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Missão do piloto de prova envolve segurança e qualidade

A profissão de piloto de prova de automóvel exerce grande fascínio sobre muitas pessoas, em especial os jovens.

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Afinal de contas ela está diretamente relacionada ao símbolo de status e objeto de maior desejo do homem.

Nem todos, entretanto, sabem o que realmente faz o piloto de prova, qual é a sua missão, responsabilidades e como é o seu dia-a-dia.

O perfil do piloto de prova é bastante peculiar, exige disciplina acima de tudo. E nem sempre as suas atividades são fascinantes como inicialmente se imagina.

Mas, são altamente gratificantes pela sua participação em oferecer ao usuário do automóvel um produto de qualidade, confortável e cada vez mais seguro.

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No Campo de Provas da Cruz Alta — CPCA, da General Motors do Brasil, em Indaiatuba, região de Campinas, SP, onde são desenvolvidos e validados os veículos Chevrolet e GMC, o termo “piloto de prova” na verdade não existe.

A denominação utilizada é “motorista de teste” e “avaliador”. Mas, também é verdade que se o termo não existe, a função existe. E é o que mais se faz no CPCA.

Duas grandes categorias-Motoristas de teste e avaliadores são duas grandes categorias no campo de provas da GMB. Os primeiros são pessoas treinadas para o que chamam também de “motorista de durabilidade”.

Envolvem testes com roteiro e condições de direção previamente determinados, com o objetivo de acumular quilometragem em estradas extremamente agressivas, a ponto de permitir reproduzir, com apenas 24.000 quilômetros percorridos, toda a vida útil da estrutura de um veículo.

“Existem ainda outros tipos de testes de durabilidade onde são percorridos mais de 80.000 quilômetros. É necessário muita disciplina, habilidade, determinação e concentração para seguir à risca os procedimentos de testes. A constância é a marca registrada destes motoristas”, explica o engenheiro Ramon Orives, responsável por Desenvolvimento de Chassis.

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Já os avaliadores são, na sua grande maioria, engenheiros que desenvolvem e calibram os diversos sistemas de um veículo – desde o computador de bordo, por exemplo, que informa o motorista, com precisão, os parâmetros de consumo, autonomia, etc., até a suspensão, cujo trabalho começa em simulações no computador e tem como principal objetivo garantir conforto, sensação de confiança e prazer ao dirigir para o usuário.

“Resumidamente, motoristas de teste e avaliadores precisam antever os problemas de campo e desenvolver produtos com alta qualidade, onde a segurança é prioridade e esta só será sentida se estes parâmetros forem adequadamente trabalhados, resultando em um veículo com sensação de confiança e prazeroso de dirigir”, diz Ramon Orives

Exigências para o interessado-O turno de trabalho do motorista de durabilidade é de 8:00 horas, das quais cerca de 6:30 horas ele dirige em testes mais longos.

Suas atividades, além de dirigir, envolvem observar o comportamento de todos os sistemas do veículo, desde o levantador dos vidros, esforço ao fechar a porta até o rendimento do motor.

Alguns testes podem percorrer até 700 quilômetros por turno, mas a média gira em torno de 300, em função de muitas pistas serem extremamente severas e a média horária baixa, o que equivale a 1.500 quilômetros/semana ou 66.000 quilômetros/ano.

No CPCA existem três turnos de trabalho e no final de cada um o motorista relata por escrito as principais ocorrências.

Para o motorista de teste, além de mostrar afinidade e preparo para a função, é exigido o 2º grau completo, conhecimentos básicos de mecânica e idade mínima de 21 anos.

Após um treinamento inicial de duas semanas, passa a efetuar procedimentos simples, evoluindo para os mais complexos na medida em que acumula experiência.

Para os avaliadores é exigido curso superior em engenharia e o treinamento é contínuo porque a evolução dos sistemas, especialmente eletrônicos, é constante.

Não há literatura ou cursos específicos que treinem um avaliador, o que existe é a transferência de informações dos profissionais mais experientes para os mais novos, e também as trocas de informações entre os profissionais das divisões GM no Brasil, Europa, Estados Unidos e Ásia.

“Destacam-se nesta área as pessoas que têm capacidade de se relacionar bem, alto grau de iniciativa, motivação elevada e persistência, muita persistência”, conclui Ramon Orives.

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