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Cresce o interesse por carros automáticos, e também pelo CVT

A transmissão automática, que até há poucos anos era rejeitada pelo motorista brasileiro, está ganhando mercado gradativamente.

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Hoje, para ter melhor valor de revenda, o carro importado precisa ser automático, já que a diferença de seu preço, para um modelo idêntico, mas com câmbio mecânico, está em torno de 20%.

Esse crescimento da preferência do consumidor é também registrado em outros mercados, inclusive o europeu.

Entretanto, os mercados brasileiro e europeu ainda estão distantes dos Estados Unidos, onde 85% dos automóveis possuem transmissão automática.

O mercado europeu apresenta uma relação exatamente oposta: apenas 15% das unidades vendidas são da versão automática.

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Dos países europeus, a Suíça é o que apresenta a melhor relação, com 26% de veículos com câmbio automático.

No Brasil, a participação de carros automáticos na composição da frota não chega a 2%. A previsão é a de que preferência pela transmissão automática deverá aumentar, principalmente pela redução de preço ditada pela maior escala industrial.

Essa tendência é justificada pelo crescente desejo dos consumidores em possuir um automóvel que proporcione conforto, principalmente no trânsito urbano, em conseqüência dos congestionamentos que têm afetado os grandes centros.

Além disso, há a justificativa de que o veículo com transmissão automática facilita a vida dos motoristas em manobras de estacionamento, nas saídas em semáforos, assim como em aclives, assim como outros parâmetros.

Também é importante o aumento gradativo do uso de veículos por mulheres e, ainda, da crescente média de idade dos motoristas, que se queixam do esforço exigido pelo pedal de embreagem em constantes mudanças de marchas.

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Avanço tecnológico

Simultaneamente ao crescimento gradativo da preferência do consumidor pelo padrão de conforto na condução de veículos, os fabricantes de caixas de mudanças obtiveram uma grande evolução tecnológica, com a concepção de sistemas extremamente avançados.

O Grupo ZF, líder mundial na produção de sistemas de transmissão e de direção para automóveis e caminhões, além de eixos, chassis, embreagens e muitos outros componentes automotivos, foi responsável pelo recente lançamento da primeira caixa automática de seis marchas, adotado nos novos modelos BMW da Série 7, lançados no último Salão Internacional de Genebra.

O Grupo ZF também é responsável pelo desenvolvimento e produção de um sistema considerado a transmissão do futuro, o CVT (Continuously Variable Transmission-Transmissão Continuamente Variável) que funciona em função do regime de rotação do motor.

A CVT, constituída por duas polias (uma, que transmite a rotação do motor, e outra, que leva a força para as rodas) elimina as mudanças de marchas, além de proporcionar funcionamento suave e silencioso, sem os trancos normais de outras caixas, e contribuir para o consumo de combustível e preservação do meio ambiente.

Nesse sistema, na medida em que a rotação do motor aumenta, a polia que transmite a rotação do motor torna-se maior (funcionando como coroa) e a polia da transmissão tem seu tamanho reduzido (funcionando como pinhão).

A transmissão de rotação dessas polias é feita por uma correia metálica, que se ajusta de acordo com as dimensões da coroa e do pinhão.

Os especialistas consideram que a tendência é que a CVT, com dimensões mais compactas, permite melhor aproveitamento do espaço existente no cofre do motor, e que a correia metálica, livre de rupturas e com grande durabilidade, deverá ter utilização ampliada, como tem ocorrido nos últimos anos.

Da utilização praticamente experimental por um Fiat Panda e um Ford Fiesta, até o final dos anos 80, a CVT passou a ser aplicada em outros modelos, principalmente nos últimos anos.

Das dez marcas e 22 modelos registrados em 2000, o uso da CVT passou a ser adotado por 13 entre os fabricantes mundiais nos automóveis deste ano.

Ao todo, mais de 40 modelos em todo o mundo possuem transmissão continuamente variável, desde carros com motor de apenas 700 cm3 de cilindrada e potência de 45 cv, até propulsores de 3.0 litros, com 280 cv.

De acordo com analistas do setor automotivo, a tendência é um forte crescimento da utilização dos câmbios automático e automatizado.

O sistema automático, que atualmente já possui versões de seis marchas e recursos eletrônicos que proporcionam o mais elevado padrão de aproveitamento do motor e de conforto para os motoristas, como o ZF dos automóveis BMW Série 7 e Aston Martin DB7 Vantage e Jaguar S-Type, deverá ser aplicado em automóveis grandes e de luxo, enquanto o sistema automatizado, com alavanca de mudanças, ficará para os modelos menores.

Ainda de acordo com os especialistas do setor automotivo, o sistema CVT constitui-se na transmissão do futuro, com características ideais para equipar a grande maioria dos modelos compactos, com motor e transmissão dianteiros.

Adaptação: Tarcisio Dias – Mecânica Online

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