melhor óleo, bem como o intervalo correto de troca é o indicado pela montadora no manual do proprietário. Comprou um carro seminovo ou usado e tem dúvidas sobre a qualidade do óleo? O ideal é remover todo o óleo e o filtro, substituindo-os pelo recomendado pela montadora.
  • Filtro de combustível – Não há uma data ou quilometragem padrão para troca. O importante é seguir a recomendação de substituição da montadora. Em razão da baixa qualidade de combustíveis, o filtro pode ter o processo de saturação acelerado. Um filtro de combustível saturado pode provocar desde danos à bomba de combustível até a parada total do motor. Ou seja, a suposta economia no abastecimento pode trazer sérios prejuízos no sistema de alimentação do veículo, e também do bolso. Na hora da substituição do filtro deve-se levar em conta o combustível, álcool, gasolina ou flex. Existe um filtro para cada tipo de combustível, esta condição deve ser levada em conta na hora substituição do filtro.
  • Carburador – Os veículos fabricados com carburador passaram por um processo de substituição pela injeção eletrônica que durou de 1989 até 1996 quando os motores com carburador não atendiam as leis de emissões de poluentes vigentes no país. Por ser um sistema antigo, recomenda-se a manutenção de seis em seis meses ou a cada 10 mil km, o que para veículos de transporte, como Kombi por exemplo, avança rapidamente. As lojas de autopeças ou o mecânico de confiança podem indicar o carburador específico para cada automóvel. A limpeza e regulagem adequada evita consumo excessivo, perda de desempenho, aumento da emissão de poluentes e principalmente paradas de funcionamento do motor naqueles momentos mais inoportunos. A troca é necessária quando o carburador apresentar problemas mecânicos de acionamento ou, no caso de carros a álcool, corrosão.
  • Bomba d’água – Não existe substituição preventiva. Mas recomenda-se tomar certos cuidados para a manutenção. É muito importante a manutenção do sistema de arrefecimento, mantendo-o sempre com a proporção adequada de aditivo e substituir todo o líquido uma vez por ano. As causas mais comuns de danos na bomba d’água são aquelas que comprometem a vedação do selo mecânico, desgaste por tempo de uso ou falta de manutenção no sistema de arrefecimento. A vida útil de uma bomba d’água, tanto original de fábrica quanto a de reposição, está diretamente ligada à manutenção prestada. Lembre-se, os veículos atuais possuem o sistema de arrefecimento selado, a necessidade de reposição periódica de água indica vazamento, fique atento, pois o nível do líquido abaixo do mínimo pode provocar superaquecimento e sérios danos ao motor.
  • Amortecedor – Muitas pessoas acreditam que os amortecedores servem apenas para o conforto interno do veículo, mas a função vai além disso. O amortecedor é responsável por manter os pneus em contato com o solo e garantir a estabilidade do veículo. É comum ouvir que o motorista perdeu a direção do carro. Numa curva, por exemplo, caso os amortecedores estejam desgastados, o carro pode perder a trajetória devido à falta de equilíbrio, ficando ‘solto’. A recomendação é que a troca preventiva dos amortecedores seja feita a cada 40 mil km, juntamente com a substituição de coxins e batentes. Amortecedores de veículos que operam fora de estrada, zona rural, por exemplo, ou os famosos off road, que caíram no gosto do brasileiro, sofrerão uma redução da vida útil.
  • Discos e pastilhas de freio – O mesmo carro, ano e modelo, que trafega por uma pequena cidade do interior tem o desgaste de pastilhas e discos completamente diferente daquele que anda-pára no trânsito das grandes cidades. Estes são itens de extrema atenção. O que muitos motoristas não levam em consideração, é que a placa sinalizadora no início da serra com a mensagem “desça engrenado” não é à toa. O objetivo é fazer com que o carro utilize o freio do motor e evite o superaquecimento das pastilhas e freios. O contrário também é verdadeiro. Numa enchente, por exemplo, pastilhas de má qualidade absorvem água comprometendo a resposta adequada dos freios nas próximas frenagens. O ideal é trocar discos e pastilhas juntos, respeitando a sugestão de substituição da montadora. Na pior das hipóteses, pode-se fazer só a troca das pastilhas de freio e a retífica do disco, se a espessura mínima ainda permitir.

Prevenir custa menos – Aumento na venda de veículos novos cria uma nova cultura de manutenção veicular

A renovação da frota de veículos está ocorrendo em ritmo acelerado. De acordo com o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (SINCODIV/DF), no primeiro semestre de 2008, a venda de veículos novos aumentou 25,81%.

Nessa nova lógica de mercado, em que a venda de carros novos ganha força, os proprietários adquiriram uma nova cultura na manutenção de seus veículos.

Segundo o consultor do SINCODIV/DF, Eduardo Oliveira de Carvalho, a renovação da frota tem como conseqüência o desenvolvimento de tecnologias mais sofisticadas, que são manejadas mais facilmente pelas autorizadas, por manterem uma relação mais estreita com as montadoras dos que os centros automotivos e oficinas mecânicas.

“A concessionária autorizada se apresenta tecnicamente mais preparada para lidar com as novas tecnologias e têm sido a preferida de quem compra veículos novos, não somente para revisões, mas também para manutenção em geral. A maioria dos consumidores já sabe que o veículo com um bom histórico de manutenções tem maior valor venal”, afirma o consultor.

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Para o consultor, a manutenção corretiva é coisa do passado e de consumidores que não se atentaram para a economia que representa resolver o problema antes que ele se agrave. “Hoje, a maioria dos consumidores optam pela manutenção preventiva. É mais econômico sistematizar a conservação do veículo e evitar que ele quebre e novos problemas surjam”, afirma Carvalho.

Ainda hoje, prevalece o estereótipo de que as oficinas mecânicas são aqueles ambientes sujos de graxa, com equipes sem uniformes e peças espalhadas por todo lado. A verdade é que os estabelecimentos que estão competindo no mercado hoje são bem mais modernos. As oficinas que ainda subsistem atendem uma demanda menor que antes, com maior potencialidade de recursos.

O cenário atual é propício para o advento dos centros automotivos, que atuam em serviços mais breves e menos especializados. Este tipo de negócio tem como ponto forte o prazo de entrega abreviado e a variabilidade nas formas de pagamento.

“A tendência é que haja uma fusão entre as melhores características das oficinas mecânicas e centros automotivos, que crie uma razão para os estabelecimentos continuarem existindo. O mercado é muito dinâmico e vai ficar cada vez mais difícil a subsistência de lojas que trabalham com reparação veicular sem a preocupação intensa em acompanhar o desenvolvimento tecnológico. Nesse ponto, as autorizadas estão sempre um passo a frente”, frisa o consultor.

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