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Peças recuperadas: nem sempre uma boa opção

Alguns itens podem ser recondicionados, mas outros comprometem a durabilidade do automóvel, prejudicam seu bolso ou a segurança.

O dinheiro está escasso, seu carro foi para a revisão e o mecânico deu o orçamento, com uma extensa lista de componentes a ser substituídos.

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O susto inicial com o valor leva você a cogitar: não haveria uma opção mais em conta, como as peças recondicionadas? Sim, ela existe.

Muitos dos cerca de 5 mil componentes de um automóvel podem ser recuperados. Na edição de julho, Autoesporte revelou os riscos de restaurar rodas de liga leve e, na de agosto, a viabilidade dos pneus recauchutados.

Mas há mais componentes passíveis de reforma – e outros nem tanto.

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Peças de acabamento, como grades, pára-choques e lanternas, podem ser recondicionadas sem problema.

Cilindros, virabrequim e cabeçote também são retificáveis ao apresentar desgaste ou danos.

Quando a segurança é envolvida, porém, vale a pena gastar um pouco mais para não correr riscos.

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Geralmente, a recuperação envolve a desmontagem das peças usadas para reutilização dos melhores componentes.

Isso se aplica a rolamentos, juntas homocinéticas, pivôs de suspensão e caixas de direção, entre outros.

Mas como a qualidade dessa seleção varia muito, convém analisar com cuidado o produto e a garantia, além de procurar obter referências de quem já o utilizou, como um mecânico de confiança.

Sua quebra imobiliza o carro e pode até causar acidente. A alternativa mais confiável é a das peças remanufaturadas pela própria fábrica, como os kits de embreagem da Luk e as juntas homocinéticas da Albarus/Spicer, entre outros.

Nesses casos, a recuperação do componente é feita pelo próprio fabricante, por processos e tolerâncias absolutamente originais e com a mesma garantia de uma peça nova.

Para discos de freio a regra é outra: recomenda-se a retífica ou “passe” quando há riscos relativamente profundos (se forem leves não se justifica) ou ligeiro empenamento.

Contudo, se o disco já foi retificado ou está muito empenado, o serviço pode deixá-lo muito fino, o que facilita nova deformação.

Nunca deve ser ultrapassada a espessura mínima marcada na própria peça.

Evite economia nos demais componentes do sistema: cilindros, lonas e pastilhas devem ser comprados novos.

Componentes elétricos em alguns casos podem ser recondicionados e em outros não.

Alternador, dínamo e motor de partida exigem algumas partes novas no processo, como escovas, rolamentos e induzidos, sem o que o produto recuperado duraria muito pouco.

Já no caso das baterias, para que o serviço fosse bem-feito seriam necessárias novas placas e separadores internos, reaproveitando-se só a carcaça.

Desta forma, os produtos bem recondicionados ficam caros e inviáveis – portanto, não merecem crédito os disponíveis no mercado.

Amortecedores são outro item com recuperação cara, o que inviabiliza o serviço – exceto para carros antigos ou importados, para os quais não haja mais peças novas à venda.

O que muitos fazem é substituir o óleo por outro mais grosso, de modo a compensar o desgaste das válvulas internas.

O resultado é insatisfatório e dura pouco. Isso quando não se trata apenas de lavar e reembalar peças usadas, verdadeiro crime.

Outros itens não afetam a segurança, mas são baratos e não atingem bons resultados com a recuperação, como filtros, velas e escapamento.

Na hora da escolha, considere ainda as despesas de substituição: trocar rolamentos, juntas homocinéticas e peças de suspensão requer mão-de-obra e alinhamento de direção, necessários mais cedo se a durabilidade for menor.

Desmanche pode oferecer bom preço – Se os desmanches sempre venderam peças – às vezes seminovas – a custos interessantes, essa vantagem se acentuou com o advento dos importados.

Empresas que adquirem carros acidentados surgiram às dezenas, vendendo componentes por uma fração do preço dos novos.

Mas é preciso cercar-se de cuidados para não comprar uma peça em más condições ou produto de roubo, o que é crime.

Exija sempre nota fiscal e procure levar um mecânico de confiança para verificar se a peça vale o que pedem por ela.

Pára-brisa: reparo dispensa a troca – Um pára-brisa atingido por pedra não implica necessariamente a troca.

Pequenos danos, como trincas até 5 centímetros, podem ser reparados pela aplicação de uma resina que cola as lâminas do vidro, restabelecendo a aparência.

O serviço, que dura menos de uma hora e custa em média R$ 30,00, “deve ser feito logo após o dano, porque com o tempo a entrada de umidade e poeira pode dificultar um bom acabamento”, explica Marcelo Moratelli, da Semorauto (tel. 0xx12 242-1110).

Não é viável, porém, em trincas grandes ou aquelas provocadas por torção do monobloco.

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