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Qualidade é imperativo para a competitividade da indústria, aponta 4º Fórum IQA

A qualidade é um imperativo na indústria não somente para expandir as exportações, mas para manter e aumentar as vendas no mercado doméstico.

Esta foi a mensagem do 4º Fórum IQA da Qualidade Automotiva, que reuniu lideranças de todos os elos da cadeia dia 19, em São Paulo (SP).

Na abertura do encontro, Ingo Pelikan, presidente do IQA, falou sobre excelência operacional como rota para a competitividade. “Processos, serviços, produtos e pessoas compõem os quatro pilares da excelência operacional. Se todos funcionarem, serão maiores as chances de competir”, disse.

Antonio Megale, presidente da Anfavea, destacou a necessidade de uma boa política industrial para o avanço da competitividade. “O Brasil precisa estabelecer uma política de estado de longo prazo para que as empresas possam planejar seus investimentos de forma tranquila”, afirmou.

No painel das autopeças, Alessandra Rhoden, gerente da Qualidade Corporativa da Saint-Gobain, disse que a qualidade é o alicerce do sistema de gestão da empresa em direção à falha zero.

Para Andrea Leal, gerente de Conformidade de Produtos & Regulamentação Técnica da Goodyear América Sul, o desafio é gerar resultados que sejam sustentáveis.

Bruno Neri, gerente da Qualidade Corporativa da Bosch, avaliou a qualidade como um pacote de serviços agregados ao produto.

Mostrar rotas para ampliar o uso da capacidade instalada da indústria foi a proposta de Rodrigo Custódio, diretor da Roland Berger.

“Uma das rotas de recuperação e estabilização do volume é o aumento das vendas domésticas por meio de estímulos à demanda no longo prazo como sistemas de leasing competitivos”, disse.

Para Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, a qualidade é determinante para a retomada do crescimento no setor de autopeças. “É também fundamental ajustar a competitividade do portão para fora com o trabalho de novos acordos”, disse.

O fórum teve duas apresentações exclusivas sobre normas de qualidade. Sobre a nova versão da ISO 9001:2015, Marcos Miklos, diretor da Quality Results Consultoria, destacou quatro desafios progressivos do atendimento à norma: conformidade, eficácia, eficiência e competitividade.

“As organizações não podem se contentar com o estágio da conformidade”, afirmou. Já Adam Biegai, gerente de Compliance de Produto Automotivo da TÜV-SÜD MS, chamou atenção sobre a nova ISO TS 16949, que terá novo nome IATF 16949:2016, cuja publicação está programada para outubro. Carlos Augusto de Azevedo, presidente do Inmetro, apresentou novos projetos para o setor que estão em discussão com a Anfavea, como o desenvolvimento da etiquetagem de durabilidade.

Capacitação – Capacitação de equipes foi o tema de destaque de Gláucio Geara, vice-presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

“Estamos empenhados em levar ao consumidor não somente um produto que alie qualidade e tecnologia, mas uma prestação de serviços que também atenda as necessidades”, apontou.

Edson Brasil, membro do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), destacou a necessidade de maior aproximação entre concessionárias e mercado independente por meio de programa comum com foco em entrega de qualidade para o consumidor.

José Luiz Albertin, secretário técnico do Comitê Brasileiro Automotivo da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT/CB-05), abordou a importância da normalização para a gestão do conhecimento.

“Uma base normalizadora regulariza as práticas num patamar de qualidade”, argumentou. O programa SebraeTec foi o foco da apresentação de Hulda Giesbrecht, coordenadora de Inovação e Tecnologia do Sebrae.

“Em qualidade, apoiamos a aplicação de mecanismos para avaliação da conformidade, metrologia e normalização”, disse.

Nelson Gramacho, diretor da Price Waterhouse, falou sobre a necessidade de evolução da qualidade para a indústria 4.0, caracterizada pelo uso intensivo de automação.

Em seguida, Adriana Taqueti, gerente de Projetos Estratégicos e Novos Produtos da Mercedes-Benz, apresentou tendências em qualidade para o mercado, como a customização versus a padronização.

“O cliente é cada vez mais um co-responsável pelo desenvolvimento da solução”, comentou.

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