Os furtos de SUVs aumentaram 31,4% na Região Metropolitana de São Paulo em 2024, representando 71,26% das ocorrências registradas no ano, segundo levantamento da Ituran Brasil. A crescente demanda por peças no mercado ilegal tem impulsionado esse tipo de crime, com destaque para modelos de 5 a 10 anos de fabricação.
A pesquisa, baseada em dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), revela que, apesar do aumento na proporção de furtos, o número total de ocorrências caiu 3,2%, passando de 8.588 em 2023 para 8.305 em 2024.
Segundo Fernando Correia, gerente de operações da Ituran Brasil, a busca por peças automotivas no mercado clandestino é um dos principais fatores que explicam essa tendência. “Os modelos de 5 a 10 anos de uso são os mais visados, representando 42,5% dos casos”, destaca.
Cidades e bairros mais afetados
A cidade de São Paulo lidera o ranking das localidades com maior número de furtos, registrando 6.157 casos em 2024. Na sequência, aparecem Santo André (645 ocorrências) e São Bernardo do Campo (308 casos).
Dentro da capital paulista, os bairros do Tatuapé, Ipiranga e Vila Formosa são os mais afetados, com alta incidência de furtos de SUVs.
O estudo também identificou os horários e dias da semana mais perigosos para esse tipo de crime:
Terças, quartas e quintas-feiras, entre 18h e 0h, são os períodos de maior risco.
Diante desse cenário, especialistas recomendam que motoristas adotem medidas preventivas, como o uso de rastreadores veiculares, estacionamento em locais monitorados e atenção redobrada em áreas críticas.
Jeep Renegade é o mais furtado
Entre os SUVs, o Jeep Renegade segue como o modelo mais visado, respondendo por 14,6% de todas as ocorrências do segmento. Além disso, 84,34% dos casos envolvendo o Renegade são furtos (sem o uso de violência), o que sugere que criminosos estão cada vez mais especializados na ação.
Os bairros de Tatuapé, Perdizes e Vila Matilde são os mais perigosos para donos de Renegade, segundo o levantamento.
A crescente sofisticação dos ladrões e a demanda do mercado clandestino de peças evidenciam a necessidade de mais segurança e fiscalização para conter essa onda de furtos.
