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A história do motor a água

Um dos sonhos mais frequentes dos projetistas de automóveis tem sido fabricar um veículo movido por motor que utilize substâncias fornecidas em abundância pela natureza: o ar e a água, por exemplo.

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Infelizmente, água e ar não se combinam de forma a fornecer energia útil. Não obstante, por volta de 1903, foi construído e passeou pelas estradas dos Estados Unidos um carro movido a água.

Tratava-se do Charter, um Phaeton fabricado após anos de experiências por James A. Charter.

Deve ficar claro que a expressão motor a água foi dada pelo povo e provavelmente reflete toda a ansiedade popular. De fato, Charter tinha os pés na terra e falava de seu invento como motor de água e gasolina.

De qualquer forma, era um estranho veículo. Naquela época, apesar dos consideráveis progressos feitos desde os primeiros dias da carruagem sem cavalo, a carburação ainda estava longe de ser perfeita.

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Dispositivos bizarros e estranhos foram inventados para utilizar o milagre da perfeita mistura de ar e vapor de gasolina, quaisquer que fossem as circunstâncias do motor – alta ou baixa velocidade, subindo ou descendo rampas, em clima quente ou frio, úmido ou seco, carregando muito peso ou não. Ainda hoje, apesar dos grandes avanços tecnológicos, esse problema ainda não foi resolvido.

James Charter achou que a carburação poderia ser melhorada obtendo oxigênio necessário para a combustão, a partir da água. Usou uma mistura de duas partes de gasolina para uma parte de água.

Mas, a fraqueza de seu motor residia na dificuldade de mantê-lo na temperatura correta, que deveria ser suficientemente alta para causar a vaporização instantânea da mistura líquida introduzida no cilindro, mas não tão alta a ponto de provocar um superaquecimento e a pré-ignição.

O sistema usado por Charter para indicar o superaquecimento no motor também era muito esquisito. Ele colocou o motor diretamente sob os bancos do motorista e do passageiro.

Assim, a própria sensibilidade dos ocupantes mostrava quando era necessário parar o carro e esfriar o motor antes que se tornasse superaquecido. Desnecessário será acrescentar que o carro do Sr. Charter teve vida efêmera.

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