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Prejuízo – Estepe na mira dos bandidos

Furto do pneu sobressalente vira rotina e dá dor de cabeça a donos de carros. Ação dos criminosos movimenta mercado de acessórios

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Há três semanas, o sociólogo paulista Carlos Eduardo Entini se arrisca rodando com seu Ford Ka sem o pneu sobressalente.

Mesmo sabendo que pode ser multado, se parado em uma blitz, ou ter que chamar o reboque, se der a falta de sorte de um pneu furar, ele ainda espera para comprar o novo estepe.

A explicação para a demora é que a perda do pneu reserva ocorreu num momento inesperado, quando o dono do carro foi vítima de um crime que ter-se tornado comum: o furto do estepe.

O sociólogo deu falta do sobressalente ao sair da academia, no bairro paulistano Santana. Ao chegar no carro, percebeu que o compartimento do estepe, localizado sob o assoalho do porta-malas, havia sido arrombado.

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Carlos está num dilema: sem dinheiro para comprar um novo conjunto de roda e pneu, que custa em torno de R$ 200, ele poderia optar por um estepe usado.

“Passei nas borracharias próximas ao local em que meu estepe tinha sido levado para ver se comprava algum e foi-me oferecido por R$ 80”, lembra. Porém, o sociólogo preferiu não comprar no mercado paralelo, com receio de que poderia estar ajudando um comércio que se alimenta do crime do qual foi vítima.

Mas, enquanto a compra do novo pneu ainda não foi concretizada, uma outra atitude já foi tomada.

“Fiz o que muitas pessoas que tiveram o mesmo problema fizeram: comprei uma corrente usada para prender bicicleta e a coloquei no estepe. Sei que o ladrão poderá arrombá-la também, mas certamente terá muito mais trabalho”, afirma.

O crime do qual o sociólogo foi vítima não é novo e segue atingindo cada vez mais pessoas. A maioria dos casos com modelos nos quais o estepe fica localizado sob o assoalho do porta-malas.

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Uma espécie de bandeja, que guarda o pneu, fica presa ao carro por meio de um pequeno cabo de aço.

O motorista tem acesso ao sobressalente liberando uma trava, que faz o cabo de aço descer. É rompendo o cabo que os bandidos conseguem levar o pneu reserva, evitando até mesmo que o alarme dispare.

A opção de colocar o estepe debaixo do assoalho é adotada por diversas montadoras, seja para ganhar espaço no porta-malas ou para liberar o motorista de ter que retirar a bagagem para pegar o pneu reserva, o que teria de acontecer, caso ele ficasse dentro do compartimento destinado a ela.

A alternativa, entretanto, resultou em modelos campeões de furtos, como o Peugeot 206, o Palio Weekend e a picape Chevrolet S10.

Outras reclamações recaem sobre as picapes compactas, em que o dono tem a opção de colocar o estepe na caçamba, como a Fiat Strada e a Volkswagen Saveiro.

Paulo de Morais l NetRodas

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